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Filme do Dia: Peg o' My Heart (1922), King Vidor

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P eg o´My Heart (EUA, 1922). Direção: King Vidor. Rot. Adaptado: Mary O´Hara, baseado no romance de J. Hartley Manners. Fotografia: George Barnes. Com: Laurette Taylor, Mahlon Hamilton, Russell Simpson, Ethel Grey Terry, Nigel Berrie, Lionel Belmore, Vera Lewis, Beth Ivins, Eileen O´Malley. Na Irlanda, Margaret, mais conhecida como Peg (Taylor) cresce sob os cuidados do pai, Jim (Simpson) um artista que viu a mulher (Ivins) morrer, por conta de seu irmão, aristocrata inglês, não concordar com o casamento e não a auxiliar durante sua enfermidade. Com sua morte, o tio de Peg lhe proporciona uma renda fixa, desde que ela abandone a casa do pai e vá morar com os Chichester. Peggy estranha grandemente o novo ambiente aristocrático e entra em atrito com sua tia (Lewis) e sua prima, Ethel (Terry). Ela chega em um momento delicado, no qual a família acaba de receber a notícia de sua ruína financeira, provocada pela quebra do banco do qual eram proprietários. Sir Gerald “Jerry” Adair ap

The Film Handbook#162: John Carpenter

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John Carpenter Nascimento: 16/01/1948, Carthage, Nova York, EUA Carreira  (como diretor): 1962- Apesar da literatura sobre filmes aparentemente designá-lo como um dos "fedelhos do cinema", ao contrário da maior parte de seus pares, ele parece mais feliz quando trabalha com material de baixo orçamento tipo filme-B e material de gênero. Mesmo quando criança, Carpenter desejava realizar filmes; por volta dos oito anos de idade filmava curtas de ficção-científica em 8 mm. Quando estudante de cinema, escreveu e dirigiu diversos curtas, um dos quais ( The Ressurection of Bronco Billy , do qual foi roteirista), ganhou um Oscar. Porém foi com sua estreia em longa-metragem Dark Star > 1 , que conquistaria pela primeira vez o epíteto de cult . Uma resposta barata e animada aos efeitos especiais extravagantes e ao intelectualismo pomposo de 2001: Uma Odisseia no Espaço , revelava um humor excêntrico: uma vigorosa e bípede bola de praia serve como alienígena problemático, enq

Filme do Dia: Perdidos na Noite (1969), John Schlesinger

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P erdidos na Noite ( Midnight Cowboy , EUA, 1969). Direção: John Schlesinger. Rot. Adaptado: Waldo Salta, baseado no romance de James Leo Herlihy. Fotografia: Adam Holender. Música: John Barry. Montagem: Hugh A. Robertson. Dir. de arte: John Robert Lloyd. Cenografia: Philip Smith. Figurinos: Ann Roth. Com: Jon Voight, Dustin Hoffman, Sylvia Miles, John McGiver, Brenda Vaccaro, Bernard Hughes, Jennifer Salt, Viva, Bob Balaban.         Joe Buck (Voight) é um texano caipira recém-chegado que tenta vencer a vida em Nova York como prostituto. Porém, devido a sua ingenuidade, chega a ser explorado por uma de suas próprias clientes e pelo aleijado “Ratso” Rizzo (Hoffman), um marginal que vive quase como indigente. Rizzo propõe a se tornar o empresário de Buck. Com dificuldade para encontrar clientes em meio às mulheres, Buck se torna frequentador assíduo dos locais para contato homossexual na rua 42. Enquanto é objeto do desejo sexual dos mais diferentes tipos, como de um jovem estuda

Filme do Dia: Fale com Ela (2002), Pedro Almodóvar

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F ale com Ela ( Hable con Ella , Espanha, 2002). Direção e Rot. Original: Pedro Almodóvar. Fotografia: Javier Aguirresarobe. Música: Alberto Iglesias. Montagem: José Salcedo. Dir. de arte: Antxón Gómez. Cenografia: Federico G. Cambero. Figurinos: Sonia Grande. Com: Javier Cámara, Darío Grandinetti, Leonor Watling, Rosario Flores, Mariola Fuentes, Geraldine Chaplin , Pina Bausch, Adolfo Fernandez, Chus Lampreave.         No balé de Pina Bausch, o enfermeiro Benigno (Cámara) observa a emoção do homem sentado ao seu lado, Marco Zuloaga (Grandinetti). Posteriormente, o destino dos dois voltará a se cruzar, quando Marco tem a sua namorada, a famosa toureira Lydia (Flores), internada em coma no mesmo hospital onde Benigno cuida da jovem aprendiz de balé, Alicia (Watling). Desesperado, Marco é aconselhado por Benigno a falar com Lydia, para que ela fique com a mesma boa aparência de Alicia. Após saber que Lydia havia reatado pouco antes com Niño de Valencia (Fernandez), toureiro igual

Filme do Dia: A Desperate Poaching Affray (1903)

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A  Desperate Poaching Affray (Reino Unido, 1903). Direção: William Haggar. Com: Sid Griffiths, Will Haggar Jr., Walter Haggar. Dois larápios são surpreendidos por três caçadores. Uma perseguição se segue. Ambos os grupos se encontram armados e vítimas são feitas na perseguição, contando agora também com a ajuda de policiais. A ação é tão frenética, até para ser comprimida em tão pequeno espaço de tempo, nesse verdadeiro thriller da época, que por vezes fica-se ocasionalmente se perguntando o que de fato está ocorrendo ou mesmo se indagando de questões mais triviais, como a da súbita aparição de policiais, quando o grupo de larápios havia sido recém-descoberto. Enfim, nada que seja tão excêntrico assim para os padrões “narrativos” de então. As várias mortes ou ferimentos graves que se sucedem, por exemplo, não ganham   nenhuma relevância dramática, surgindo apenas como um obstáculo a mais antes da captura final. A ação frenética ocorre mais pelo que ocorre dentro do quadro, ev

Filme do Dia: Opfergang (1944), Veit Harlan

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O pfergang (Al.Ocidental, 1944). Direção: Veit Harlan. Rot. Adaptado: Alfred Braun, Veit Harlan, a partir do romance de Rudolf G. Biding. Fotografia: Bruno Mondi. Música: Hans-Otto Borgmann.  Montagem: Friderich Karl von Puttkamer. Dir. de arte: Karl Machus & Erich Zander. Com: Carl Raddatz, Kristina Söderbaum, Irene von Meyendorff, Franz Schafheitlin, Ernst Stahl-Nachbaur, Otto Tressler, Annemarie Steinsieck, Edgar Pauly. Albrecth Froden (Raddatz), casado com Octavia (Meyendorff), acha que a família de sua esposa é demasiado intelectualizada e soturna, enquanto ele possui um ímpeto viril que se identifica muito mais com a vizinha, a sueca Äls (Söderbaum). Albrecht se aproxima cada vez mais de Äls. Octavia se torna consciente da paixão do marido e sofre com certa resignação. Toda a vitalidade de Äls esconde o fato que ela é paciente terminal e, em suas habituais galopadas com Albrecht, passam por uma área da cidade onde foi encontrado um surto de tifo. Ambos caem de cama e,

Filme do Dia: A Vida é Bela (1997), Roberto Benigni

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A  Vida é Bela ( La Vita è bella , Itália, 1997). Direção: Roberto Benigni, Rot. Original:  Vincenzo Cerami &  Roberto Benigni. Fotografia: Tonino Delli Colli. Música: Nicola Piovani. Montagem: Simona Paggi, Dir. de Arte, cenografia e figurinos: Danilo Donati. Com: Roberto Benigni, Nicoletta Braschi, Giustino Durano,   Sergio Bini Bustric,  Marisa Paredes,  Horst Buchholz, Lidia Alfonsi, Giorgio Cantarini,  Amerigo Fontani,  Pietro De Silva, Francesco Guzzo.           Guido Orefice (Benigni) é um homem atrapalhado que tenta a sorte na Itália as vésperas de ser completamente dominada pelo anti-semitismo. Jovial e despreocupado, ele encontra casualmente a jovem por quem se apaixona, Dora (Braschi), que pula de uma janela   para escapar de um ataque de   abelhas. Vai trabalhar como garçom no restaurante de um tio (Durano) economicamente bem situado. Lá faz amizade com um hóspede, Dr. Lessing (Bucholz), que é obcecado por charadas, que ele ajuda a decifrar. Porém, entre Guido e

Filme do Dia: Melô (1986), Alain Resnais

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M elô (Idem, França, 1986). Direção: Alain Resnais. Rot. Adaptado: Alan Resnais, baseado na peça de  Henri Bernstein. Fotografia: Charles Van Damme. Música: M. Philippe-Gérard. Montagem: Albert Jurgenson. Com: Sabine Azéma , Pierre Arditi, André Dussollier,   Fanny Ardant, Jacques Dacqmine, Catherine Arditi.                  Pierre (Arditi) e sua esposa Romaine (Azéma) - carinhosamente apelidada pelo marido de Dimanche recebem o amigo de longa data de Pierre, Marcel (Dussollier). Embora Marcel enfatize que eles parecem possuir uma felicidade que não lhe acompanha, apesar da fama - é um violonista de renome internacional - Romaine sente-se grandemente entusiasmada por ele, marcando um encontro no seu apartamento, fazendo questão que seu marido não seja convidado. No dia seguinte, os dois ensaiam no apartamento de Marcel, que após repudiá-la como vulgar num primeiro momento, pede que vá com ele para uma boate. Quando se encontram em clima romântico na boate, surge Pierre. Mesmo a

Filme do Dia: Der Gang in die Nacht (1921), F.W. Murnau

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D er Gang in die Nacht (Alemanha, 1921). Direção: F. W. Murnau.  Rot. Adaptado: Carl Mayer, a partir do roteiro de Harriet Bloch. Fotografia: Max Lutze. Dir. de arte: Heinrich Richter. Com: Olaf F Æ nns, Erna Morena, Conrad Veidt, Gudrun Bruun-Stefenssen, Clementine Plessner. O médico Eigil Borne (F Æ nns) abandona sua noiva Lili (Bruun-Stefenssen) por uma corista que finge um acidente para se aproximar dele, Helene (Morena). Junto com Helene, Borne monta uma clínica em uma ilha distante. Lá vive seu idílio amoroso até a chegada de um misterioso pintor cego (Veidt), que pretende que ele o cure. O cirurgião consegue curá-lo, porém descobre que Helene agora se encontra nos braços do pintor, ficando em completo estado de perturbação.   O pintor volta a ficar cego e Helene lhe implora que seu ex-marido os auxilie, mas ele se recusa. Arrependido, ele vai atrás dela e a encontra morta. Esse drama, caracteristicamente pessimista e sombrio como as obras associadas tanto a Murnau qua

The Film Handbook#161: Carlos Saura

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Carlos Saura Nascimento: 04/01/1932, Huesca, Aragão, Espanha Carreira  (como diretor): 1956- É talvez irônico que Carlos Saura, o mais famoso diretor espanhol dos anos recentes, tenha se movido dos retratos alegóricos pós-Guerra Civil Espanhola, realizados durante o regime censório de Franco, para filmes menos políticos, desde o advento da democracia. A despeito de sua relativa ausência de comprometimento social, no entanto, sua obra posterior continua ainda imbuída com um distinto senso de tradição hispânica. Após estudar cinema, seguindo a realização do documentário Cuenca , Saura realiza sua estreia em longa-metragem com o rigoroso estudo realista da delinquência forjada pela pobreza, Los Golfos , utilizando atores não profissionais e culpando, por implicação, a natureza acanhada e repressora da Espanha contemporânea. Em A Caça / La Caza > 1 , examina as divisões morais de um país ainda assombrado pela experiência da Guerra Civil, através das personagens de três ex-soldad

Filme do Dia: Nós Somos as Melhores! (2013), Lukas Moodyson

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N ós Somos as Melhores! ( Vi Är Bäst! , Suécia/Dinamarca, 2013). Direção: Lukas Moodyson. Rot. Adaptado: Lukas Moodyson, a partir da história em quadrinhos de Coco Moodyson. Fotografia: Ulf Brantas. Montagem: Michal Leszczylowski. Dir. de arte: Paola Hölmer & Linda Janson. Figurinos: Moa Li Lemhagen Schalin. Com: Mira Barkhammar, Mira Grosin, Liv LeMoyne, Johann Liljemark, Mattias Wiberg, Jonathan Salomonsson, Alvin Strollo, Peter Eriksson, Charlie Falk. Suécia, início dos anos 80. As amigas Bobo (Barkhammar) e Klara (Grosin) tem a ideia de criar uma banda punk, após serem humilhadas por rapazes mais velhos que ensaiam na sala ao lado. Elas conseguem, aos poucos, uma terceira aliada e de formação musical, coisa que nem de longe possuem, Hedvig (LeMoyne), que também se distingue das outras por ser cristã. Embora percam o prazo para a inscrição no Festival de Outono, o grupo é convidado a integrar uma apresentação nos arredores da cidade. Trata-se da primeira apresentação púb

Filme do Dia: Sirene (1968), Raoul Servais

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S irene (Bélgica, 1968). Direção e Rot. Original: Raoul Servais. Música: Lucien Goethals. Montagem: Jef Bruyninckx. Talvez em seu curta mais inspirado, Servais, notável pela variedade de temas e de técnicas de animação que faz uso – aqui se trata de animação convencional – aborda a história fantástica de atração entre uma sereia e um velho pescador, testemunhada por um jovem flautista, num ambiente decrépito de um porto, repleto de guindastes literalmente monstruosos e aves pré-históricas. A habilidade com que Servais consecutivamente organiza sua sucessão de efeitos surrealistas chega a ser quase de tirar o fôlego, algo que aliado a criatividade dos desenhos e, mais que tudo, a mudança de “iluminação”, através de efeitos de mutação de cores arrebatadores, transforma esse desenho em algo à parte na carreira do realizador. Pode-se até afirmar que existe excesso de possibilidades na história, indo do amor fantástico impossível a uma percepção irônica de como a morte vem a ser “adm

Filme do Dia: As Aventuras de Juan Quin Quin (1967), Julio García Espinosa

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A s Aventuras de Juan Quin Quin ( Las Aventuras de Juan Quin Quin , Cuba, 1967). Direção: Julio García Espinosa. Rot. Adaptado: Julio García Espinosa, a partir do romance de Samuel Feijóo. Fotografia: Jorge Haydu. Música: Léo Brouwer, Manuel del Castillo & Luis Gomez. Montagem: Carlos Menéndez. Com: Julío Martínez, Edwin Fernandez, Adelaida Raymat, Enrique Santiestaban, Agustín Campos, Blanca Contreras. Juan Quin Quin (Martínez) vive se envolvendo em confusões. Quando sacristão, por conta das mulheres que o assediam. Quando trabalhador, porque se defronta diretamente com a exploração, salvando-se da morte iminente. Com o ajudante Jachero (Fernández), envolve-se em atividades circenses com um leão e, posteriormente, tenta trazer as touradas espanholas para Cuba. Envolve-se por fim numa ação que articula a tomada de um quartel, sendo que os rivais sequestraram sua amada Teresa (Raymat) como refém. Desde os primeiros fotogramas o que chama de imediato a atenção é a qualidade

Filme do Dia: Olympia Parte II - Festa da Beleza (1938), Leni Riefensthal

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O lympia  Parte II – Festa da Beleza ( Olympia 2 – Fest der Scönheit , Alemanha, 1938). Direção e Rot. Original: Leni Riefensthal.  Música: Herbert Windt & Walter Gronostay Inicia com um prólogo menos demorado que o da primeira parte mas ainda mais marcadamente de potencial homoerótico, com atletas finlandeses entrando nus e realizando brincadeiras entre eles em uma sauna. Nas competições de vela, os barcos são ora observados de longe (quando mais parecem pequenas maquetes), ora bastante próximos. A brancura das altas velas de uma das categorias contra os céus carregadamente pumbleos provocam uma das imagens mais contrastantemente belas. A edição e a música, por sua vez, pouco após, encarrega-se de provocar o efeito de suspense. Da esgrima Riefensthal prefere ao início observar as sombras dos competidores. Após as provas do pentatlo se observa um grupo de jovens mulheres executando movimentos que lembram os entrevistos no início da primeira parte do documentário. Logo se p

Filme do Dia: El Cuarto de Leo (2009), Enrique Buchichio

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E l Cuarto de Leo (Uruguai/Argentina, 2009). Direção e Rot. Original: Enrique Buchichio. Fotografia: Pedro Luque. Música: Sebastián Kramer. Montagem: Guillermo Casanova & Julián Goyoaga. Dir. de arte: Paula Villalba. Com: Martín Rodriguez, Cecilia Cósero, Gerardo Begérez, Arturo Goetz, Mirella Pascual, Rafael Soliwoda, Carolina Alarcón, César Troncoso, Sylvia Murninkas. A namorada de Leo (Rodriguez) rompe com ele, já  que ele não consegue fazer sexo com ela e indica um psicólogo, Juan (Goetz), que ele passa a frequentar durante um tempo. Participando de encontros furtivos com homens que mantém contato pela internet, Leo conhece o também jovem e atraente Seba (Begérez), gay assumido e procura reatar o contato com uma ex-colega da escola primária, Caro (Cósero), que sempre anda deprimida. Após vários encontros no quarto de Leo, Juan se cansa da indecisão desse quanto a tomar uma atitude efetiva sobre sua vida afetiva e o abandona. Leo finalmente comenta o nome desse “alguém” p

Filme do Dia: Kashtanka (1952), Mikhail Tsekhanovskiy

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K ashtanka (União Soviética, 1952). Direção: Mikhail Tsekhanovskiy. Rot. Adaptado: Boris Brodsky & Mikahil Papava, a partir de um conto de Anton Tchecov. Fotografia: Mikahil Druyan. Música: Yuri Levitin. Montagem: Lidiya Kyaksht. Dir. de arte: Leonid Aristov & Aleksandr Belyakov. Kashtanka é uma pequena e esperta cadela semelhante a uma raposa que vive com um marceneiro e seu filho Fedyushka. Certo dia Fedyushka vai a cidade e bebe. Algo desorientado, não percebe que Kashtanka se afasta. Ela se perde e sofre com os rigores da fome e da neve, deitada na soleira de uma porta. O morador que a encontra é Monsieur Georges, que trabalha como palhaço no circo com seus animais amestrados, um gato, um ganso e um porco. Com a morte do ganso, ele descobre o talento de Kashtanka, que passa a integrar a trupe. No dia de sua estreia no picadeiro, a cadela é reconhecida por Fedyuska que a chama. Inicialmente dividida, pois Monsieur Georges também a chama por seu novo nome, decide ir de e

Filme do Dia: As Aventuras de um Paraíba (1982), Marco Altberg

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A s Aventuras de um Paraíba (Brasil, 1982). Direção: Marco Altberg. Rot. Original: Antonio Calmon & José Gonçalves do Nascimento, a partir do argumento do último. Fotografia: Carlos Egberto Silveira. Música: Dominguinhos, Amilton Godoy & Guadalupe. Montagem: Raimundo Higino. Dir. de arte: Carlos Assunção & Clovis Bueno. Figurinos: Clovis Bueno. Com: Caíque Ferreira,  Lourival Félix,  Cláudia Ohana, Tamara Taxman, Paulo Villaça, Paulão, Íris Bruzzi, Guará Rodrigues. Zé (Ferreira), retirante nordestino recém-chegado ao Rio, é acolhido pelo amigo Zé Preto (Félix). Porém, logo o destino os apartará. Enquanto Zé passa a ganhar a vida a partir do sexo e amizades, sobretudo com uma namorada de classe média, Débora (Taxman), Zé Preto envereda pelo mundo do crime. Mesmo se tornando uma figura inserida em meio a zona sul carioca, e vivendo uma relação aberta com Débora, Zé jamais esquece a cega Branca (Ohana), que salvou de ser atropelada e é vítima de Miguel (Villaça), polici

The Film Handbook#160: Alan Parker

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Alan Parker Nascimento : 14/02/1944, Londres, Inglaterra Carreira (como realizador): 1974 - Apesar de óbvio, nunca é demais dizer que os filmes de Alan Parker traem suas origens na publicidade para a TV e o cinema. O estilo tende a dominar o conteúdo, com a lógica do enredo, as personagens e a consistência moral fragilizadas diante dos fáceis efeitos emocionais. Um crítico sem rodeios da tradição britânica de realismo comportado e cinza, Parker realizou sua estreia em longa-metragem com o inócuo e eminentemente digno de esquecimento Bugsy Malone: Quando as Metralhadoras Cospem / Bugsy Malone , no qual crianças em trajes dos anos 30 alegremente disparam armas munidas de sorvetes umas contra as outras. Mais sério, o roteirizado por Oliver Stone O Expresso da Meia-Noite / Midnight Express > 1  retrata as horrendas e brutais atribulações sofridas por um traficante de drogas americano em uma prisão turca: o ritmo e iluminação de sua cinematografia destacavam-no como um técnico s

Filme do Dia: Underground (1976), Emile de Antonio, Haskell Wexler & Mary Lampson

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U nderground (EUA, 1976). Direção: Emile de Antonio, Haskell Wexller & Mary Lampson. Fotografia: Haskell Wexler. Montagem: Mary Lampson. Documentário no qual se escuta integrantes do Weather Underground, organização radical de esquerda que havia praticado vários atentados (e também tema do posterior The Weather Underground , que faz uso de material aqui também utilizado e de imagens dele próprio). Mais entrevistos que efetivamente vistos, embora se credite seus nomes, pois ainda em situação ilegal, eles contam sobre suas trajetórias, sendo essas narrativas entremeadas por uma relativamente rica presença de imagens que se referem ao que está sendo tematizado. Se o ambiente da sala, de onde o grupo não sai, pode se assemelhar a alguns dos mais aborrecidos filmes do Grupo Dziga Vertov (como é o caso, principalmente, de Um Filme como os Outros , onde as intervenções autorais parecem se subsumir, como aqui,  à fala dos depoentes ), a presença das imagens de arquivo vem se contrap

Filme do Dia: Let There Be Light (1946), John Huston

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L et There Be Light (EUA, 1946). Direção: John Huston. Podridão. Original: John Houston & Carlos Kaufman. Fotografia: Stanley Cortez, John Doran, Lloyd Fromm, Joe Jackman & Jorge Smith.  Música: Dimitri Tiomkin. A suntuosidade de seu estilo visual, marcado por elegantes e fluidos movimentos de câmera muito dificilmente entra em acordo com o que uma cartela inicial afirma sobre nada ser encenado nesse documentário sobre vítimas de traumas psicológicos da Segunda Guerra Mundial que, segundo o próprio Huston , jamais teria exibição pública. Muito menos ainda quando apresenta “flagrantes” dos incômodos sonhos noturnos que acompanham os soldados internos no hospital.  As sessões de verdadeiros interrogatórios diante de ao menos duas câmeras (pois é utilizado um sistema de plano-contraplano) que se sucedem com os soldados certamente não parecerão um primor em termos de abordagem do universo sensível dos mesmos – um soldado negro chora, levanta-se e diz que não se encontra em