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Filme do Dia: A Padeira do Bairro (1963), Eric Rohmer

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A   Padeira do Bairro ( La Boulangère de Monceau , França, 1963). Direção e Rot. Original: Eric Rohmer. Fotografia: Bruno Barbey & Jean-Michel Maurice. Montagem: Jacquie Raynal & Eric Rohmer. Com: Barbet Schroeder, Claudine Soubier, Michele Girardon. Um jovem (Schroeder) se interessa por uma mulher, Sylvie (Girardon) que sempre vê nas ruas próximas ao café que freqüenta. Porém, de tanto ficar com angustiado com seu súbito desaparecimento, acaba se interessando por uma jovem padeira, Jacqueline (Soubrier), para tentar esquecer a verdadeira atração que acredita sentir por Sylvie. No dia que marca um encontro com Jacqueline, no entanto, reencontra Sylvie, e a convida para jantar. Seis meses depois se casam, e frequentam a mesma padaria em que Jacqueline trabalhava. Primeiro dos seis contos morais que o cineasta só encerraria em 1972, é marcante pela simplicidade do enredo e pela quase ausência de diálogos – os últimos serão uma característica que se tornará marcante na su

Filme do Dia: Corazón de Niño (1963), Julio Bracho

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C orazón de Niño (México, 1963). Direção: Julio Bracho. Rot. Adaptado: Julio Bracho & José Maria Fernández de Unsáin, a partir da peça de Edmondo de Medicis. Fotografia: Agostín Martínez Solares. Montagem: Jorge Bustos. Dir. de arte: Roberto Silva & Carlos Echeverria. Cenografia: Carlos Grandjean. Com:  Ignacio López Tarso, Eduardo Fuentes, Adán R. Solís, Arturo Álvarez Limón, René Azcoitia, Javier Gómez, Jesús Brook, Roberto Rojo de la Vega. Em um vilarejo rural, Taxco, o novo professor ginasial Almeyda (Tarso), que substituirá o professor recém-falecido, que foi seu mestre um dia, depara-se com a dura realidade de crianças pobres. Existe o garoto que se levanta a noite para pintar os trabalhos de artesenato do pai sem ele saber. O que é atropelado por um caminhão ao tentar socorrer o amigo. O que viaja para a Cidade do México em busca da mãe, e a encontra em recuperação num hospital para queimados. O que perdeu a mãe e somente possui o avô como referência familiar. O de

Filme do Dia: Votti e Immagine del Neo-Realismo (1963), Jacopo Rizza

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V otti e Immagine del Neo-Realismo (Itália, 1963). Direção: Jacopo Rizza. Rot. Original: Pietro Pintus Pintus . Sobre a aparente referência ao Neorrealismo, esse cinejornal de fato se encontra muito mais interessado em apresentar os bastidores do star-system , sobretudo a partir daquela que é considerada sua maior atriz: Anna Magnani. É Magnani quem, de certa forma, permeia todo o documentário do início ao final. De resto, sua abordagem do movimento, que possui um destaque relativamente tímido na produção como um todo, é bastante convencional, contrapondo-o a produção escapista que o antecedeu, ainda sob o regime fascista ou de ocupação, longe de destacar, para facilitar ainda mais tal empreitada, o nome de figuras como Roberto Rossellini ou mesmo Guiseppe De Santis, na produção anterior – sendo tal referência/reverência se restringindo ao já canônico Obsessão (1943), de Luchino Visconti .   A “internacionalização” do movimento é referida nas premiações internacionais como na f

Filme do Dia: Técnica de um Delator (1963), Jean-Pierre Melville

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T écnica de um Delator ( Le Doulos , França/Itália, 1963). Direção: Jean-Pierre Melville. Rot. Adaptado: Jean-Pierre Melville, a partir do romance de Pierre Lesou. Fotografia: Nicolas Hayer. Música: Paul Misraki. Montagem: Monique Bonnot. Dir. de arte: Daniele Guéret. Cenografia: Pierre Charon. Com: Jean-Paul Belmondo, Serge Reggiani, Jean Desailly, Philippe March,  René Lefévre, Fabienne Dali, Monique Hennessy, Carl Studer, Daniel Crohem, Jacques De Leon. Após assassinar o joalheiro aparentemente parceiro, Gilbert (Lefévre), Maurice Faugel (Reggiani), recém-liberto de um período de seis anos na prisão,   enterra o produto de seu roubo e conta tudo para sua parceira, Thérèse (Hennessy) e ao melhor amigo, Silien (Belmondo). Silien retorna a casa de Faugel, amordaça e espanca Thérèse para que ela revele onde se encontra o companheiro. Faugel se encontra em meio a outra ação criminal numa mansão com o parceiro Rémy (Nahon) quando é surpreendido e ferido em um ombro pelo Inspetor S

Filme do Dia: Bonitinha, mas Ordinária (1963), J.P. de Carvalho

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B onitinha, mas Ordinária (Brasil, 1963). Direção: J.P. de Carvalho. Rot. Adaptado: Jorge Dória, baseado na peça de Nélson Rodrigues. Fotografia: Amleto Daissé. Música: Carlos Lyra. Montagem: Rafael Justo Valverde. Cenografia: José Cajado Filho. Com: Jece Valadão, Odete Lara, Lia Rossi, Marlene Blanco, André Villon, Fregolente, Monah Delacy, Roberto Bataglin, Ida Gomes, Maria Gladys, Milton Carneiro. Edgar (Valadão), rapaz de origem humilde, é “contratado” pelo patrão inescrupuloso Werneck (Fregolente), através de seu intermediário, Peixoto (Villon), para casar sua filha Maria Cecília (Rossi), vítima de estupro coletivo. Porém, Edgar vacila, já que tanto está apaixonado pela vizinha professora, Ritinha (Lara), como teme se transformar em cópia do crápula desesperançado que é Peixoto, também genro de Werneck. A aparência de pureza de Ritinha é desmentida por sua declaração que bancava as irmãs e a mãe inválida se prostituindo, após ter sido violada pelo patrão. Ritinha entra em

Filme do Dia: O Corvo (1963), Roger Corman

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O  Corvo ( The Raven , 1963). Direção: Roger Corman. Rot. Adaptado: Richard Matheson, a partir do poema de Edgar Allan Poe. Fotografia: Floyd Crosby. Música: Les Baxter. Montagem: Ronald Sinclair. Dir. de arte: Daniel Haller. Cenografia: Harry Reif. Figurinos: Marjorie Corso. Com: Vincent Price, Peter Lorre, Boris Karloff, Hazel Court, Olive Sturgess, Jack Nicholson , Connie Wallace, Willia m Baskin. Um mago, transformado em corvo, vai em busca de um colega, Erasmus Craven (Price), que inseguro diante da grande maestria do pai morto, havia abandonado a magia. Diante do desafio, volta à ativa e volta a transformar Adolphus (Lorre) em humano. Adolphus afirma que virou corvo através da magia do perverso Dr. Scarabus (Karloff) e que a esposa de Erasmus, dada como morta, Lenore (Court), vive no castelo de Scarabus. O grupo vai até o castelo e passa por várias provações, que finda com um duelo entre Scarabus e Erasmus. Em meio ao ciclo de adaptações de Poe dirigido por Corman , ess

Filme do Dia: Revolución (1963), Jorge Sanjinés & Óscar Soria

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R evolución ( Bolívia , 1963). Direção: Jorge Sanjinés & Óscar Soria. Segunda curta de Sanjinés , realizador que se tornaria uma figura seminal do cinema engajado latino-americano (através de obras como O Sangue do Condor ). Aqui ele não necessita mais que de imagens e música para mostrar uma realidade de exploração da população miserável, seu levante armado e a enigmática e pungente imagem final de crianças ainda completamente destituídas de uma assistência mínima que miram a câmera, quase que pedindo, através de silêncio e incompreensão de sua própria situação, por mudança. 9 minutos e 10 segundos.

Filme do Dia: Cruéis Jogos Infantis (1963), Frank Perry

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C ruéis Jogos Infantis ( Ladybug,Ladybug , EUA, 1963). Direção: Frank Perry. Rot. Original: Eleanor Perry, sob o argumento de Lois Dickert. Fotografia: Leonard Hirschfield. Música: Bob Cobert. Montagem: Armond Lebowitz. Dir. de arte: Albert Brenner. Figurinos: Anna Hill Johnstone. Com: Jane Connell, William Daniels, James Frawley, Richard Hamilton, Kathryn Hays, Jane Hoffman, Elena Karan, Judith Lowry, Christopher Howard         Em uma manhã como outra qualquer em uma escola americana situada no campo, o disparo acidental de um alarme nuclear provoca reações emocionais intensas. O diretor da escola, Sr, Calkins (Daniells), não conseguindo obter qualquer informação segura de que se trata ou não de um erro, decide enviar todas as crianças para suas casas. Um grupo, por morar relativamente perto, segue à pé a professora Hayworth (Hoffman). Aos poucos, cada criança vai seguindo a trilha de suas residências. A Sra. Hayworth quase em estado de choque consegue uma carona de um caminh

Filme do Dia: Matango, A Ilha da Morte (1963), Ishirô Honda

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M atango, A Ilha da Morte ( Matango ,   Japão, 1963). Direção: Ishirô Honda. Com: Akira Kubo, Kumi Mizuno, Hiroshi Koizumi, Yoshio Tsuchiya. Grupo de ricos membros da sociedade japonesa resolve se aventurar pelo mar numa noite de tempestade, sendo que o iate fica  às margens de uma ilha misteriosa, em que aos poucos toda a tripulação vai cedendo aos encantos opressores e mórbidos de um cogumelo que sofreu radiação nuclear. Essa ficção-científica canhestra e pretensiosa (existe toda uma subliminar evocação da luta de classes, assim como a situação de uma elite burguesa que se vê gradativamente despojada de seus artifícios pode sugerir um paralelo distante com O Anjo Exterminador , de Buñuel) é vítima de sua completa falta de ritmo e submersão aos clichês desgastados do gênero. Nesse sentido, tanto seu péssimo elenco quanto suas situações involuntariamente hilárias são evocativas da ficção B americana da década anterior (notadamente Jack Arnold ), assim como de seriados televi

Filme do Dia: Irma La Douce (1963), Billy Wilder

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Irma La Douce (EUA, 1963). Direção: Billy Wilder. Rot. Original: Billy Wilder & I.A.L Diamond. Fotografia: Joseph LaShelle. Música: André Previn & Marguerite Monnot. Montagem: Daniel Mandell. Dir. de arte: Alexandre Trauner. Cenografia: Maurice Barnathan & Edward G. Boyle. Figurinos: Orry-Kelly. Com: Jack Lemmon , Shirley MacLaine, Lou Jacobi, Bruce Yarnell, Herschel Bernardi, Hope Holyday, Joan Shawlee, Grace Lee Withney.             Nestor (Lemmon) é o guarda novato que se escandaliza com a aberta prostituição que encontra em La Halles, bairro popular de Paris. Ele prende um grupo de prostitutas, porém para seu azar o seu superior, Inspetor Lefevre (Bernardi), se encontrava entre os clientes. Despedido, Nestor se apaixona por uma das prostitutas, Irma (MacLaine), que passa a respeita-lo, assim como toda a comunidade local, após ele derrotar o cafetão de Irma, Hippolyte (Yarnell). Para tentar retirar Irma do mundo da prostituição, Nestor finge se passar por um res

Filme do Dia: Flaming Creatures (1963), Jack Smith

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Flaming Creatures (EUA, 1963). Direção: Jack Smith. O radical caráter transgressivo desse curta experimental de um dos ícones do cinema underground norte-americano talvez se torne menos interessante por si mesmo, do que pela teia de referências com as quais pode ser associado. Com uma tremida câmera na mão e fotografia de péssima qualidade, destacando os tons brancos, existe de tudo um pouco. Das figuras de submundo que fazem com que as superstars de Warhol  ganhem uma insuspeita aura de glamour, que como em Warhol, canibalizam as influências do cinema hollywoodiano clássico de forma paródico-grotesca às canções pop - que também eram onipresentes nas obras de Kenneth Anger – e latinas. Da nudez mais agressiva e menos paródica que a dos Irmãos Kuchar ao tom explicitamente amador de seu referido trabalho de câmera, assim como das “interpretações”, que sugerem fortes paralelos com o cinema marginal brasileiro, algo que também fica patente na histeria que acompanha os movimentos c

Filme do Dia: Quando um Homem é Homem (1963), Andrew V. McLaglen

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Quando um Homem é Homem ( McLintok! , EUA, 1963). Direção: Andrew V. McLaglen. Rot. Original: James Edward Grant. Fotografia: William H. Clothier. Música: Frank De Vol. Montagem: Bill Lewis & Otho Lovering. Dir. de arte: Eddie Imazu & Hal Pereira. Cenografia: Sam Comer & Darell Silvera. Figurinos: Ron Talsky. Com: John Wayne, Maureen O’Hara, Patrick Wayne, Stefanie Powers, Jack Kruschen, Chill Wills, Yvonne De Carlo, Jerry Van Dyke, Gordon Jones. G.W. McLintok (John Wayne) é um barão do gado que defende o seu direito à terra com a mesma altivez com a qual defende os índios comanches ameaçados de expulsão de suas terras. Com o retorno de sua esposa, Katherine (O’Hara), que o havia abandonado e  procura se desvencilhar das intimidades do passado, quando era conhecida como Katy, e insinuando não mais querer nada com McLintok, e sua filha Becky (Powers), ao qual se insinua o casamento com o almofadinha Matt (Van Dyke), a vida de McLintok fica atribulada. McLintok prefe

Filme do Dia: O Pranto de um Ídolo (1963), Lindsay Anderson

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O Pranto de um Ídolo ( This Sporting LIfe , Reino Unido, 1963). Direção: Lindsay Anderson. Rot. Adaptado: David Storey, baseado em seu próprio romance. Fotografia: Denys N. Coop. Música: Robert Gerhard. Montagem: Peter Taylor. Dir. de arte: Alan Whity. Cenografia: Peter Lamont. Figurinos: Sophie Devine. Com: Richard Harris, Rachel Roberts, Alan Badel, William Hartnel, Colin Blakely, Vanda Godsell, Anne Cunningham, Jack Watson, Arthur Lowe. Ex-mineiro e jogador de rugby amador, Frank Machin (Harris) vive na casa da viúva Margaret Hammond (Roberts), por quem é apaixonado, e sonha em ser contratado pelo City, clube de prestígio. Em uma apresentação virtuosa chama a atenção de um empresário do clube, Gerald Weaver (Badel). Ele é contratado pelo salário de mil libras, porém sua relação com Margaret continua complicada, pois ela nunca assume de fato a relação com ele e não consegue esquecer de todo o marido suicida. A fama e o sucesso repentinos de Machin, por sua vez, o fazem perce

Filme do Dia: O Desprezo (1963), Jean-Luc Godard

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O Desprezo ( Le Mépris , França/Itália, 1963). Direção: Jean-Luc Godard. Rot. Adaptado: Jean-Luc Godard, baseado no romance Il Disprezzo, de Alberto Moravia. Fotografia: Raoul Coutard. Música: Georges Delerue. Montagem: Agnés Guillemot & Lika Lakshmanan. Figurinos: Janine Autre. Com: Brigitte Bardot, Michel Piccoli, Jack Palance , Giorgia Moll, Fritz Lang.              Paul Javal (Piccoli) é um roteirista que vive um momento de crise com sua esposa, Camille (Bardot) na produção de uma adaptação da Odisséia por Fritz Lang (Lang), a ser rodada na Itália. Inseguro da relação desenvolvida entre Camille e o produtor do filme, Jeremy Prokosch (Palance), ele passa a uma postura defensiva, recusando-se a escrever o roteiro e sendo gradativamente desprezado por Camille, que parte com Jeremy. O  casal morre em um acidente na auto-estrada, enquanto Paul despede-se de Lang, com planos de retornar à Roma e escrever para o teatro.       Godard , característica já prenunciada em Acossa

Filme do Dia: O Criado (1963), Joseph Losey

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O Criado ( The Servant , Reino Unido, 1963). Direção: Joseph Losey. Rot. Adaptado: Harold Pinter, baseado no romance homônimo de Robin Maugham. Fotografia: Douglas Slocombe. Música: John Dankworth. Montagem: Reginald Mills. Dir. de arte: Richard MacDonald. Cenografia: Ted Clements. Figurinos: Beatrice Dawson. Com: Dirk Borgarde, James Fox, Sarah Miles, Wendy Craig, Catherine Lacey, Richard Vernon, Anne Firbank, Patrick Magee.                Tony (Fox) é um jovem aristocrata ocioso que contrata o criado Hugo Barett (Bogarde), para auxiliar na decoração de sua casa, além de fazer faxina, comida e as compras. Formal e responsável, ele conquista a confiança do patrão. O mesmo não ocorre com a noiva de Tony, Susan (Craig), que reclama de sua onipresença. Barett pede para Tony para trazer sua irmã, Vera (Miles). Logo, Tony perceberá mudanças como a presença de Vera em seu banheiro pela manhã   cedo ou flagrará Barett com Vera na cama, após retornar de uma viajem. Barett é despedido e su

Filme do Dia: O Pequeno Soldado (1963), Jean-Luc Godard

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O Pequeno Soldado ( Le Petit Soldat , França, 1963). Direção e Rot. Original: Jean-Luc Godard. Fotografia: Raoul Coutard. Música: Maurice Leroux. Montagem: Agnès Guillemot, Lila Herman & Nadine Trintignant. Com: Michel Subor, Anna Karina, Henri-Jacques Huet, Paul Beauvais, Lázló Szabó, Georges de Beauregard.            Bruno Forestier (Subor) é um matador de aluguel, especializado em matar terroristas, que se exila na Suiça e reluta em ser o autor do assassinato que os comparsas Jacques (Huet) e Paul (Beauvais) lhe encomendam. No ínterim, apaixona-se pela jovem e sedutora Veronica Dreyer (Karina), que também possui relações com o homem que Bruno deve assassinar. Pressionado por ser um desertor da Guerra da Argélia, Bruno é induzido a matar o homem. Não escapa, no entanto, de uma sessão de torturas perpetradas por uma dupla de comunistas. Foge do cativeiro,  assassina o homem e, ao mesmo tempo, sabe da morte de Veronica. Apesar de tudo, fica satisfeito pois sabe qu

Filme do Dia: La Rabbia (1963), Pier Paolo Pasolini & Giovanni Guareschi

La Rabbia (Itália, 1963). Direção: Pier Paolo Pasolini (segmento I) & Giovanni Guareschi (segmento II). Rot. Original: Pier Pasolini (segmento I) & Giovanni Guareschi (segmento II). Montagem: Pier Paolo Pasolini & Nino Baragli. Nesse curioso documentário ou filme-ensaio, a partir da seguinte premissa propõe-se duas visões sobre o mundo, uma mais progressista, representada pelo primeiro segmento, dirigido e escrito por Pasolini , outra mais conservadora, dirigida e escrita por Guareschi. No primeiro segmento, parte-se de imagens de arquivo do que representava boa parte dos eventos políticos e sociais de então, com destaque especial para a independência dos países africanos e Cuba, mas também do uso de Albinoni na trilha musical, stills e até mesmo pinturas clássicas na construção de uma visão eminentemente pessimista em que – a certo momento e na melhor tradução de sua concepção do mundo moderno – Pasolini exclama que o fim das culturas tradicionais e a vitória completa