Filme do Dia: A Padeira do Bairro (1963), Eric Rohmer
A Padeira do Bairro (La Boulangère de Monceau, França, 1963). Direção e Rot. Original:
Eric Rohmer. Fotografia: Bruno
Barbey & Jean-Michel Maurice. Montagem: Jacquie Raynal & Eric Rohmer.
Com: Barbet Schroeder, Claudine Soubier, Michele Girardon.
Um jovem
(Schroeder) se interessa por uma mulher, Sylvie (Girardon) que sempre vê nas ruas
próximas ao café que freqüenta. Porém, de tanto ficar com angustiado com seu
súbito desaparecimento, acaba se interessando por uma jovem padeira, Jacqueline
(Soubrier), para tentar esquecer a verdadeira atração que acredita sentir por
Sylvie. No dia que marca um encontro com Jacqueline, no entanto, reencontra
Sylvie, e a convida para jantar. Seis meses depois se casam, e frequentam a
mesma padaria em que Jacqueline trabalhava.
Primeiro
dos seis contos morais que o cineasta só encerraria em 1972, é marcante pela
simplicidade do enredo e pela quase ausência de diálogos – os últimos serão uma
característica que se tornará marcante na sua obra posterior – em relação à voz
off/over do protagonista. Esse último, aliás, é vivido por Schroeder, cineasta
e produtor dos filmes de Rohmer (além de outros renomados talentos como Jacques Rivette, Fassbinder, Wenders e seus próprios filmes) até o final da década de
1970. Como nos outros contos morais, trata-se de uma narrativa que se inicia
com o homem se interessando por uma mulher, abandonando sua atenção por outra
até o retorno à primeira. As ruas de Paris ganham uma dimensão tão acentuada
quanto no filme que lhe segue, A
Carreira de Suzana, que também possui um prólogo que situa a ação,
inclusive na geografia urbana parisiense. Curta-metragem, filmado em 16 mm. Les
Films du Losange/Studios África. 23 minutos.
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