Filme do Dia: Monsieur N. (2003), Antoine de Caunes
Monsieur N. (França, 2003). Direção:
Antoine de Caunes. Rot. Original: René Manzor. Fotografia: Pierre Aïm. Música:
Stephan Eicher. Montagem: Joële Van Effenterre. Dir. de arte: Patrick Durand.
Figurinos: Carine Sarfati. Com: Philippe Torreton, Richard E. Grant, Jay Hodan,
Elsa Zylberstein, Roschdy Zem, Bruno Putzulu, Stéphane Freiss, Frédéric
Pierrot, Peter Sullivan, Siobhan Hewlett.
Thomas Reade (Sullivan), um dos homens
mais próximos de Napoleão (Torreton), em seu exílio forçado na Ilha de Santa
Helena, reconstitui, com a ajuda de todos que lhe foram próximos, os últimos
dias de Bonaparte e sua pretensa fuga para a Louisiana com uma de suas últimas
mulheres, Betsy Balcombe (Hewlett), sendo que o pretenso cadáver do
ex-imperador enterrado na ilha era, na verdade, de seu mordomo Cipriani
(Putzulu).
Esse filme utiliza-se de elementos
históricos para, em última instância, apenas reforçar sua estrutura de romance
investigativo em um estilo não muito distante dos romances de Agatha Cristhie.
Assim, sua estrutura em flashbacks e
narração off, assim como tudo o mais,
incluindo a motivação dos personagens, acaba sendo escrava da estrutura
conspiracionista que alavanca o enredo, tornando tudo mais somente adereço.
Para piorar tudo, ainda existe a presença de interpretações canhestras e uma
linguagem cinematográfica não menos óbvia. A tentativa de “humanizar” o
personagem de Napoleão, tornando-o menos presa dos clichês tradicionais e,
portanto, menos grave, aproxima-o de
outro clichê já explorado igualmente a exaustão: a do ocaso de um grande líder,
preso entre as lembranças de um passado glorioso e um presente medíocre. Canal+/France 3
Cinéma/France Television Images 2/Futur Film Group/IMG Productions/Loma
Nasha/Scion Films Lmtd/Studio Canal/Studio Images 9. 120 minutos.
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