Filme do Dia: The Most Beautiful Thing (2012), Cameron Covell
The Most
Beautiful Thing (EUA, 2012). Direção, Rot. Original,
Fotografia e Montagem: Cameron Covell. Com: Analisa Gutierrez, Nick Lopez.
Brandon (Lopez), garoto de
sociabilidade restrita e sem conseguir emplacar nenhuma aproximação quando
aborda mais uma garota, Emily (Gutierrez), acredita que uma vez mais recebeu em
troca a indiferença habitual. Logo, no entanto, a garota o torna consciente de
que ela é surda. Uma grande amizade surge entre os dois, que logo demonstra ser
amor. Brandon, no entanto, fica magoado com as aproximações de um garoto junto
a Emily e tenta se afastar dela. Ela desfaz o mal entendido e ele a chama para
o baile de formatura.
Filme que trabalha sob linhas muito
frágeis do clichê bem intencionado para se tornar minimamente digno de
interesse. De início induz o expectador a supor que Brandon é quem seja surdo
ou que todos são surdos menos ele (numa inversão que seria interessante para
pensar o processo de exclusão do surdo) tal o nível de indiferença que ele
desperta nas pessoas. Porém, se o filme induz a uma adesão demasiado rápida,
faz uso de intepretações algo canhestras em sua falta de sutileza (no caso a de
Lopez), como nas patéticas cenas em que flagra o garoto que se interessa por
Emily e pior, não questiona a necessidade de ser um outro “excluído social” que
possui abertura para a garota, reproduzindo, de certa forma, a mesma lógica da
exclusão que pretende criticar,não deixando de apresentar uma citação de Helen
Keller, que serviu como tema de O Milagre
de Anne Sullivan, ao final. Assim, guardadas as proporções, fica-se no
mesmo nível do rapaz negro que entabula uma relação com uma branca cega e
apatetada em Quando Só O Coração Vê,
ainda que o filme em questão seja de 1965. 11 minutos.
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