Filme do Dia: Um Marinheiro Feito Homem (1921), Fred C. Newmeyer
Um Marinheiro Feito Homem (A Sailor-Made Man
(EUA, 1921). Direção: Fred C. Newmeyer. Rot. Original: Hal Roach, Sam Taylor
& Jean C. Havez. Fotografia: Walter Lundin. Montagem: Thomas J. Crizer. Com
: Harold Lloyd, Mildred Davis, Noah Young, Dick Sutherland.
Rapaz (Lloyd) se interessa por moça (Davis),
da alta sociedade, que vive rodeada de pretendentes janotas. Ela pretende que
ele participe de uma viagem com sua mãe e os pretendentes ao Oriente; porém ele
próprio playboy, foi involuntariamente
alistado na Marinha para provar seu valor ao pai da garota. Eles voltam a se
encontrar já no Oriente Médio, quando a garota é sequestrada pelo Rajá
(Sutherland) local, e o rapaz consegue o que seu recém-amigo também marinheiro
(Young) não conseguira, salvar a garota de dezenas de homens do Rajá, assim
como do próprio, no Palácio.
Em meio a um orientalismo então popular no
cinema de diversos países (Genuine, The Little Princess, The Sultan’s Wife, Harakiri, La Sultane de
L’Amour, Lírio Partido, Paixão
de Bárbaro – lançada apenas um mês antes e que lançaria Valentino ao
estrelato e até 20.000 Léguas Submarinas!
Todos realizados no intervalo de cinco anos), sucede-se algumas das melhores
tiradas de humor, marcado, em vários momentos, por um etnocentrismo. Como no
momento em que a garota não apenas se sente incomodade com a senhora que fuma
tranquilamente seu charuto e, não resignada em lhe passar um pito, simplesmente
tira o charuto de sua boca, como quem rouba o doce de uma criança – apenas para
o amigo do rapaz lhe entregar um novinho dos seus, e ela acender o seu no dele,
em sublime cumplicidade de vício e deleite. Como é regra no gênero no período,
os oponentes são apenas números a serem livrados do meio do caminho (no filme
de Keaton, Convict 13, os
presidiários, nos westerns os índios) para a felicidade do casal de
heróis. A música que emula
ocasionalmente uma marcha militar em ritmo mais apressado, e traz até mesmo um
trecho do hino norte-americano, foi
composta por Robert Israel para uma versão de 2002. Sybil Seele, que surge numa
ponta não creditada, foi protagonista de produções contemporâneas com Buster Keaton (a exemplo de Convict 13). Já
a heroína da vez, vivida por Davis, é mais uma das inúmeras tentativas de
reproduzir a icônica Mary Pickford. Tornou-se o primeiro longa de Lloyd,
aparentemente pela resposta extremamente positiva de público, que fez que não
se desfizesse, como habitual, de boa parte do material apresentado. Hal Roach Studios para Associated Exhibitors. 47
minutos.
Comentários
Postar um comentário