O Dicionário Biográfico de Cinema#134: Colleen Moore
Colleen Moore (Kathleen Morrison) (1900-87), n. Port Huron, Michigan
Na sua impagável biografia de Louise Brooks, Barry Paris se contorcionou em pesquisas tentando decidir se Brooks ou Colleen Moore criaram o visual melindrosa. A verdade é que neste momento - digamos 1923-1928 - Moore era um fenômeno, enquanto Brooks era uma curiosidade. Moore foi uma grande estrela americana, enquanto Brooks era demasiado esperta, demasiado difícil, demasiado tudo para ser isto. Em 1927, Colleen Moore era a atração nos topos das bilheterias do país, e estava fazendo 12.500 dólares por semana. Brooks ganhava 250 dólares por semana, e então foi para a Alemanha fazer Die Busche der Pandora [A Caixa de Pandora]. Mas Colleen Moore não é conhecida hoje. Poucos leitores deste livro a viram em um filme ou sabiam como ela parecia. Bem, ela parece como uma versão menos interessante de Louise Brooks. Um bocado menos interessante. Mas levou um tempo para afundar.
Moore disse que começou a fazer filmes porque seu tio, Walter Howey, um magnata da imprensa, era devedor de um favor a D.W. Griffith por conta de ter ajudado que Birth of a Nation [O Nascimento de uma Nação] e Intolerance [Intolerância] tivessem passado na censura. Então ela adquiriu seu novo nome, atuando com Tom Mix em diversos filmes, e estabelecendo-se como uma heroína padrão e foi lá, a própria fofura, pronta para ter seu cabelo cortado para o filme deflagrador da melindrosa, Flaming Youth (23, John Frances Dillon).
Seus anos de glória a tiveram em The Perfect Flapper (24, Dillon), Flirting with Love (24, Dillon), So Big [Amor, Destino e Honra] (25, Charles Brabin); Sally [Sally, A Enjeitada] (25, Alfred E. Green); We Moderns [Moças Modernas] (25, Dillon); Irene (26, Green); Ella Cinders [O Prêmio de Beleza] (26, Green); It Must Be Love [Deve Ser Amor] (26, Green); Twinkletoes [A Pequena do Bairro] (26, Brabin); Her Wild Oat [Apuros da Nobreza] (28, Marshall Neilan); Lilac Time [Amor Nunca Morre] (28, George Fitzmaurice); Oh Kay! [Oh! La Lá] (28, Mervin LeRoy); Why Be Good? [Ver Para Crer] (29, William A. Seiter); e Smiling Irish Eyes (29, Seiter).
Ela levou alguns anos afastada e então retornou para The Power and the Glory [Glória e Poder] (34, Neilan); e Sucess at Any Price [Paixão do Dinheiro] (34, J. Walter Ruben). Despediu-se então depois de um absurdo fracasso como Hester Prynne em The Scarlet Letter (34, Robert G. Vignola).
A vida posterior de Moore foi tão firme quanto a de Louise Brooks foi insegura. Ms. Moore teve diversos maridos homens de negócios, um dos quais, Homer Hargrave, foi o vice-presidente da Merril Lynch. Ela aprendeu tão bem que escreveu um livro, How Women Can Make Money in the Stock Market [Como as Mulheres Podem Fazer Dinheiro no Mercado de Ações].
Texto: Thomson, David. The New Biographical Dictionary of Film. Nova York: Alfred A. Knopf, 2014, pp. 1844-45.
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