Filme do Dia: The Lonedale Operator (1911), D.W. Griffith
The Lonedale
Operator (EUA, 1911). Direção: D.W. Griffith. Rot. Original: Mack Sennett.
Fotografia: G. W. Bitzer. Com: Blanche Sweet, Francis J. Grandon, Charles West,
George Nichols, Joseph Graybill, Dell Henderson, Edward Dillon, Wilfred Lucas.
Uma jovem (Sweet), assume o comando do
telégrafo enquanto o pai (Nichols) se sente mal e o namorado engenheiro
(Gordon), tem que se ausentar por conta do trabalho. Dois assaltantees
(Henderson e Graybill) invadem o posto. Trancada na sala do telégrafo, a jovem
avisa a estação mais próxima, enquanto os ladrões tentam invadir o aposento.
Quando eles conseguem entrar, a jovem aponta uma arma para eles. Logo, os
homens da estação próxima chegam, entre eles o engenheiro.
Essa “versão” na verdade traz somente stills do filme, o que torna
problemático qualquer consideração que não seja superficial sobre o mesmo, no
sentido de que até mesmo a configuração dos ângulos dos planos se torna outra
com o “recorte” que se faz diante das imagens das fotos fixas, sempre
visualizadas a partir de um zoom-in ou
zoom-out. De qualquer modo, o filme
faz uso da montagem paralela e o “plano de detalhe” tem evidente função
dramática, ao final, para demostrar que a “arma” que a heroína apontava contra
os ladrões era na verdade uma chave inglesa. A utilização da montagem paralela seria
reforçada na refilmagem efetivada pelo próprio Griffith no ano seguinte (The Girl and er Trust), em que ele acrescenta uma fuga improvisada
dos bandidos seqüestrando a mocinha em um trole, seguido pelo herói e outros
funcionários da companhia no trem, acrescentando um efeito maior de suspense. A
recorrente situação da mulher
desamparada do esteio masculino na filmografia do realizador é aqui
representada de modo quase didático, afinal tanto o seu namorado quanto o pai
se afastam logo ao início, por mais que ela não deixe de esboçar uma corajosa
reação à situação. Na produção do ano seguinte, Dorothy Bernard ficará com o
papel de Sweet Biograph. 17 minutos.
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