Filme do Dia: The Misfit (1924), Clyde Cook & Albert Austin

 


The Misfit (EUA, 1924). Direção e Rot. Original: Clyde Cook & Albert Austin. Com: Clyde Cook, Blanche Payson, Joe Roberts.

Mulher (Payson) leva o marido (Cook) as compras para literalmente apenas carregar o produto de sua inesgotável sede de consumo. Pintando em uma casa, o marido, com seu método heterodoxo, provoca um acidente no teto, fazendo desmorar um lustre. Ao fugir, cai em um carrinho de bebê que o leva a se unir aos marinheiros, pois é momento de recrutamento. Ele não se ajusta ao rigor militar, e logo se encontará as turras com seu superior (Roberts), conseguindo se desvencilhar desse e da esposa ao final.

Aparentemente o fracasso de sua carreira como comediante, antes mesmo da aurora do cinema sonoro, fez com que o diminuto Clyde Cook conseguisse transpor as barreiras do comediante da comédia pastelão para o cinema dramático sem a irrevogabilidade da própria carreira, ao contrários dos mestres da comédia muda como Harold Lloyd e Buster Keaton, de quem, aliás, faz uso do mesmo estúdio, produção e até mesmo um dos atores mais frequentes da trupe do comediante, o grandalhão Joe Roberts (no último filme a ser lançado com o ator, mas aparentemente não o último que trabalhou, que teria sido em Nossa Hospitalidade, segundo longa de Keaton). Por vezes as tiradas visuais extraem humor não dos diálogos em si, mas da movimentação dos corpos em cena. É algo ao qual a comédia pastelão, por sinal, especializou-se. No entanto, aqui se atropela literalmente com os clichês do gênero quando o humor brota da coreografia dos passos de marido e mulher andando por uma simples calçada. Habitualmente misógino, inicia com um alerta para os homens solteiros. A cena com os marines é em tudo e por tudo derivativa de Chaplin (Carlitos nas Trincheiras). Que não se espere grande coerência narrativa entre os episódios que se seguem, até mesmo por ter permanecido incompleto, pouco mais da metade de sua metragem original. Lou Anger Prod. para Educational Film Exchanges. 12 minutos.

 

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Filme do Dia: Der Traum des Bildhauers (1907), Johann Schwarzer

Filme do Dia: El Despojo (1960), Antonio Reynoso

Filme do Dia: Quem é a Bruxa? (1949), Friz Freleng