Filme do Dia: O Mito da Eterna Beleza (2003), Marcel Schwierin
O Mito da Eterna Beleza (Ewige Scönheit, Alemanha, 2003). Direção
e Rot. Original: Marcel Schwierin. Música: Peter Gotthardt. Montagem: Cristoph Grandet.
Documentário que retrata a trajetória
dos filmes de propaganda realizados no regime nazista no campo documental e de
ficção desde o início da década de 1930 até meados da década de 1940, quando o
sonho do III Reich já não convence mais ninguém. Porém, possui um prólogo onde
apresenta algumas imagens dos clássicos expressionistas O Gabinete do Dr. Caligari, Nosferatu
e a série Mabuse, afirmando que a
primeira metade da década de 1920 foi povoada por personificações do mal, fruto
da grande crise econômica em que e a Alemanha se viu envolvida, sendo que a
segunda metade já é mais plena de odes ao passado e de uma monumentalização da
cultura alemã como Os Nibelungos.
Schwierin apresenta desde imagens bem conhecidas como as dos documentários de
Leni Riefensthal até material bem mais raro como vários filmes curtos ou cenas
de um documentário que Walter Ruttman realizou para uma empresa de aço – filme
que influenciou muito, por sinal, Humberto Mauro, quando o viu no Festival de
Veneza. O filme se ressente, no entanto, de tocar em vários tópicos (é dividido
em uma série de temas) sem aprofundar nenhum, enveredando muitas vezes por um
tom de ridicularização fácil de algumas das cenas que apresenta, tentando
nortear sua narrativa através da atriz que encarnou o ideário nazista como
ninguém. De qualquer maneira, fica bem aquém de outro filme que se propôs a
fazer uma análise da estética nazista, Arquitetura
da Destruição (1989), de Peter Cohen.
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