Filme do Dia: Nicky Rides Again (1938), F. Lyle Goldman

 


Nicky Rides Again (EUA, 1938). Direção: F. Lyle Goldman. Rot. Original: Norman B. Terry. Música: Samuel Benavie.

A divisão da General Motors produziu meia-dúzia de animações à época, tentando talvez incutir sua marca desde cedo na população americana – é sabido o duradouro efeito das memórias infantis e sua ação sobre gostos e visões de mundo. Aqui observa-se, em tom fabular, o universo dos pioneiros quacres, índios e minúsculos duendes com seus cavalos-gafanhotos. Faz uso do efeito-gag partindo de motivações anacrônicas mais ou menos à época que Avery também começou a fazer uso do recurso. E a cultura indígena é a bola da vez para tal artifício. Seja a porta giratória no estilo dos grandes hotéis citadinos que dá acesso à cabana do chefe, os bonecos mecânicos tocadores de tambor ou as danças coreografadas como se fossem espetáculos da Broadway. Que o herói louro salve como mocinha uma indígena sequestrada por seu irmão “mau” se torna quase anárquico diante da visão estereotipada dos indígenas, quando não protagonistas das gags que giram em torno do anacronismo. E aí entra igualmente o x da questão, pois o herói irá fazê-lo com um novíssimo sedã chevrolet, que praticamente emerge da terra sob encanto do duente – que provavelmente também tornou automaticamente o jovem pioneiro em motorista. Chevrolet/JHO. 7 minutos e 38 segundos.

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