Filme do Dia: A Captura de Roma (1905), Filoteo Alberini
A Captura de Roma (La Presa di Roma, Itália, 1905). Direção
e Fotografia: Filoteo Alberini. Com: Ubaldo Maria Del Colle, Carlo Rosapina.
O General
Carcchidio é levado vendado de carruagem ao encontro do General Kanzler, que
não aceita uma negociação diplomática e, irritado, pede que Carcchidio seja encaminhado
de volta. O último tiro do canhão do confronto que se segue. Os soldados
adentram um muro tombado pelo tiro aos gritos de Viva Itália e Viva Roma. Pio IX ordena que Kanzler
hasteie a bandeira branca da Basílica de São Pedro.
Ao
contrário do que se poderia pensar, essa produção que sobreviveu apenas
parcialmente e reconstituída em alguns planos por fotos fixas, não se
trata de um épico histórico abordando temas do Império Romano, como bastante
habitual na produção italiano do período, mas sim vinculado a unificação do
país como estado-nação moderno. Os gestos, grandiloquentes como os do teatro
melodramático, a ausência de movimentação de câmera com planos de conjunto que
ressaltam tanto o ambiente quanto os atores e os cenários estilizados em sua
reprodução de ambientes como o palácio são todos nada incomuns do período. Algumas fontes citam-no como o primeiro filme
(talvez dramático?) italiano a ter uma exibição pública. Uma última cartela faz
referência a uma Itália liberta e uma que presta seu tributo a Carvour,
Vittorio Emanuel II, Garibaldi e Mazzini, os pais fundadores da nação. E se
segue uma foto fixa com a representação dos quatro em meio a própria figura que
representa a nação, como sempre do sexo feminino e segurando uma bandeira tricolor
(nessa versão colorizada de forma algo grotesca para simular a imagem original). Destaque para a
relativa boa qualidade das imagens que restaram. Alberini & Santoni. 4 minutos e 49
segundos.
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