Filme do Dia: Oh, Minha Bomba! (1964), Kihachi Okamoto


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Oh, Minha Bomba! (Aa Bakudan, Japão, 1964). Direção: Kihachi Okamoto. Rot. Adaptado: Kihachi Okamoto, baseado no conto de Cornell Woolrich. Fotografia: Shinsaku Uno. Música: Masaru . Montagem: Yoshitami Kuroiwa. Dir. de arte: Iwao Akune. Com: Yûnosuke Ito, Ichirô Nakaya, Ikio Sawamura, Eisei Amamoto, Akemi Kita, Fubuki Koshiji, Hideo Sumazuka.
Dois amigos planejam uma caneta-bomba que irá acabar com os planos do candidato a vereador que vende uma imagem de preocupação com a educação e que tem na caneta o principal símbolo de sua campanha mas que, na verdade, é um truculento oportunista e corrupto. Okamoto, à título de experimentação, faz uso de estratégias anti-naturalistas de interpretação, tais como gestos e expressões caricatas e inusitadas intervenções musicais – nos valores de exploração do mundo capitalista selvagem, em uma evidente sátira aos seus similares hollywoodianos, mas que numa mimetização que apenas inverte a coloração ideológica tal e qual os musicais do Leste Europeu compilados em Assim Dançou o Comunismo. Mesmo que seu tom se encontre abaixo em algumas escalas da histeria cansativa de uma experimentação mais radical contemporânea como Zazie no Metrô, seu evidente tom de crítica social a uma sociedade mecanizada e pouco preocupada com os anseios de seus indivíduos é bem menos articulado e radical que uma sátira igualmente preocupada em refletir sobre aspectos da recente ocidentalização nipônica como Giants and Toys (1958). As excessivas  mímicas utilizada pelo elenco na maior parte das vezes não consegue ser efetiva, em termos histriônicos, como no caso dos capangas do chefão corrupto atravessando a avenida ao ritmo da música para lhe darem cobertura e nem mesmo alguns momentos contagiantes como a explosão de twist ou efetivamente cômicos como a dentadura de um dos personagens que fica grudada no braço do ladrão que acabara de assaltar o seu dinheiro conseguem mudar tal quadro. Toho Co. 95 minutos.


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