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Filme do Dia: A Question of Seconds (1912), ?

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A   Question of Seconds (EUA, 1912). Direção: ?. Com: Charles Ogle, Mary Fuller, Harold M.Shaw, Richard Neill. Bonita (Fuller), filha de um importante rancheiro (Ogle) é cortejada pelo engenheiro da estrada de ferro Hardwell (Shaw) para a fúria enciumada de um mexicano, Haligo (Neill), que provoca uma emboscada para Hardwell, cuja vida é salva por sua amada. Após o susto, e com marcas da violência ainda em seu corpos – Bonita ferida no ombro, Hardwell na testa – o pai dela abençoa sua união. A atmosfera exótica de “mexicanidade” se soma a ameaça do “bestial” sangue latino chicano contra a ponderação e a racionalidade superiores do anglo-saxão, com a mulher sendo sempre a ingênua que não demonstra grande retração aos avanços de outro homem (como nos comtemporâneos One of the Bravest e The Trail of Cards ). Aqui, curiosamente, é a heroína que salva o mocinho de explodir pelos ares, apagando o rastilho de pólvora, para só então poder desmaiar dignamente e esse tampouco é exateme

Filme do Dia: A Cave Man Wooing (1912), Otis Turner

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A   Cave Man Wooing (EUA, 1912). Direção: Otis Turner. Rot. Original: B.M.Connors. Com: King Baggot, Violet Horner, William Robert Daly, William E.Shay, Jane Fearnley. George, amante romântico e sensível, de postura delicada, acredita que não tem chances diante de outro pretendente mais convencional que encontra na sala da casa da amada. Ele tem uma ideia, a partir de um jornal, de exercitar-se em uma academia de boxe. Após três meses George torna-se um exímio boxeador, derrubando o instrutor e outro atleta seguidamente e assustando os outros. Ele utiliza sua força agora para humilhar seu oponente e sequestrar sua amada. Eles encontram um policial pelo caminho, mas George quebra o cassetete do policial facilmente e esse corre com medo. Quando o pai dela e o rival de George encontram o policial os três vão até a casa deste. Lá, após pouca resistência   ela   se deixa ser beijada por George e os expulsa todos. Talvez a melhor imagem desse filme com pretensões cômicas seja que

Filme do Dia: The Sunbeam (1912), D.W. Griffith

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T he Sunbeam (EUA, 1912). Direção: D.W. Griffith. Rot. Original: George Hennessy. Fotografia: G.W.Bitzer. Com: Ynez Seabury, Kate Bruce, Claire McDowell, Dell Henderson, Charles Hill Mailes, John T. Dillon, Mabel Taliaferro, Christy Cabanne. Sunbeam é uma garota que vive em um cortiço com sua mãe. Essa morre e ela pensa que a mãe apenas dorme. Sem ter ninguém com quem brincar, Sunbeam busca a rígida solteirona (McDowell) do andar de baixo. Quando sai de seu quarto vai parar no quarto em frente, do solteirão (Henderson), com quem a vizinha vive às turras. Achando que a criança pegou uma presilha para cabelo, a solteirona a interroga. Outras crianças do cortiço pregam uma cartaz com os dizeres “febre escarlatina” e chamam alguns policiais que impedem a saída dos três do apartamento do solteirão. Tendo que se conformar com a nova situação, a solteirona tenta fazer alguma comida, enquanto os policiais descobrem se tratar de uma peraltice das crianças. Quando o casal vai devolver a cr

Filme do Dia: Katchem Kate (1912), Mack Sennett

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K atchem Kate (EUA, 1912). Direção: Mack Sennett. Rot. Original: Dell Henderson. Fotografia: Percy Higginson. Com: Mabel Normand, Fred Mace, Jack Pickford, Vivian Prescott, Anthony O’Sullivan, Sylvia Ashton, Charles Avery, Frank Opperman. Katchem Kate (Normand), entediada da vida, decide se tornar uma detetive e vai até uma agência. Travestida de homem ela consegue se infiltrar em um grupo anarquista que pretende lançar uma bomba contra um rico empresário. Fazendo uso de valores de produção equivalentes aos utilizados por Griffith , que trabalhava no mesmo estúdio e com alguns de seus colaboradores, como é o caso do roteirista Henderson, Sennett não consegue se sair tão bem no território da comédia nesse filme de único rolo, cuja trama torna-se confusa, demasiado rocambolesca para tão pouco tempo de metragem (algo que tampouco Griffith esteve completamente isento). De toda forma, cumpre acentuar a ousadia, inclusive no uso de apenas 5 cartelas, algo habitual nas produções de

Filme do Dia: La malle au mariage (1912), Max Linder

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L a Malle au Marriage (França, 1912). Direção e Rot. Original: Max Linder . Com: Max Linder, Charles Mosnier, Suzy Depsy. Max (Linder), apaixonado pela jovem Miquette (Depsy), tem de enfrentar a resistência de seu rigoroso tutor (Mosnier).   Certo dia que a visita na surdina, é surpreendido com a chegada do tutor e se traveste de mulher, despertando a atração do tutor. Tomando partido da situação, leva o tutor para seu apartamento e consegue prendê-lo dentro de um baú, simulando a chegada de um marido irado. Chama então Miquette e ameaça somente libertar o tutor, se ele concordar com a união do casal. Com uma montagem mais acelerada do que o usual (os planos duram cerca da metade de outro filme de Linder do mesmo ano, Une Idylle à La Ferme ), mesmo que ainda distante mesmo dos filmes de Griffith mais lentos do período, aproxima-se de algumas produções norte-americanas da época tais como as de George Nichols e Da Manjedoura à Cruz , de Olcott. O momento efetivamente cômico é

Filme do Dia: The Lesser Evil (1912), D.W. Griffith

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L esser Evil (EUA, 1912). Direção: D.W. Griffith. Rot. Original: George Hennessy. Fotografia: G.W. Bitzer. Com: Blanche Sweet, Edwin August, Mae Marsh, Alfred Paget, Charles Hill Mailes, Charles West, Robert Harron, Harry Hide. Jovem garota (Sweet), apaixonada por um pescador (August) simples e de bom coração é raptada por um grupo de contrabandistas quando involuntariamente flagra suas atividades e carregada junto para o barco pesqueiro. O pescador percebe o rapto e imediatamente vai em busca de socorro da guarda costeira. Enquanto isso, no barco, o capitão (Paget), sob o risco de sua própria vida, protege a jovem de uma turba incontrolada que a quer em suas mãos, chegando inclusive a assassinar um dos homens. Quando a situação se encontra em vias de ser dominada pelo grupo de contrabandistas, a guarda costeira faz a abordagem e a jovem permite que o capitão consiga fugir pulando no mar. Esse filme, que segue tipicamente as estratégias do realizador com relação a apresentaçã

Filme do Dia: The Water Nymph (1912), Mack Sennett

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T h e Water Nymph (EUA, 1912). Direção: Mack Sennett. Com: Mabel Normand, Mack Sennett, Ford Sterling, Gus Pixley, Edward Dillon, Mary Maxwell. George (Sennett) convida sua namorada (Normand), que ainda não apresentou aos pais à praia, pois o pai, subitamente energizado, quer se divertir e paquerar. Ao lá chegarem, o pai se sente atraído justamente pela namorada de George e lhe corteja, abandonando a mulher na mesa do restaurante. O encontro dos quatro à mesa ao final é o momento em que George a apresenta aos pais, ainda que o pai não disfarce sua frustração. Esse, que é considerado o primeiro curta que Sennett realizou com suas “bathing beauties” (ironizadas de forma marcante em Flim Flam Films , animação com o Gato Felix) praticamente deixa em segundo plano o amor cortês e apropriado entre os jovens para apresentar a lubricidade do velho pai. Como era costume na época, a figura feminina surge como completamente passiva aos cortejos de outro homem, mesmo se encontrando engaja

Filme do Dia: Da Manjedoura à Cruz (1912), Sidney Olcott

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D a Manjedoura à Cruz ( From the Manger to the Cross , EUA, 1912). Direção: Sidney Olcott. Rot. Adaptado: Gene Gautier.  Fotografia: George K. Hollister. Dir. de arte: Henry Allen Farnhan. Com: Robert Henderson-Bland, Percy Dier, Gene Gautier, Alice Hollister, Samuel Morgan, James D. Ainsley, Robert G. Vignola, George Kellog, Sidney Babe, Montague Sidney, Jack J. Clark. A anunciação. A aparição de um anjo em sonho que anuncia a verdade para José (Sidney), que havia se afastado de Maria (Gautier), desde sua gravidez. O nascimento de Jesus. Sua visita pelos Reis Magos. A fúria de Herodes (Kellog). A fuga pelo Egito. A infância de Jesus (Dyer), com os pais, que o flagram discutindo entre os sábios. Já adulto (Henderson-Bland), sendo visitado por uma pecadora arrependida, Maria Madalena (Hollister). Pregando e arrebanhando apóstolos. A sucessão de milagres e curas, entre elas a ressureição de Lázaro (Baber). Expulsando os mercadores do templo. Caminhando sobre o mar. Antevendo a t

Filme do Dia: The Invaders (1912), Thomas H. Ince & Francis Ford

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T he Invaders (EUA, 1912). Direção: Thomas H. Ince & Francis Ford. Rot. Original: C. Gardner Sullivan. Fotografia: Ray C. Smallwood.  Com: Francis Ford, Ethel Grandin, William Eagle Shirt, Ann Little, Ray Myers, Art Acord. A chegada de um grupo de geógrafos que estudam o terreno onde será construída uma ferrovia invade o território indígena e provoca o rompimento do acordo de paz assinado entre estes e o exército americano. Quando houve a decisão de massacrar os brancos, Sky Star (Little), índia simpatizante dos brancos, e filha do chefe Sioux (Smith) decide ir avisá-los. Ela se acidenta no caminho e chega bastante ferida ao forte, sendo cuidada pela filha (Grandin) do Coronel James Bryson (Ford). Pegos de surpresa, os homens do exército americano não possuem efetivo que possa fazer frente aos índios. Enquanto resistem sem muitas chances no Forte, o Tenente White (Myers) decide ir buscar reforços na próxima guarnição. Quando tudo parecia perdido, os reforços chegam e salvam

Filme do Dia: Algie, o Mineiro (1912), Edward Warren

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Algie, o Mineiro ( Algie, the Miner , EUA, 1912). Direção: Edward Warren, Harry Schenck & Alice Guy. Com: Billy Quirk. Algie (Quirk) é um efeminado homossexual que para casar com a filha de Harry Lyon, de importante família do Leste americano, tem que provar em um ano que é másculo. Parte então para o Oeste, onde rapidamente perde os trejeitos e se torna não somente um garimpeiro bem sucedido como um valente homem, defendendo seu parceiro de negócios e o livrando da bebida. Junto com ele, Algie retorna irreconhecível para o Leste, onde agora o casamento poderá se concretizar. Comédia dependente de sua estigmatização do personagem do homossexual e de sua “conversão” cuja visão retrospectiva soará (como acentuado no documentário O Celulóide Secreto ) por demais perversa, mesmo sendo uma das primeiras vezes que um personagem abertamente homossexual é representado nas telas (ao menos até a metade do filme, quando de sua conversão), antes do primeiro tratamento “sério” dado ao te

Filme do Dia: Dr. Jekyll And Mr. Hyde (1912), Lucius Henderson

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Dr. Jekyll and Mr. Hyde (EUA, 1912). Direção: Lucius Anderson. Rot. Adaptado: baseado na peça de Thomas Russell Sullivan e no livro de Robert Louis Steenson. Com: James Cruze, Florence La Badie, Marie Eline, Jane Gail, Marguerite Snow, Harry Benham. Médico respeitado, Jekyll (Cruze) se tranforma no abominável monstro Hyde (Cruze), após consumir ele próprio uma droga que criou.  Hyde assassina o pai de sua futura noiva (La Badie) e se torna uma ameaça para a vizinhança. No dia do assassinato é seguido por um policial que o vê se refugiar na mansão de Jekyll. Quando ele adentra a mansão não consegue encontrar pista do criminoso, pois ele já voltou a se encontrar sobre a nobre face do dr. Jekyll. Sem mais conseguir controlar suas alterações, Jekyll foge da esposa quando sente que vai se transformar mais uma vez e é encontrado morto no seu próprio laboratório sobre a face de Hyde. Ainda que essa seja talvez a mais conhecida adaptação do célebre romance de Stevenson (e igualmente e

Filme do Dia: O Jardineiro Cruel (1912), Victor Sjöström

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O Jardineiro Cruel ( Trädgardsmästaren , Suécia, 1912). Direção: Victor Sjöström. Rot. Original: Mauritz  Stiller. Fotografia: Julius Jaenzon . Com: Victor Sjöström, Gösta Ekman, Lili Bech, John Ekman, Gunnar Bohman. Jovem (Bech) de classe social inferior se apaixona pelo filho (Gösta Ekman) do patrão (John Ekman), que envia o filho para longe. Porém, o que aparenta ser somente uma preocupação com um futuro do filho, demonstra ser o interesse do patrão pela moça, que tenta sem sucesso seduzi-la a todo custo. Pai e filha são despedidos pelo patrão como retaliação. A jovem procura o apoio de um homem rico que, com a morte de seu pai, a adota como filha. Com a morte de seu protetor, no entanto, a jovem desesperada retorna ao local que fora feliz em sua juventude e é encontrada morta na estufa da casa por seu proprietário.            Segundo filme de Sjöström , realizado em um período em que a cinematografia mundial ainda consolidava as bases para a narrativa cinematográfica pad

Filme do Dia: Petit Causes, Grand Effets (1912), Marius O'Galop

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Marius O'Galop c. 1910 Petit Causes, Grand Effets (França, 1912). Direção, Rot. Original, Fotografia e Montagem: Marius O´Galop As animações de O´Galop produzidas para campanhas de prevenção e sanitarização possuem um traço e movimentação extremamente modernas e herdeiras certamente das tiras de jornais. No caso em questão, trata-se de se fazer o proselitismo contra o álcool. Não se espere sutilezas. O caminho do alcoolismo é o da degeneração, da epilepsia e do assassinato seguido de sua não menos horrenda punição pela guilhotina. 1 minuto e 51 segundos.

Filme do Dia: Une Idylle à la ferme (1912), Max Linder

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Une Idylle à La Ferme (França, 1912). Direção e Rot. Original: Max Linder . Com: Max Linder e Suzy Depsy. A comicidade do filme gira em torno da contraposição entre o dandismo do personagem de Linder e os modos rústicos que requerem uma vida voltada para uma fazenda – já que o dândi pretende se engajar com a filha de um fazendeiro. O estilo de Linder é bem mais discreto do que os burlescos norte-americanos e talvez uma maior ênfase no caráter desastrado de seu personagem (com resultados positivos, diga-se de passagem, ao menos para o olhar contemporâneo) já seja uma rendição a influência do burlesco anglo-saxão na França, em filmes posteriores como Coiffeur par Amour (1915). Os planos dos filmes de Linder são incomparavelmente mais longos do que os norte-americanos realizavam contemporaneamente, demonstrando o estilo diferenciado de filmagem europeu, onde a encenação ganha ascendência sobre a montagem. Em termos visuais, o resultado é bem menos sofisticado do que as produções d

Filme do Dia: The Land Beyond the Sunset (1912), Harold M. Shaw

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The Land Beyond the Sunset (EUA, 1912). Direção: Harold M. Shaw. Rot. Original: Dorothy G. Shore. Com: Martin Fuller, Mrs. William Bechtel, Walter Edwin, Ethel Jewett, Elizabeth Millner, Gladys Du Pell, Margery Bonney Erskine, Bigelow Cooper. O garoto jornaleiro Joe (Fuller) que vive em um quarto de cortiço sendo explorado por uma cruel avó (Bechtel) descobre e se encanta com um novo mundo a partir de um piquenique organizado por uma associação caritativa, na qual escuta a história de um garoto que era maltratado por uma bruxa, mas que se acabou libertando pela intervenção de fadas e se dirigindo para a terra  além do crepúsculo. Joe se afasta do grupo e encontra uma canoa à beira da praia, na qual busca a sua terra para além do crepúsculo. Soberbamente fotografado e com notável uso da profundidade não só de campo como de foco esse filme de Shaw, que não teve seu nome creditado ao contrário da roteirista, foi produzido com intuito institucional de divulgar o trabalho de uma orga

Filme do Dia: The Girl and Her Trust (1912), D.W. Griffith

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The Girl and Her Trust (EUA, 1912). Direção: D. W. Griffith. Rot. Original: George Hennessy. Fotografia: G.W. Bitzer. Com: Dorothy Bernard, Wilfred Lucas, Edwin August, Charles Gorman, Walter Long, Alfred Paget, Charles West, William A. Carroll. Grace (Bernard), a telegrafista é avisada por seu namorado, Jack (Lucas), que dois mil dólares deverão ser entregues em uma remessa. Ela se sente temerosoa, mas ele afirma que se trata de um local sem perigo. Dois bandidos (Gorman e August) chegam logo depois e conseguem roubar a carga. Grace avisa a próxma estação. Desesperada,  tentando demover os ladrões, acaba partindo juntamente com eles em um trole. Uma locomotiva se aproxima em perseguição e consegue deter os ladrões. Grace e Jack, já mais calmos, partem com a locomotiva. Mesmo sendo uma refilmagem bastante próxima do anterior The Lonedale Operator (1911), cumpre  enfatizar que Griffith tentou maximizar o efeito de suspense, prolongando a situação de tensão, que no film