Filme do Dia: The Greatest Man in Siam (1944), Shamus Culhane

 


The Greatest Man in Siam (EUA, 1944). Direção: Shamus Culhane. Rot. Original: Ben Hardaway & Mitt Schaffer.

O sultão do Sião decide abrir uma concorrência para ver quem ganhará a mão de sua bela filha. O que mais chama atenção nessa animação curta é que Culhane, ex-profissional da Disney (onde havia realizado alguns dos momentos mais inspirados de Branca de Neve e os Sete Anões) consegue persistir no estilo narrativo ainda francamente guiado por um tema musical, onipresente na década anterior, sobretudo em sua primeira metade, com a ironia e a malícia típicas de um realizador como Tex Avery. Nesse quesito entram tanto o pregão deixado pelo sultão que deixa claro a impossibilidade da participação de serviçais do castelo e suas respectivas famílias, numa clara alusão aos concursos organizados pelas grandes corporações, como – e principalmente – a evidente alusão a sexualidade exuberante da filha do sultão, que transforma todos os homens em cópias do célebre Lobo de Avery. O fato da série se chamar Swing Symphonies é uma referência direta às Silly Symphonies da Disney e, particularmente, ao fato de lidarem na sua banda sonora com temas jazzísticos  muito menos “domesticados” e adocicados que os habitualmente utilizados pelo estúdio concorrente. Walter Lantz Prod. para Universal Pictures. 6 minutos e 52 segundos.

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