Filme do Dia: Pull My Daisy (1959), Robert Frank & Alfred Leslie

 


 

Pull My Daisy (EUA, 1959). Direção: Robert Frank & Alfred Leslie.  Rot. Original: Jack Keruac.  Música: David Amram. Montagem: Robert Frank, Alfred Leslie & Leon Prochnik. Com: Allen Guinsberg, Gregory Corso, Larry Rivers, Delphine Seyrig, Peter Orlovsky, Richard Bellamy, Alice Neel, Sally Gross, Pablo Frank.

Grupo de poetas decide fazer da casa de Milo (Rivers) seu quartel-general. Porém o clima crescentemente boêmio, o barulho do jazz que é tocada até altas horas da noite, acaba provocando a irritação da mulher de Milo (Seyrig), inclusive por conta do filho Pablo (Frank).

Tido como obra exponencial para um novo cinema americano independente em detrimento do contemporâneo Shadows, de Cassavetes, o filme hoje talvez se torne mais uma curiosidade por conta da presença de alguns dos nomes exponenciais da geração beat. Não fazendo uso de diálogos, sua narração é feita de forma desleixadamente improvisada a posteriori por Jack Kerouac, num estilo em parte reminiscente da etnoficção de Jean Rouch, produzida na mesma época (como em Eu, um Negro). Mesmo que o filme invista ainda menos numa dramaturgia convencional que o de Cassavetes, fica bastante marcada a diferença da interpretação da profissional Seyrig, que se tornaria musa de Resnais (O Ano Passado em Marienbad, Muriel) para o restante do grupo. Compartilha com Shadows, da descrição de um ambiente boêmio, aqui praticamente restrito ao apartamento do casal, assim como de uma trilha musical também jazzística, ritmo então considerado marginal por excelência, ao contrário do rock ‘n roll. National Film Registry. 26 minutos.

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