Filme do Dia: Inverno Quente (1997), Tom Tykwer

 


Inverno Quente (Winterschläfer, Alemanha/França, 1997). Direção: Tom Tykwer. Rot. Adaptado: Tom Tykwer, baseado no romance Expense of Siprit de Anne-Françoise Pyszora. Fotografia: Frank Griebe. Música: Reinhold Heil, Johnny Klimek & Tom Tykwer. Montagem: Katja Dringenberg. Dir. de arte: Uli Hanisch. Cenografia: Alexander Manasse. Figurinos: Aphrodite Kondos. Com: Ulrich Mattes, Marie-Lou Sellem, Floriane Daniel, Heino Ferch, Josef Bierbichler, Laura Maori Tonke, Sophia Dirscherl, Sebastian Schipper.

No meio do inverno, jovem tradutora, Rebecca (Daniel) mora na casa que foi herdada por sua introspectiva amiga enfermeira, Laura (Sellem), enquanto namora o instutor de esqui Marco (Ferch). Certo dia, o desconhecido Rene (Matthes), projecionista do cinema local, aproxima-se da casa e rouba o carro de Marco. Sofre um acidente na estrada, que provoca a morte da filha de um morador do lugar, Theo (Bierbichler). Posteriormente, torna-se namorado de Laura. Theo, que descobre ser Marco o proprietário do carro, tenta matá-lo, mas esse acidentalmente cai em um precípicio. Enquanto Laura inicia uma vida conjugal com Rene e o filho recém-nascido, Rebecca parte.

Mesmo para as exigências mais comezinhas dos filmes de gênero, o filme de Twyker – que tornaria-se internacionalmente conhecido no ano seguinte, com Corra Lola Corra – esbarra num sério obstáculo que é a falta de ritmo e uma dispersão por subenredos que não são desenvolvidos, como o da amante de Marco ou da atração de Rebecca por Rene ou mesmo o sinal misterioso que Theo percebeu na nuca de Rene no momento do acidente e que será responsável por alguns dos piores momentos do filme, de um rídiculo involuntário. Nas mãos de um cineasta mais maduro como Atom Egoyan, provavelmente a irônica contraposição entre um final feliz para o causador dos males tanto de Theo como de Marco teria ganho uma dimensão mais densa que simplesmente a do mero efeito final, a que se soma o recorrente plano de Marco caindo no precípicio que, se provoca algum efeito dramático em sua primeira exposição, até mesmo pela boa técnica, torna-se dispensável e mesmo hilária em sua recorrência. MDR/Palladio Film/WDR/X-Film Creative Pool/arte. 122 minutos.

 

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Filme do Dia: Der Traum des Bildhauers (1907), Johann Schwarzer

Filme do Dia: Quem é a Bruxa? (1949), Friz Freleng

A Thousand Days for Mokhtar