Filme do Dia: O Destino Bate à Porta (1946), Tay Garnett

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Destino Bate à Porta (The Postman Always Rings Twice, EUA, 1946). Direção: Tay Garnett. Rot. Adaptado: Harry Ruskin & Niven Busch, baseado no romance de James M. Cain. Fotografia: Sidney Wagner. Música: George Bassman & Eric Zeisl. Montagem: George White. Dir. de arte: Randall Duell & Cedric Gibbons. Cenografia: Edwin B.Willis.  com: Lana Turner, John Garfield, Cecil Kellaway, Hume Cronyn, Leon Ames, Audrey Totter, Alan Reed.
O viajante Frank Chambers (Garfield) decide se empregar em um posto de gasolina à beira de uma estrada da propriedade de Nick Smith (Kellaway), sentindo-se imediatamente atraído pela jovem esposa de Smith, Cora (Turner). Seu envolvimento com Cora o levará a planejarem o assassinato de Smith, que sobrevive. Frank decide abandonar o local, mas duas semanas depois reencontra Smith e retorna ao posto. Com a decisão de Smith de vender o posto e partir para o Canadá com a esposa, um novo plano de assassinato resulta na morte de Smith e ferimentos em Frank. As estratégias do advogado (Cronyn) de Cora conseguem livrá-los. Bem sucedidos no negócio, eles continuam morando juntos e tudo vai bem até o dia em que são chantageados por Kennedy (Reed), um dos assessores do advogado. O casal não se dobra à tentativa de chantagem, porém Cora morre em um acidente de automóvel, e Frank é preso, suspeito de tramar sua morte.

Esse clássico noir, refilmado nos anos 1980 por Bob Rafelson com Jessica Lange e Jack Nicholson nos papéis principais e que já havia rendido adaptações anteriores tanto no cinema francês quanto italiano (essa, não menos célebre, Obsessão, dirigido em 1942 por Visconti), causou furor à época pela ousadia com que o a situação de adultério é retratada, levando doze anos até que o roteiro conseguisse a aprovação do vigilante Código Hays. O resultado final, soberbamente fotografado em p&b, e servindo à época primordialmente como veículo para a sensualidade de Lana Turner, habitualmente rocambolesco como os melhores filmes do gênero é tão instigante, a seu modo,  quanto sua contraparte italiana, mais realista e não menos polêmica, o fora pouco antes. MGM. 113 minutos. 

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