Filme do Dia: Bacalhau (1975), Adriano Stuart
Bacalhau (Brasil, 1975). Direção e Rot. Original: Adriano
Stuart. Fotografia: J. Marreco. Música: Beto Strada. Montagem: Roberto Leme.
Dir. de arte: Luís Victor Rosa. Com: Hélio Souto, Dionísio Azevedo, Maurício do
Valle, Adriano Stuart, Marlene França, Helena Ramos, Fábio Rocha, David Neto,
Canarinho, Matilde Mastrangi.
Um peixe assassino começa a fazer
vítimas no litoral paulista. Breda (Souto), o delegado e Petrônio (Azevedo), o
prefeito possuem visões distintas. Enquanto o delegado pretende avisar a população,
o prefeito, temeroso do impacto no turismo local, mantém-se terminantemente
contra. Um oceanógrafo português é convidado para descobrir sobre o que se
trata e ele descobre se tratar de um bacalhau da Guiné. Inicia-se então a
caçada ao animal.
Essa anêmica pornochanchada, evidente
sátira do então mais que recente Tubarão (1975),
de Spielberg, procura extrair humor da própria precariedade, tal como as
chanchadas já o haviam feito duas décadas antes. É fato que poucas vezes
consegue. No entanto, bem que procura explorar desde as patéticas interpetações
até os precários valores de produção, assim como as toscas movimentações da
câmera e o enredo que, de fato, não passa de uma interminável sucessão de tentativas de gags que não funcionam pela absoluta mediocridade
e ausência de criatividade. Como é comum
no gênero não faltam as personagens do gay caricato e da amante ardente. Não
bastando as constantes alusões ao filme
de Spielberg, Tubarão chega a ser
referido literalmente assim como outras “sensações” da época, tais como os
filmes-catástrofes Terremoto e Inferno na Torre. Em termos de
exploração de nudez, o filme é até bastante pudico, mesmo para os padrões da
época. Omega Filmes. 90 minutos.
Devo confessar que esse é meu filme brasileiro favorito, ainda bem que não tinha Funk nos anos 70
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