Filme do Dia: Dio, Come Ti Amo! (1966), Miguel Iglesias


Dio, Come Ti Amo! (Itália/Espanha, 1966). Direção: Miguel Iglesias. Rot. Original: Giovanni Grimaldi & Eliana De Sabata, a partir do argumento de Ennio De Concini. Fotografia: Cecilio Paniagua. Montagem: Franco Fraticelli. Dir. de arte: Bruno Cesari & Andrés Vallvé. Com: Gigliola Cinquetti, Mark Damon, Micaela Pignatelli, Antonio Mayans, Nino Taranto, Raimondo Vianello, Carlo Croccolo.

Gigliola (Cinquetti) se torna a melhor amiga de uma garota espanhola que concorre com ela, Angela (Pignatelli) em um concurso internacional de salto ornamental na Itália. Angela a convida para visitar a Espanha, onde Gigliola se enamora do noivo da melhor amiga, Luis (Damon). A rica e nobre família de Angela acredita que Gigliola é, na verdade, uma princesa. Quando retorna a Itália, Gigliola se encontra triste e encontra apoio no pai (Taranto). Porém, logo fica sabendo que a amiga virá visitá-la. A família de Gigliola arma a farsa de fazer de conta que ela vive no castelo do patrão de seus pais. Gigliola cede aos encantos de Luis, contando com a compreensão de Angela que, por sua vez, apaixona-se pelo irmão de Gigliola, Gianni (Mayans), que se fizera passar por motorista da família, sendo que o era, de fato, como os pais, da família do Principe (Vianello), verdadeiro proprietário do castelo, que concorda em participar da farsa de forma quase improvisada.

Difícil encontrar adjetivos para descrever essa ridícula tentativa cômica cujo único interesse evidente é servir como veículo para o recente talento da cantora adolescente Gigliola Cinquetti, que surge ao início justamente cantando a canção que a catapultou ao sucesso, Non ho l'Eta. Tudo o mais parece demasiado banal em relação a esse objetivo: a patética fragilidade do roteiro; seu péssimo ritmo, que o transforma numa experiência interminável; a atuação demasiado canhestra de todo o elenco; a inserção das músicas na trama; o caráter pseudoturístico das locações hispânicas e a salada de nacionalidades que faz com que um norte-americano interprete um espanhol e uma italiana uma espanhola, mesmo em se tratando de uma co-produção e, atrelado a isso, o fato inexplicável de todos falarem em italiano, mesmo na Espanha. A vulgaridade rasteira, estilo “conto de fadas”, que acaba por desfazer o casal de sangue azul espanhol como mera convenção social e os vincular aos plebeus italianos napolitanos, representados de forma demasiado caricata na personagem do pai de Gigliola não poupa uma governanta da família espanhola que se entrega ao primeiro italiano que responde a sua “languidez”. Ultra Films - Sicila Cinematografica/Altura Films para Titanus. 107 minutos.

Comentários

  1. ESTE COMENTÁRIO INFELIZ, DE QUEM NÃO VIVEU A ÉPOCA DOS SONHOS E DO VERDADEIRO AMOR, VEIO DIRETAMENTE DO GABINETE DO ÓDIO.

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