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Mostrando postagens de julho, 2016

Filme do Dia: Consciências Mortas (1943), William Wellman

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Consciências Mortas ( The Ox-Bow Incident , EUA, 1943). Direção: William Wellman. Rot. Adaptado: Lamar Trotti. Fotografia: Arthur C. Miller. Música: Cyril J. Mockridge. Montagem: Allen McNeil. Dir. de arte: James Basevi & Richard Dav. Cenografia: Frank E. Hughes & Thomas Little. Figurinos: Earl Luick. Com: Henry Fonda , Dana Andrews, Mary Beth Hughes, Anthony Quinn, William Eithe, Harry Morgan, Jane Darwell, Matt Brigs, Harry Davenport. Nevada, por volta de 1885. Um grupo de homens acredita ter encontrado as pistas de quem seja o assassino de um xerife local. Eles partem atrás do grupo com intenção premeditada de linchá-los, sob a alegação contrária do juiz da cidade. Um dos que se junta ao grupo, mas não muito convicto da ação, é Gil Carter (Fonda) e seu parceiro Art (Morgan). Um grupo grande de justiceiros parte da cidade. No meio do caminho, Gil descobre que seu amor, Rose Mapen (Hughes), encontra-se casada com um almofadinha de San Francisco. O grupo de três homens

Filme do Dia: Adeus, Dragon Inn (2003), Tsai Ming-Liang

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A deus, Dragon Inn ( Bu San , Taiwan, 2003). Direção e Rot. Original: Tsai Ming-Liang. Fotografia: Liao Beng-Bong. Montagem: Chen Scheng-Chang. Com: Li Kang-Sheng, Chen Shiang-Chyi, Mitabura Kiyonobu, Miao Tien, Chun Shih, Chen Chao-Jung, Yang Kuei-Mei. Na última sessão de um cinema decadente, refúgio para encontros furtivos entre homossexuais, uma mulher (Shiang-Chyi) é ao mesmo tempo bilheteira, lanterninha e faxineira, enquanto um turista japonês (Kiyonobu) procura sem sucesso um parceiro para sexo. Com a maior parte dos planos durando mais que um minuto, esse quinto longa-metragem de Ming-Lian consegue expressar através de sua construção sobretudo atmosférica (os diálogos são um adereço raro e pouco conseqüente em termos dramáticos, sendo que o primeiro surge após 40 minutos de filme) um distanciamento nas ações apresentadas que parece apenas ressaltar a ternura com que observa seus personagens anônimos em situações que não envolvem qualquer intriga efetiva ou ação dramáti
A reserva da alma pode ir tão longe que, por exemplo, um rapaz apaixonado tira de uma primeira pressão secreta da mão mais felicidade do que, mais tarde, uma entrega total da pessoa, e que, para mais de uma natureza terna e sensível - mas não necessariamente frígida ou despida de sensualidade -, o beijo, ou mesmo a simples consciência de ter o seu amor correspondido, supera todas as alegrias eróticas por assim dizer mais substanciais. Georg Simmel, Filosofia do Amor

The Film Handbook#86: Elem Klimov

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Elem Klimov Nascimento : 09/07/1933, Volvogrado, União Soviética Morte : 26/10/2003, Moscou, Rússia Com o advento da glasnost torna-se agora possível se assistir a obra de Elim Germanovich Klimov no Ocidente. As mudanças de orientação política na União Soviética tem também afetado sua carreira: em desacordo com as autoridades repressoras por muitos anos, sua integridade descompromissada finalmente o levou a sua promoção como Primeiro Secretário do Sindicato dos Realizadores. Originalmente engenheiro de aviação, Klimov se viu em apuros com seus três primeiros filmes - espirituosas sátiras pouco vistas no Ocidente - que fizeram uso original da fantasia. Seu longa de graduação Dobro Welcome , or No Authorized Admittance / Pozhalovat, ili Postoronnim vkhod Vospreschchen  diz respeito a um jovem rebelde que causa destruição em uma colônia de férias; Adventures of a Dentist / Pokhozhdeniya Zubnogo Vracha retrata a celebração inicial e posterior descrédito de um dentista que é capaz d

Filme do Dia: Frida (2002), Julie Taymor

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Frida (EUA, 2002). Direção: Julie Taymor. Rot. Adaptado: Clancy Sigal, Diane Lake, Gregory Nava & Anna Thomas, baseado no livro Frida: A Biography of Frida Kahlo , de Hayden Herrera. Fotografia: Rodrigo Prieto. Música: Elliot Goldenthal. Montagem: Françoise Bonnot. Dir. de arte: Felipe Fernández Del Paso & Bernardo Trujillo. Cenografia: Hania Robledo. Figurinos: Julie Weiss. Com: Selma Hayek, Alfred Molina, Valeria Golino, Mia Maestro, Roger Rees, Diego Luna, Patrícia Reys Spíndola, Margarita Sanz, Geoffrey Rush, Antonio Banderas, Edward Norton.           A jovem Frida Kahlo (Hayek), interessada por arte e filosofia, não cansa de apreciar a arte do famoso muralista Diego Rivera (Molina). Após sofrer um grave acidente de trânsito que a deixaria com seqüelas pelo resto da vida, necessita vivenciar um doloroso processo de isolamento social, agravado pela partida do namorado Alejandro (Luna). Passa, então, a cada vez mais se dedicar à pintura. Quando se encontra em possibi

Filme do Dia: As Chuvas de Ranchipur (1955), Jean Negulesco

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A s Chuvas de Ranchipur ( The Rains of Ranchipur , EUA, 1955). Direção: Jean Negulesco. Rot. Adaptado: Merle Miller, baseado no romance The Rains Came , de Louis Bromfield. Fotografia: Milton R. Krasner. Música: Hugo Friedhofer. Montagem: Dorothy Spencer. Dir. de arte: Addison Hehr & Lyle R. Wheeler. Cenografia: Paul S. Fox & Walter M. Scott. Figurinos: Helen Rose & Travilla. Com: Lana Turner, Richard Burton , Fred MacMurray, Joan Caulfield, Michael Rennie, Eugenie Leontovich, Gladys Hurlbut, Madge Kennedy, Carlo Rizzo. Lady Edwina Esketh (Turner) é uma milionária entediada que viaja com o marido-objeto Albert (Rennie), colecionando amantes em cada cidade pela qual passa. Na Índia, convidada pela maior autoridade local, Maharani (Leontovich) a se hospedar em seu palácio, apaixona-se pelo filho da mesma, o íntegro e puro Dr. Safti (Burton). Um conflito é criado, pois Tom Ransome (MacMurray), bastante conhecedor do passado de Edwina, e Maharani opõe-se radicalmente a

Filme do Dia: Minha Rainha (1929), Erich Von Stroheim

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M inha Rainha ( Queen Kelly , EUA, 1929). Direção: Erich von Stroheim . Rot. Original: Erich von Stroheim & Marian Ainslee. Fotografia: Paul Ivano. Montagem: Viola Lawrence. Dir. de arte: Harold Miles. Figurinos: Max Rée. Com: Gloria Swanson, Walter Byron, Seena Owen, Sylvia Ashton, Florence Gibson, Madge Hunt, Tully Marshall, Madame Sul-Te-Van. O Príncipe Wolfran (Byron) é um mulherengo que caiu nas graças de uma mulher que não o ama, mas a quem não pode recusar, a Rainha Regina V (Owen). Na véspera do anúncio inesperado de seu casamento, Wolfran se apaixona pela jovem aspirante à freira Kelly (Swanson). Wolfran simula um incêndio no convento apenas para capturá-la e levá-la ao palácio real. Regina os flagra juntos e humilha ambos, principalmente sua rival, que pula nas águas do rio, sendo salva por um dos homens do palácio. Kelly embarca para Der-el-Salem onde se encontra com a tia (Ashton) moribunda e é instigada a substituí-la casando com o marido da tia, o maníaco Jan

Filme do Dia: Scorpio Nights (1985), Peque Gallaga

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s corpio Nights (Filipinas, 1985). Direção: Peque Gallaga. Rot. Adaptado: Uro Q. dela Cruz, baseado nos contos de Rommel Bernadino & T.E. Pagaspas. Fotografia: Ely Cruz. Música: Jaime Fabregas. Montagem: Jess Navarro. Dir. de arte: Don Escudero & Rommel Bernadino. Cenografia: Melchor Pacheco. Figurinos: Denni Tan. Com: Orestes Ojeda, Anna Marie Gutierrez, Daniel Fernando, Eugenio Enirquez, Amanda Amores, Mike Austria, Pen Medina, Uro Q. dela Cruz, Caloy Balasbas. Em um cortiço onde as pessoas possuem pouca ou nenhuma privacidade, o jovem Danny (Fernando) deixa de ser um mero voyeur da vizinha de baixo, mulher (Gutierrez) de um segurança (Ojeda) e, certo dia, cria coragem e vai até seu quarto, fazendo sexo com ela. Em dúvida se ela estava adormecida ou não, quando se retira de uma segunda vez, acaba sendo chamado por ela. Iniciam então uma tórrida relação às escondidas, mesmo depois de Danny ter firmado namoro com outra garota do cortiço. Fely (Amores). Certa noite, n

Filme do Dia: Donnie Brasco (1997), Mike Newell

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D onnie Brasco ( Donnie Brasco , EUA, 1997) Direção: Mike Newell . Rot.Adaptado: Paul Attanasio, baseado no livro  Donnie Brasco: My Undercover Life in the Mafia, de Joseph D. Pistone & Richard Woodley. Fotografia: Peter Sova. Música: Patrick Doyle. Montagem: Jon Gregory. Com: Al Pacino , Johnny Depp, Michael Madsen, Bruno Kirby,  James Russo, Anne Heche, Zeljko Ivanek, Gerry Becker, Robert Miano, Rocco Sisto, Zach Grenier, Ronnie Farer, Val Avery, Larry Romano, Keenan Shimizu.         1978. Acreditando-se em vias de ser promovido, o mafioso Lefty (Pacino), resolve adotar o traficante de jóias Donnie Brasco (Deep), e agregá-lo ao submundo da Máfia. Já a partir do primeiro contato, Lefty fica bem impressionado com Brasco - ele, a olho nu, não só descobre que alguém vendera uma jóia falsificada para Lefty como espanca o homem em um bar. O que Lefty não sabe é que Brasco é, na verdade, agente do FBI e passa a viver uma vida dupla, entre os corredores da Máfia, onde grava bo

Filme do Dia: O Homem com a Câmera (1929), Dziga Vertov

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O H omem com a Câmera ( Cjelovek s Kino-Apparatom , URSS, 1929). Direção e Rot. Original: Dziga Vertov. Fotografia: Mikahil Kaufman. Montagem: Yelizaveta Svilova. Esse tocante tributo ao cinema e ao seu poder de captar imagens diversas do mundo, considerado um dos maiores documentários de todos os tempos, inicia com uma advertência sobre a necessidade de um cinema-cinema, que se afaste dos meios literários e teatrais para efetivamente se concretizar. Vertov demonstra isso na prática, através do uso de um arsenal diverso de trucagens ópticas e – principalmente – pela junção delas todas através da montagem. O filme transpira a euforia de uma União Soviética ainda embevecida com sua jovem revolução. Se o painel diverso do cotidiano urbano que apresenta boa parte do filme, principalmente em sua primeira parte, pode sugerir uma aproximação com as sinfonias metropolitanas, das quais a mais famosa é também a pioneira, Berlim, Sinfonia de uma Metrópole (1927), Vertov vai muito além.

Filme do Dia: The Pied Piper of Hamelin (1981), de Mark Hall

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T he Pied Piper of Hamelin (Reino Unido, 1981). Direção: Mark Hall. Música: Ravid Rohl & Stuart J. Wolstenholme. Montagem: John MacManus.  Dir. de arte: Bridget Appleby. Animação com bonecos em stop-motion, que cria uma melancólica e soturna atmosfera para ambientar a lenda do Flautista de Hamelin e a desgraça por ele provocada junto ao vilarejo que havia livrado da praga dos ratos, após o nobre lhe ter negado pagar a quantia prometida para sua ação. Música, cores, cenários e sua narração, sob forma de poesia (de Robert Browning, publicada em 1842) mais que propriamente prosa, são fundamentais para o resultado final obtido. O tema também havia sido explorado em um longa de animação inventivo, Krysar, realizado 5 anos após esse. Modificando menos elementos da narrativa que no filme de Jiri Barta, aqui se apela para a mais convencional moldura em que a narrativa é contada para um garoto pelo próprio Flautista de Hamelin. Produzido para a TV. Cosgrove Hall Films. 30 minutos.

The Film Handbook#85: Carol Reed

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Carol Reed Nascimento: 30/12/1906, Londres, Inglaterra Morte : 25/04/1976, Londres, Inglaterra Carreira  (como realizador): 1933-1972 Uma vez considerado um dos maiores diretores de cinema britânicos, Sir Carol Reed foi, na verdade, um habilidoso artesão que teve seu auge em um período breve ao final dos anos 1940 com três sucessivas adaptações da literatura. Mesmo em sua melhor obra, no entanto, sua inclinação para enquadramentos inusitados e iluminação expressionista soam estudados e irrelevantes. Após trabalhar como ator e diretor teatral (incluindo uns poucos anos com o escritor de mistérios Edgar Wallace) Reed adentrou o universo do cinema como escritor de diálogos. Em 1933 efetuaria sua estreia como diretor com Midshipman Easy , iniciando uma série de modestos, ainda que tecnicamente consistentes, filmes que estabeleceram fortemente sua reputação como um competente diretor de atores. Fim de Semana Atribulado / Bank Holiday , uma visão bem intencionada mas paternalista d

Filme do Dia: Machuca (2004), Andrés Wood

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M achuca (Chile, 2004). Direção: Andrés Wood. Rot. Original: Roberto Brodsky, Mamoun Hassan & Andrés Wood. Fotografia: Miguel Juan Littin M. Música: Miguel Miranda & José Miguel Tobar. Montagem: Fernando Prado. Dir. de arte: Rodrigo Bazaes. Figurinos: Maya Mora. Com:  Matías Quer, Ariel Manteluna, Manuela Martelli, Ernesto Malbran, Aline Küppenheim, Federico Luppi , Francisco Reyes, Luis Dubó. No Chile do auge da crise política de 1973, Gonzalo Infante (Quer), começa a descobrir uma outra realidade completamente diversa da sua. Filho da elite chilena, sua passagem pelo Colégio San Patrick, dirigido pelo Padre McEnroe (Malbran), faz com que tome contato com jovens das favelas de Santiago como Pedro Machuca (Mateluna). Gonzalo se divide entre o carinho da mãe Maria Luísa (Küppenheim), uma dondoca que participa de passeatas anti-comunistas e se encontra mais interessada em suas aventuras extra-conjugais com o rico Roberto (Luppi) e o carinho de Machuca e da igualmente pobre

Filme do Dia: Tommy (1975), Ken Russell

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T ommy (Reino Unido, 1975). Direção: Ken Russell. Rot. Adaptado: Ken Russell, baseado no álbum e argumento de Pete Townshend. Fotografia: Dick Bush, Robin Lehman & Ronnie Taylor. Montagem: Stuart Baird. Dir. de arte: John Clark. Figurinos: Shirley Russell. Com: Oliver Reed, Ann-Margret, Roger Daltrey, Elton John, Eric Clapton, Tina Turner, John Entwistle, Jack Nicholson , Keith Moon, Paul Nicholas, Barry Winch. Criança (Winch)  se torna cega, surda e muda após um trauma emocional de testemunhar o assassinato de seu pai pelo padrasto (Reed). Quando jovem torna-se o rei do pinball, e objeto de adoração e louvor por uma multidão de jovens. É a lógica do excesso que se torna pressuposto desse cansativo musical que além de abdicar de diálogos (assim como, por exemplo, a seu modo fizera Os Guarda-Chuvas do Amor , de Demy ) também o faz propriamente de uma narrativa linear, ao contrário do filme de Demy . Antes parece se assistir a um encadeamento de videoclipes em que o maior

Filme do Dia: Quarto 666 (1982), Wim Wenders

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Q uarto 666 ( Chambre 666 , França/Al. Ocidental, 1982). Direção e Concepção: Wim Wenders. Fotografia: Agnés Godard. Música: Jürgen Knieper. Montagem: Chantal de Vismes. Festival de Cannes, 1982. Num quarto de hotel, muitos dos realizadores presentes ao evento foram convidados por Wenders a gravar um depoimento sobre o futuro do cinema. Talvez o filme, dado os próprios limites de seu formato,  funcione melhor como registro pontual, e em grande parte datado, de algumas preocupações de realizadores dentre os mais renomados do cinema mundial do que propriamente traga alguma conclusão ou visão geral mais abrangente sobre o que seja.  Os depoentes, sentados em uma cadeira, gravam seu áudio e voz para uma câmera fixa. Porém, até mesmo numa proposta tão limitada em termos de estilo se pode perceber a beleza e o apuro da imagem através tanto da fotografia quanto do enquadramento. Alguns cineastas tiram partido de um dos meios mais discutidos nos depoimentos, a televisão, como Godard

Filme do Dia: A Dama do Lago (1947), Robert Montgomery

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A D ama do Lago ( Lady in the Lake , EUA, 1947). Direção: Robert Montgomery. Rot. Adaptado: Steve Fisher, baseado no romance de Raymond Chandler. Fotografia: Paul Vogel. Música: David Snell. Montagem: Gene Ruggiero. E. Preston Ames & Cedric Gibbons. Cenografia: Edwin B. Willis. Figurinos: Irene. Com: Robert Montgomery, Audrey Totter, Lloyd Nolan, Tom Tully, Leon Ames, Jayne Meadows, Dick Simmons, Morris Ankrum. O detetive Philip Marlowe (Montgomery) é contratado para investigar o desaparecimento da mulher do empresário Derace Kingsby (Ames). Seu contato é sua misteriosa secretária Adrianne Fromsett (Totter), que Marlowe não descarta esteja envolvida no episódio, já que ela pretende casar com o patrão. Porém, Marlowe descobre o envolvimento do tenente da polícia DeGarmot (Nolan) e de Mildred Haveland (Meadows) no caso. Esse filme de Montgomery, mais conhecido por aparentemente ter sido completamente filmado a partir da perspective focal do protagonista, o que nao chega a s

Filme do Dia: Morangos Silvestres (1957), Ingmar Bergman

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M orangos Silvestres ( Smultronstället , Suécia, 1957) Direção: Ingmar Bergman . Rot.Original: Ingmar Bergman. Fotografia: Gunnar Fischer. Música: Göte Lovén & Erik Nordgren. Montagem: Oscar Rosander. Com: Victor Sjöström , Bibi Andersson , Ingrid Thulin , Gunnar Björnstrand, Jullan Kindahl, Folke Sundquist, Björn Bjelfvenstam, Naima Wifstrand, Gunnel Broström, Gertrud Fridh,Gunnar Sjöberg, Max von Sydow .          O Professor Isak Borg (Sjöström), aposentado sente a morte se aproximar, ou pior, sente-se morto em vida - como fará questão de comentar mais adiante (suas preocupações  acabam se refletindo em um sonho, em que um esquife desce a rua sem ter ninguém dirigindo-o. O caixão cai do esquife e ele próprio procura puxá-lo para dentro do caixão) recebe uma carta da universidade onde ensinara que pretende lhe render uma homenagem. Sua nora, Marianne (Thulin) afirma que deseja fazer a viagem a Lund com ele. Iniciando um diálogo que nunca tiveram, ambos são francos. Bo

Filme do Dia: Os Palhaços (1970), Federico Fellini

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O s P alhaços ( I Clowns , Itália/França/Alemanha, 1970). Direção: Federico Fellini. Rot. Original: Federico Fellini & Bernardino Zapponi. Fotografia: Dario di Palma. Música: Nino Rota. Montagem: Ruggero Mastroianni. Dir. de arte: Lamberto Pippia. Figurinos: Danilo Donati. Com: Federico Fellini, Ricardo Billi, Tino Scotti, Fanfulla, Dante Maggio, Álvaro Vitali, Anita Ekberg, Pierre Étaix. Utilizando uma mescla de documentário e ficção, talvez mais bem sucedida no posterior Roma , Fellini investiga o universo do circo,  na Itália e França, centrando-se na decadência da arte do palhaço. Conscientemente ou não,  o filme acaba se contaminando pela melancolia do tema, o que aliás igualmente se torna o seu maior mérito. No mais, cansativo e pouco inspirado e, tal como os palhaços que descreve, o filme parece sempre fazer uma referência nostálgica às próprias glórias de Fellini , como quando introduz Anita Ekberg, fazendo menção ao pastiche de estrela fatal de A Doce Vida (v

Filme do Dia: Matango, A Ilha da Morte (1963), Ishirô Honda

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M atango, A Ilha da Morte ( Matango ,   Japão, 1963). Direção: Ishirô Honda. Com: Akira Kubo, Kumi Mizuno, Hiroshi Koizumi, Yoshio Tsuchiya. Grupo de ricos membros da sociedade japonesa resolve se aventurar pelo mar numa noite de tempestade, sendo que o iate fica  às margens de uma ilha misteriosa, em que aos poucos toda a tripulação vai cedendo aos encantos opressores e mórbidos de um cogumelo que sofreu radiação nuclear. Essa ficção-científica canhestra e pretensiosa (existe toda uma subliminar evocação da luta de classes, assim como a situação de uma elite burguesa que se vê gradativamente despojada de seus artifícios pode sugerir um paralelo distante com O Anjo Exterminador , de Buñuel) é vítima de sua completa falta de ritmo e submersão aos clichês desgastados do gênero. Nesse sentido, tanto seu péssimo elenco quanto suas situações involuntariamente hilárias são evocativas da ficção B americana da década anterior (notadamente Jack Arnold ), assim como de seriados televi

The Film Handbook#84: Os Irmãos Taviani

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Irmãos Taviani Vittorio : Nascimento : 29/09/1929, San Miniato, Itália Morte : 15/04/2018, Roma, Itália Paolo: Nascimento : 08/11/1931, San Miniato, Itália Carreira : 1954 - Constantemente distanciando-se dos princípios do neo-realismo (cuja relação a qual comparam com a de amor-ódio que um filho sente por um pai), Vittorio e Paolo Taviani tem forjado um cinema no qual fábula, fantasia, história e mito se combinam. Embora a realidade sócio-política ainda figura entre suas preocupações, suas narrativas crescentemente formalistas e frequentes imagens surreais projetam temas metafísicos tais como o papel interpretado pelo cinema e pela linguagem, tradição e memória, na busca por uma Utopia. Inspirado por Paisà   de Rossellini , os Taviani fundaram um cineclube e escreveram ocasionalmente críticas de cinema enquanto estudavam na Universidade de Pisa. Em 1954,  em colaboração com Cesare Zavattini, realizaram sua estreia na direção com o documentário   San Miniato, Iuglio'44 ,

Filme do Dia: A Caminho de Kandahar (2001), Mohsen Makhmalbaf

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A   C aminho de Kandahar ( Safar e Ghandehar , Irã/França, 2001). Direção e Rot. Original: Mohsen Makhmalbaf. Fotografia: Ebrahin Gafori. Música: Mohammed Reza Darvishi. Montagem: Mohsen Makhmalbaf. Dir. de arte: Akbar Meshkini. Com: Niloufar Pazira, Hassan Tantai, Sadou Teymouri. Após receber uma mensagem da irmã de que pretende suicidar-se no próximo eclipse lunar, por não mais aguentar as condições de opressão no Afeganistão, a jovem jornalista Nafas (Pazira) retorna do Canadá para reencontrar a irmã, que vive em Kandahar. Ao pegar uma carona de um helicóptero da Cruz Vermelha, atravessa a fronteira com um grupo, que é assaltado e decide retornar para o Irã. O jovem Khak (Teymouri), recém-expulso da escola por não recitar o corão adequadamente, serve de guia para Nafas. Adoecida com a água que bebeu, Nafas vai se consultar com o médico local, Tabib Sahid (Tantai), que recomenda que ela se desfaça do guia. Com Sahid ela vai até um posto médico, onde um grupo de afegãos mutil