Filme do Dia: Il Duello di Fricot (1913), Ernesto Vaser
Il
Duello di Fricot (Itália, 1913). Direção: Ernesto Vaser. Com: Nilde Baracchi,
Marcel Perez, Ernesto Vaser,
Dois homens (Perez e o próprio Vaser) disputam com
galanteios os mimos de uma dama (Baracchi) que encontraram acidentada em uma
excursão de alpinismo. A dama afirma que ficará com quem vencer um duelo. É
organizado um duelo no qual os dois competidores portam obuses nas costas,
sendo o objetivo explodir o adversário. Um deles, após muitas tentativas vãs, consegue.
Porém quando retorna ao hotel para pedir a mão da dama, essa já se cansara da
espera e parte com um terceiro homem. O adversário explodido tem as partes do
seu corpo caídas no mesmo saguão do hotel onde se encontrava o vencedor, que
apenas junta as partes e faz revivê-lo.
Ao contrario dos épicos italianos que contemporaneamente
chamavam a atenção internacional para o cinema italiano, o estilo
despretensioso de Vaser é o mesmo de um Primeiro Cinema então já em franco
declínio, sobretudo nos Estados Unidos. Toda a parca narrativa aqui se orienta
para as gags visuais, como a final, próximas do universo das histórias em
quadrinhos ou dos desenhos animados. Evidentemente não se busca um padrão
realista ou qualquer preocupação mais coerente com a temporalidade – somente
muito tempo depois de ter explodido, tendo seu
adversário já retornado ao hotel,
é que o homem “cai em pedaços”, numa trucagem
evocativa a de Mary Jane´s Mishap(1903),
de G.A. Smith, ainda que bem mais precária. Uma das curiosidades é que o modelo
de beleza feminina para a sociedade italiana da época é bem encorpado,
aproximando-se mais do perfil de uma matrona do que propriamente símbolo sexual
para os padrões contemporâneos. Societá
Anonima Ambrosio. 6 minutos e 43 segundos.
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