Meu Caro Diário, 24/06/2005
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acordei hoje profundamente angustiado. Nem tive coragem de ir para aula do
Morettin. Eram 8h10 e se tivesse me apressado chegaria não mais que um pouco
atrasado como sempre. Mas disse pra mim mesmo: “foda-se”. Uma sensação de vazio
que me acompanha (...) e luíza ainda
acentuou mais a onda toda ligando para mim anteontem e se dizendo bastante
chateada com a saída no domingo comigo e Inês, quando fôramos assistir a
orquestra de Wynton Marsalis no Ibirapuera. De qualquer modo o que me deu vontade
de fazer pela manhã foi uma pequenina resenha sobre os screen tests de Andy
Warhol, que gostei muito, e vi ontem no MAM, no mesmo Ibirapuera. Após a onda
de euforia que veio com o comentário de Juju que havia começado a ler meu texto
de tese, que havia lido oito páginas e gostado veio essa onda depressiva.
Infelizmente tive que pedir para ela parar de ler e enviei ontem o material
como se encontra hoje pelo correio – acabou não sendo nada barato. Acho que
tudo contribui para esse meu mal-estar: o fato da grana estar acabando e no
ritmo que está indo se não encontrar emprego acabará antes de eu chegar em
fortaleza; o telefonema de Luíza; lia ontem no telefone dizendo que achava que
minha voz estava triste, o que apenas piora quando vc já está meio down; o sonho
que tive hoje de madrugada que mamãe morria, o que pode ser sintomático de quão
edipiana é minha relação com Luíza; o fato de ter telefonado duas vezes ontem
para a dita cuja e ninguém atender; o fato de me encontrar louco por sexo (...) como fuga; de não estar estudando para o concurso; a manhã
mortiça e sem sol, etc.
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