Filme do Dia: A Valsa do Imperador (1948), Billy Wilder
A Valsa do Imperador (The Emperor
Waltz, EUA, 1948). Direção: Billy Wilder. Rot. Original: Charles Brackett & Billy
Wilder. Fotografia: George Barnes. Música: Victor Young. Montagem: Doane
Harrison. Dir. de arte: Franz Bachelin & Hans Dreier. Cenografia: Sam Comer
& Paul Huldschinsky. Figurinos: Gile Steele & Edith Head. Com: Bing
Crosby, Joan Fontaine, Roland Culver, Lucile Watson, Richard Haydn, Harold
Vermilyea, Sig Ruman, Julia Dean.
Virgil
Smith (Crosby) é um incansável vendedor americano que decidiu vender um
gramafone para o imperador da Áustria, Franz Josef (Haydn). Porém, ele acaba
sendo expulso do palácio, sob suspeita de estar carregando uma bomba. Para
piorar a situação, seu cão é ferido, no confronto com o cão de Johanna Augusta
(Fontaine), filha do decadente Barão Holenia (Culver). Sem recursos, Holenia
tenta aproximar-se do Imperador, através da cadela poodle, que espera cruzar
com o cachorro do monarca. Seus planos vão por água abaixo, a partir do momento
que a cadela apaixona-se pelo vira-lata de Smith, da mesma forma que sua dona
pelo proprietário do cão. Quando todos esperam que nasçam os filhotes da
relação entre os cachorros da aristocracia, acabam nascendo filhotes do
vira-lata. O Imperador, no entanto, pede para criá-los, ao mesmo tempo que
passa a ver com bons olhos a relação entre Johanna e Virgil.
Nem a exuberante fotografia (uma das mais belas já
realizadas no sistema technicolor clássico),
direção de arte e figurinos salvam a grande bobagem sentimental que é o filme,
provavelmente o pior do cineasta. Apoiado nos clichês do americano pragmático e
onde o que vale é o livre empreendimento contraposto aos valores caducos de
distinção social da Europa e na inverossimilhança de sua história de amor no
estilo Dama e Vagabundo, o filme
ainda apresenta números musicais na voz de Crosby. A vulgaridade dos elementos
cômicos também se destaca no paralelo que traça entre a relação do casal
protagonista e seus respectivos cães. Virgil que, não coincidentemente chama-se
Smith, poderia ter saído de qualquer filme de Frank Capra dos anos 30 e 40.
Paramount. 106 minutos.
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