Apolo Perseguindo Dafne, c. 1755-60
Ao longo de toda a sua carreira, Tiepolo pintou pequenos retratos de temas mitológicos, que provaram ser extremamente populares. Os temas de tais obras eram provenientes dos episódios mais conhecidos da literatura antiga, mas sua concepção das histórias era variada e original. Sua descrição de Apolo e Dafne vem diretamente das Metamorfoses, de Ovídio. Dafne, a bela ninfa e seguidora da casta deusa Diana, é perseguida pelo deus sol Apolo, que foi atingido pela flecha dourada do amor do Cupido. Fugindo de Apolo, Dafne alcança seu pai, Peneus, o deus dos rios, observado aqui à esquerda. Para evitar os avanços indesejáveis de Apolo, ela é transformada num pé de louro. A transformação ocorre diante de nós, com uma de suas pernas virando tronco e de seus braços brotando ramos.
Apolo e Dafne é única em meio às interpretações do tema. O impulso para a frente de Apolo parece provocar o movimento de recuo de Dafne, numa composição de frenético movimento. O cupido domina a ira de Apolo, que logo o seguirá, e Peneus permanece firmemente enraizado no esforço de deter o ardoroso perseguidor. A composição descentrada, típica da arte veneziana, foi utilizada por Tiepolo alhures, mas nunca de modo tão intensamente dramático e emocional.
Texto: National Gallery of Art. Nova York: Thames & Hudson, 2005. pp. 111.
Apolo e Dafne é única em meio às interpretações do tema. O impulso para a frente de Apolo parece provocar o movimento de recuo de Dafne, numa composição de frenético movimento. O cupido domina a ira de Apolo, que logo o seguirá, e Peneus permanece firmemente enraizado no esforço de deter o ardoroso perseguidor. A composição descentrada, típica da arte veneziana, foi utilizada por Tiepolo alhures, mas nunca de modo tão intensamente dramático e emocional.
Texto: National Gallery of Art. Nova York: Thames & Hudson, 2005. pp. 111.
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