Filme do Dia: Eu, Robô (2004), Alex Proyas

Eu, Robô (I, Robot, EUA/Alemanha, 2004). Direção: Alex Proyas. Rot. Adaptado: Jeff Vintar & Akiva Goldsman, a partir de idéias sugeridas pelo livro homônimo de Isaac Asimov. Fotografia: Simon Duggan. Música: Marco Beltrami. Montagem: William Hoy, Richard Learoyd & Armen Minasian. Dir. de arte: Patrick Tatopoulos, Chris August & Helen Jarvis. Cenografia: Lin MacDonald. Figurinos: Liz Keogh. Com: Will Smith, Bridget Moynahan, Alan Tudyk, James Cromwell, Bruce Greenwood, Adrian Ricard, Chi McBride, Jerry Wasserman.
2035, Chicago. Um policial, Del Spooner (Smith) é encarregado de investigar o aparente suicídio de um cientista, Dr. Alfred Lanning (Cromwell), que trabalha para a firma vanguardista no uso da tecnologia de robôs. Spooner suspeita que um dos robôs, Sonny (Tudyk), conseguiu burlar os três mandamentos básicos que tornam um robô inofensivo no contato com humanos. Apesar de ter demonstrações, principalmente após ser acossado em um túnel por um pequeno batalhão de robôs,  ele é tido por seu chefe, o Tenente John Bergin (McBride),  como paranóico. Já a cientista assistente de Lanning, Susan Calvin (Moynahan), começa a desconfiar que algo realmente está acontecendo de estranho. A situação se torna fora de controle quando um exército de robôs resolve atacar as principais cidades americanas e os próprios robôs domésticos não mais obedecem às ordens de seus donos. Quando vão investigar a sede da companhia fabricante, Spooner e Susan acabam encontrando seu presidente, Lawrence (Greenwood), morto.
Mais do mesmo. Proyas articula todo um arsenal de clichês referentes ao gênero da ficção-científica futurista sem trazer nada particularmente novo, a não se que assim se queira considerar a admirável tecnologia dos efeitos especiais que dão os traços humanos de Alan Tudyk ao robô Sonny ou a Chicago digitalizada do futuro. É muito pouco diante da obra na qual se baseia. Tem-se na figura de Spooner, que faz questão de usar um tênis all star como demonstração de seu descolamento do universo robótico que fascina quase todos, inclusive sua mãe, um elo óbvio de identificação com o espectador médio contemporâneo. Alia-se a isso a morte de um cientista cerebral, a parceria do herói com uma das figuras-chaves no processo de elaboração da tecnologia a ser combatida e se tem o filme. Talvez ainda mais aterrador que toda a revolta praticada pelos robôs, aparentemente sem fazer um grande número de vítimas, seja o seu retorno a docilização comandado por Sonny, na mesma imagem kitsch que ele próprio havia reproduzido anteriormente. Smith voltaria a empreender papel semelhante de redentor da humanidade no posterior Eu Sou a Lenda (2006). 20th Century Fox/Mediastream Viert Film GmbH/Davis Ent./Laurence Mark Prod./Overbrook Ent./Canlaws Prod. para 20th Century-Fox. 115 minutos.


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