Filme do Dia: Across the Universe (2007), Julie Taymor
Across the Universe (EUA, 2007). Direção:
Julie Taymor. Rot. Original: Dick Clement & Ian La Fresnais sob argumento
de Julie Taymor, Dick Clement & Ian La Fresnais. Fotografia: Bruno
Delbonnel. Música: Elliot Goldenthal. Montagem: Françoise Bonnot. Dir. de arte:
Mark Friedberg & Peter Rogness. Cenografia:
Ellen Christiansen. Figurinos: Albert Wolsky. Com: Evan Rachel Wood, Jim
Sturgess, Joe Anderson, Dana Fuchs, Martin Luther, T.V. Carpio, Spencer Liff,
Lisa Hogg, Robert Clohessy, Bono.
Anos 1960. Jude
(Sturgess), proletário de Liverpool, ao partir para a América, acaba ficando
amigo de Max Carrigan (Anderson) e encontra o pai (Clohessy), que nunca soubera
de sua existência até então, ensina. E apaixona-se por Lucy (Wood), filha de
uma família de classe média alta. Jude e Max partem para Nova York, onde Jude
conhece a estudante. Max parte para o Vietnã. Jude continua morando na
pensão de Sadie (Fuch), cantora de uma banda de rock da qual também faz parte
Jo-Jo (Luther). Com a radicalização política, Jude é preso e deportado. Ao
retornar aos Estados Unidos reencontra não apenas os amigos – Sade e Jo Jo se
apresentam no topo de um edifício – como a sua amada Lucy.
Fastidioso exercício
de inter-textualidade com o universo dos Beatles, indo de uma exorbitante
quantidade de canções, aparentemente cantadas pelo próprio elenco até o nome
dos personagens e mesmo eventos os mais díspares como a logomarca da gravadora
ou fatos pessoais da biografia de seus componentes assim como referência aos
próprios filmes do grupo (Yellow
Submarine, Magical Mystery Tour,Let it Be). Para não falar de
referências ao imaginário visual da época associadas a música, sejam através de
efeitos de tons psicodélicos ou duplicação de imagens. O resultado final soa
vazio, equivocado e auto-condescendente. Tudo é pretexto para que uma nova
canção surja afinal elas são as protagonistas do filme, porém o visual
pós-moderno do filme e suas carregada quantidade de referências soam ainda mais
gratuitas que no contemporâneo Não Estou
Lá, de Todd Haynes, mais inteligente e visualmente criativo, que procura
efetivar o mesmo com relação ao universo de Dylan e distante do talento de um
Baz Luhrman (Moulin Rouge, Romeu e Julieta). Como se não bastasse
toda a excessiva referencialidade ao quarteto britânico, ainda sobram pastiches
de Hendrix (Jo Jo), Joplin (Sadie) e alusões a Timothy Leary. Entre
as canções incluídas na trilha, além evidentemente da canção-título, Girl,
Hold me Tight, Helter Skelter, All My Loving, I Want to Hold Your Hand, With a Little Help from My Friends, It Won´t Be Long, Let it Be, Come Together, I Want You, Dear Prudence, Flying, Blue Jay Way, I´m The Walrus, Being For the
Benefit of Mr. Kite, Because, Something, Oh Darling, Strawberry Fields
Forever, Revolution, While My Guitar Gently Weeps, Hapiness is a Warm Gun, Blackbird, Hey Jude, Don´t Let Me Down e
All You Need is Love. Revolution
Studios/Gross Ent./Team Todd/Prologue Films para Columbia Pictures. 133 minutos
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