Meu Caro Diário, 25/02/14
acabei de ver o último dos Coen. It´s fucking good! Tava morrendo de medo de acontecer o que aconteceu em setembro, quando paguei um ingresso de 25 dólares para assisti-lo numa gigantesca sala do Lincoln Center, rodeado de centenas de pessoas e simplesmente dormi. Havia acordado umas 4h30 da manhã e era depois do almoço, [sic] buxo cheio, etc. Pensei: vou dormir de novo. Foi uma experiência algo fantasmática, assombrada por alguns breves momentos de lembranças de cenas da visada anterior, agora fazendo evidentemente plenamente sentido. Dá gosto de ver ao contrário da maior parte das sebosidades que concorrem ao Oscar - e o que vai ganhar, "A Trapaça", é um lixo! Ao invés de seguir a carreira de um Bob Dylan ou afins, que "surge" ao final em início de carreira, o filme segue uma figura que, como centenas de outras, não vingou como Dylan.E o quão importante é essa tomada de posição pelo outro lado da história, muitas milhas distantes do Sonho Americano. As canções, que já vinha escutando desde setembro são qualquer coisa de boas. É um filme que mobiliza não apenas os sentidos, mas o espírito. Humano até dizer chega. E sem precisar dizer que é humano, que é o mais fundamental! E sem as horrendas trilhas que acompanham a maior parte dos filmes que estão por aí, que tentam sentir pelo espectador. Ou sem o uso abusivo de canções de época apenas como efeito para tentar sanar suas próprias lacunas e provocar "sensação" como o medíocre filme de Russell e quase todos os filmes que lidam com determinado período passado. Merecia ao menos a porra do Oscar de rot. original para ficar em boa companhia (Cidadão Kane, Crepúsculo dos Deuses, Chinatown, Um Dia de Cão, Annie Hall, Hannah e Suas Irmãs, Pulp Fiction, Fargo, Fale com Ela). Merecia, pois acabei de descobrir que a porra dessa premiação não o indicou na categoria de roteiro. Pode-se levar a sério tal porcaria? Já faz algum tempo que acho os Coen os cineastas norte-americanos mais talentosos em ação - e de longe!
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