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Filme do Dia: Manizales City (1925), Félix R.Restrepo

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Manizales City (Colômbia, 1925). Direção: Félix R. Restrepo. Parecendo similar a uma compilação de pequenos filmes de atualidades, esse filme sobre a cidade de Manizales não difere muito do que esses traziam então em termos de suposto interesse a ser filmado: rituais cívicos, festivos e marcados pela presença dos nomes no poder. Compartilhando de muitas das estratégias visuais que eram comuns desde a época das primeiras vistas e “panoramas” como as panorâmicas que varrem o espaço que se pretende descrever pela esquerda ou direita, assim como os inevitáveis olhares curiosos que se posicionam diante da câmera, e que são de indivíduos das mais diversas idades, categorias profissionais, sexos, classes sociais, o filme apresenta cenas de curiosidades como o carnaval, “pitorescas” como a rica arquitetura dos prédios mais importantes ou ainda as touradas em chave completamente vinculada a matriz europeia (ou seja, espanhola), na qual toureiros vestidos à caráter são aplaudidos pelas d

Filme do Dia: Two-Lip Time (1926), Otto Mesmer

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Two- Lip Time (EUA, 1926). Direção: Otto Mesmer. Nesse episódio Felix, perseguindo um rato, acaba entrando em um navio e segue para a Holanda. Lá se apaixona a primeira vista por uma garota que vê da escotilha. Para além da graça do desenho e do carisma do personagem, um dos destaques é a própria paixão representada de forma sexualizada, com o gato beijando a garota na boca a certo momento e não apenas como objeto de devoção ou de estimação como seria de se supor na produção de animação posterior. Numa Holanda que só existe moinhos e personagens vestidos em trajes típicos, o galanteador Felix – que retira uma parte de sua própria cabeça para cumprimentar sua paixão -  curiosamente trata por vezes seu objeto de paixão como mera criança que é, passando o dedo em seu queixo no gesto de “bilu-bilu” típico ao que é feito aos bebês. A forma com que Felix cumprimenta a garota, assim como a sequencia de maresia do herói – aliás bastante extensa para os padrões da animação comercial poste

Filme do Dia: Agora ou Nunca (2002), Mike Leigh

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Agora ou Nunca ( All or Nothing , Reino Unido/França, 2002). Direção e Rot. Original: Mike Leigh. Fotografia: Dick Pope. Música: Andrew Dickson. Montagem: Lesley Walker. Dir. de arte: Eve Stewart & Tom Read. Figurinos: Jacqueline Durran. Com: Timothy Spall, Lesley Manville, Alison Garland, James Corden, Ruth Sheen, Marion Bailey, Paul Jesson, Sam Kelly, Helen Coker, Gary McDonald.        Uma família proletária e seu cotidiano repleto de desesperança. Phil (Spall) é motorista de táxi que não consegue acordar cedo e vive recebendo calotes dos passageiros. Sua mulher Penny (Manville), ressente-se da situação medíocre em que vive a família e vive às turras com o filho Rory (Corden), que não trabalha ou estuda. Rachel (Garland), a filha, desempenha com certo estoicismo a dura rotina de ser enfermeira de uma instituição para idosos inválidos. A situação tampouco é animadora no círculo de relações do casal. A vizinha Maureen (Sheen) é mãe solteira da jovem Donna (Coker), que se e

The Film Handbook#74: Jack Arnold

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Jack Arnold Nascimento: 14/10/1916, New Haven, Connecticut, EUA Morte: 17/03/1991, Woodland Hills, Califórnia, EUA Carreira  (como diretor): 1950-1984 Nos anos 50, os filmes baratos de ficção-científica diziam respeito, em grande parte, a alegorias sobre a Guerra Fria: alienígenas invasores que ameaçavam o padrão de vida americano eram brutal e inquestionavelmente destruídos. Nessa atmosfera de ardente paranóia, Jack Arnold frequentemente injetou uma incomum poesia. Veterano ator e realizador de documentários institucionais para o governo e indústrias, Arnold chamou a atenção pela primeira vez com Veio do Espaço / It Came from Outer Space > 1 . Filmado em 3-D a partir de um conto de Ray Bradbury, o filme diz respeito a um vilarejo remoto cuja população é continuamente substituída por similares alienígenas. Mesmo que prejudicado por suas interpretações grosseiras, o filme se beneficiou da utilização melancólica de suas locações no deserto. De forma semelhante, em  O Monstro da
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A burguesia foi obrigada a liquidar suas pretensões puramente intelectuais em um período em que os prazeres de pensar provavelmente envolviam riscos imediatos para os interesses econômicos. Bertolt Brecht

Filme do Dia: Gemma Bovery - A Vida Imita a Arte (2014), Anne Fontaine

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Gemma Bovery - A Vida Imita a Arte ( Gemma Bovery , França, 2014). Direção: Anne Fontaine. Rot. Adaptado: Pascal Bonitzer & Anne Fontaine, a partir do romance em quadrinhos de Posy Simmonds. Fotografia: Christophe Beaucarne. Música: Bruno Colais. Montagem: Annette Dutertre. Dir. de arte: Arnaud de Moleron. Figurinos: Pascaline Chavanne. Com:  Fabrice Luchini, Gemma Arterton, Jason Flemyng, Niels Schneider, Mel Raido, Elsa Zylberstein, Pip Torrens, Kacey Mottet Klein, Edith Scob. Aficcionado pelo romance de Flaubert, Madame Bovary, Martin Joubert (Luchini), homem casado de meia-idade vê chegar ao lado de sua casa um casal de ingleses, a bela e inquieta Gemma Bovery (Arterton) e seu marido, Charles (Flemyng).  Martin começa a fantasiar que ele poderia ser uma válvula de escape para o que ele identifica ser, tal como no romance, uma situação de tédio por parte de Gemma em relação a seu casamento. Porém Gemma passa a se relacionar torridamente é com o belo e jovem Hervé (Schneid

Filme do Dia: Teu Nome é Mulher (1957), Vincente Minnelli

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T eu Nome é Mulher ( Designing Woman , EUA, 1957). Direção: Vincente Minnelli. Rot. Original: George Wells. Fotografia: John Alton . Música: André Previn. Montagem: Adrienne Fazan. Dir. de arte: E. Preston Ames &  William A. Horning. Cenografia: Henry Grace & Edwin B. Willis. Figurinos: Helen Rose. Com: Gregory Peck,  Lauren Bacall, Dolores Gray, Sam Levene,  Tom Helmore,  Mickey Shaughnessy,  Jesse White,  Chuck Connors,  Edward Platt.          Mike Hagen (Peck) é um cro nista esportivo que acompanha de perto o mundo do boxe, quando não se encontra bebâdo. Após acordar de uma farra homérica, descobre que lhe restaram pouco mais de 30 dólares dos mais de mil que tinha consigo na noite anterior. Ele é abordado pela figurinista Marilla (Bacall), que não apenas sente-se atraída por ele, como se encontra com mais de 700 dólares que ele lhe entregara na noite anterior. Como ambos se recusam a ficar com  o dinheiro, Mike sugere que passem alguns dias de férias, longe de tudo

Filme do Dia: Chacun sa Nuit (2006), Pascal Arnold & Jean-Marc Barr

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Chacun sa Nuit (França/Dinamarca, 2006). Direção: Pascal Arnold & Jean-Marc Barr. Rot.Original: Pascal Arnold. Fotografia: Jean-Marc Barr & Chris Keoane. Música: Irina Decermic. Montagem: Chantal Hymans. Dir. de arte: Serge Borgel. Figurinos: Mimi Lempicka & Antigone Shilling. Com: Lizzie Brocheré, Arthur Dupont, Guillaume Baché, Pierre Perrier, Nicolas Nollet, Valérie Mairesse, Karl E. Landler, Matthieu Boujenah, Guillaume Gauix. A adolescente Lucie (Brocheré), desde a mais tenra idade, possui uma amizade muito forte com os garotos, Nicolas (Baché), Sebastien (Perrier), Baptiste (Nollet) e, principalmente, com o irmão Pierre (Dupont), com quem possui uma cumplicidade, inclusive corporal, intensa. Os garotos formaram uma banda de rock que fez uma apresentação bem sucedida. Lucie e Pierre são órfãos de pai, desde sua morte em um acidente de moto. Quando o irmão, bissexual, subitamente desaparece, Lucie não consegue pensar em outra coisa. Quando o corpo é descoberto, v

Filme do Dia: A Morte Cansada (1921), Fritz Lang

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A Morte Cansada ( Der Mude Tod , Alemanha, 1921). Direção: Fritz Lang. Rot. Original: Fritz Lang & Thea Von Harbou. Fotografia: Bruno Mondi, Erich Nitzschmann, Herrmann Saalfrank, Bruno Timm & Fritz Arno Wagner. Música: Guiseppe Becce, Karl-Ernest Sasse & Peter Schirmann. Montagem: Fritz Lang. Dir. de arte: Robert Herlth, Walter Röhrig & Hermann Warm. Figurinos: Heinrich Umlauff. Com: Lil Dagover, Walter Janssen, Bernard Goetzke, Rudolf Klein-Rogge, Hans Sternberg, Erich Pabst, Eduard  von Winterstein, Paul Biensfeldt. Um casal de noivos (Dagover e Janssen) chegam a um pequeno vilarejo em uma carruagem em que também se faz presente a Morte (Goetzke). Enquanto a moça se distrai a Morte leva seu noivo. Para tê-lo de volta ela precisa impedir a morte de pelo menos um dos jovens de três casais de enamorados, representados por três velas, fazendo com que não se apaguem. Porém, as três narrativas findam tragicamente. A moça, desesperada,  tenta negociar com a morte.

Filme do Dia: Irma La Douce (1963), Billy Wilder

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Irma La Douce (EUA, 1963). Direção: Billy Wilder. Rot. Original: Billy Wilder & I.A.L Diamond. Fotografia: Joseph LaShelle. Música: André Previn & Marguerite Monnot. Montagem: Daniel Mandell. Dir. de arte: Alexandre Trauner. Cenografia: Maurice Barnathan & Edward G. Boyle. Figurinos: Orry-Kelly. Com: Jack Lemmon , Shirley MacLaine, Lou Jacobi, Bruce Yarnell, Herschel Bernardi, Hope Holyday, Joan Shawlee, Grace Lee Withney.             Nestor (Lemmon) é o guarda novato que se escandaliza com a aberta prostituição que encontra em La Halles, bairro popular de Paris. Ele prende um grupo de prostitutas, porém para seu azar o seu superior, Inspetor Lefevre (Bernardi), se encontrava entre os clientes. Despedido, Nestor se apaixona por uma das prostitutas, Irma (MacLaine), que passa a respeita-lo, assim como toda a comunidade local, após ele derrotar o cafetão de Irma, Hippolyte (Yarnell). Para tentar retirar Irma do mundo da prostituição, Nestor finge se passar por um res

Filme do Dia: Morte de um Ciclista (1955), Juan António Bardem

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Morte de um Ciclista ( Muerte de un Ciclista , Espanha/Itália, 1955). Direção: Juan António Bardem. Rot. Original: Juan António Bardem, a partir do argumento de Luiz Fernando de Igoa. Fotografia: Alfredo Fraile. Música: Izidro B. Maiztegui. Montagem: Margarita de Ochoa. Cenografia: Enrique Alarcón. Com: Lucia Bosé, Alberto Closas, Bruno Corrá, Carlos Casaravilla, Otello Toso, Julia Delgado Caro, Matilde Muñoz Sampedro, Fernando Sancho. Juan Fernandez (Closas) e Maria José (Bosé) atropelam um ciclista acidentalmente em uma estrada. A partir de então a vida de ambos não será mais a mesma. Atormentados com a dúvda de que alguém possa ter visto, sobretudo o inconveniente Rafael Sandoval, conhecido como Rafa (Casaravilla), frequentador do círculo de ambos e igualmente amigo do marido dela, Miguel Castro (Toso). Desatento com a aula de uma aluna, Matilde (Corrá) a reprova, o que provoca um intenso movimento para sua saída da universidade onde leciona. Emprego que conseguiu graças à in

Filme do Dia: Cara a Cara (1967), Júlio Bressane

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Cara a Cara (Brasil, 1968). Direção e Rot. Original: Júlio Bressane. Fotografia: Affonso Beato. Música: Sidney Waisman. Montagem: Eduardo Escorel. Cenografia: Luiz Carlos Ripper. Com: Antero de Oliveira, Helena Ignez, Paulo Gracindo, Paulo Padilha, Maria Lúcia Dahl, Wanda Lacerda, Ítalo Rossi, Ênio Gonçalves, Rosita Tomás Lopes, Maria Bethânia.               Raul (Oliveira) é um jovem funcionário público que não possui maiores esperanças na vida, tendo uma mãe em estado terminal e se fixando obsessivamente na jovem rica Luciana (Ignez), que o ignora. Luciana é filha do corrupto chefe político Hugo Castro (Gracindo). No dia em que Castro recebe homenagem importante, Raul mata um colega de repartição, rapta e mata Luciana e assassina a própria mãe. Em seu primeiro longa-metragem, Bressane já apresenta muitas das características que iriam ser desenvolvidas em seus filmes posteriores desse primeiro momento de sua carreira. Seu interesse por crimes passionais provocados por eleme
Durante a longa agonia do Império, a independência das províncias cresceu e a influência da cidade de Roma diminuiu; a classe culta entrou em decadência e foi substituída por grupos de oficiais sem instrução, frequentemente de origem bárbara. (Erich Auerbach, Introdução aos Estudos Literários , p. 97)

The Film Handbook#73: David Cronenberg

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David Cronenberg Nascimento : 15/05/1943, Toronto, Canadá Carreira (como realizador): 1969- Assim como os filmes de David Cronenberg repetidamente se preocuparam com as relações entre a mente e o corpo como tema, da mesma forma sua própria obra é definida tanto pela complexidade intelectual quanto pela descrição sanguinolenta e explícita da decadência física, doença e mutilação. Após estudar ciências e posteriormente literatura na universidade - onde realizou dois curtas surreais - Cronenberg  chamou pela primeira vez atenção, ao nível do cult , com os filmes  Stereo   e Crimes of the Future , ambas produções de ficção-científica grandemente experimentais que antecipavam suas obsessões futuras. Stereo  diz respeito a indução cirúrgica da telepatia; Crimes lida com as novas mutações genéticas resultantes dos cosméticos. A mesma visão subversiva de uma sociedade reconhecível ameaçada por experiências mal conduzidas voltaram no mais convencional Shivers (The Parasite Murders) /

Filme do Dia: No Distance Left to Run (2010), Will Lovelace & Dylan Southern

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No Distance Left to Run (Reino Unido, 2010). Direção: Will Lovelace & Dylan Southern. Fotografia: Ross McLennan & Dylan Southern. Montagem: Dylan Southern. Documentário que acompanha uma turnê que reúne novamente os quatro integrantes originais da banda pop britânica Blur. Seu tom cool , prenunciado nos créditos iniciais, soa tão fake , ao final de contas, quanto as intermináveis entrevistas em que membros da banda, individualmente, fazem suas anamneses pessoais sobre os motivos que levaram o distanciamento dos integrantes, o uso de drogas, a concorrência com o Oasis, polarizada ao máximo pela imprensa na contraposição entre os garotos da classe operária de Manchester do Oasis, contra os “riquinhos” de Londres. Mas, e sobretudo, pelos sentimentos internos de uns para com os outros, numa cansativa e inevitavelmente narcísica jornada. Não que se possa pôr em suspeição a “honestidade” dos depoimentos, mas por se apresentarem sob uma estrutura já tão desgastada que o efeito

Filme do Dia: Dr.Jekyll and Mr.Hyde (1913), Herbert Brenon

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Dr. Jekyll and Mr. Hyde (EUA, 1913). Direção: Herbert Brenon. Rot. Adaptado: Herbert Brennon a partir do romance de Robert Louis Stevenson. Com: King Baggot, Jane Gail, Matt Snyder, Howard Crampton, William Sorelle. Após atender alguns amigos – com quem discute sobre suas estranhas teorias a respeito de mudanças de personalidade induzidas – para o ceticismo dos mesmos, alguns clientes e também sua amada, Alice (Fail) e o pai dessa (Snyder), o Dr. Henry Jekyll (Baggot) se transforma no monstruoso Hyde (Baggot) após beber sua fórmula secreta, aterrorizando os criados que o veem saindo do escritório do patrão. Ele parte então para um clube de diversão popular, provocando espécie. Ainda como Hyde aluga um quarto de pensão barata e sai pelas ruas aterrorizando e atacando as pessoas, como uma criança aleijada, algo que é testemunhado por um homem e logo reunindo um grupo grande de pessoas. Ele se predispõe a pagar pelos danos causados ao garoto. Quando retorna a si, sente-se atormenta

Filme do Dia: A Strange Dream (1946), Harry Smith

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Number 1: A Strange Dream (EUA, 1946).  Direção: Harry Smith. Revolucionário e precoce em sua técnica de animação experimental, Smith antecipa aqui muitos dos efeitos que serão, de forma algo similar,  utilizados na produção de duas décadas após por nomes como Stan Brakhage, assim como toda uma vertente da animação abstrata. Formas e cores, geométricas ou não, acompanhadas por uma banda sonora sempre presente, mas se tornando ainda mais saliente próxima ao final, com a incorporação de vocalizações. Parece algo produzido bem adiante de seu tempo. 6 minutos.

Filme do Dia: Trono Manchado de Sangue (1957), Akira Kurosawa

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  Trono Manchado de Sangue ( Kumonosu-jou , Japão, 1957). Direção: Akira Kurosawa. Rot. Adaptado Shinobu Hashimoto, Ryuzo Kikoshima, Akira Kurosawa & Hideo Oguni, baseado na peça Macbeth , de William Shakespeare. Fotografia: Asakazu Nakai. Música: Masaru Satô. Montagem: Akira Kurosawa. Dir. de arte e Figurinos: Yoshirô Muraki. Com: Toshirô Mifune, Isuzu Yamada, Takashi Shimura, Akira Kubo, Hiroshi Tachikawa, Minoru Chiaki, Takamaru Sasaki, Kokuten Kôdô. No século XVI, um ambicioso líder guerreiro, Washizu (Mifune) e seu companheiro Miki (Chiaki), são guindados a postos significativos na hierarquia militar, como prenunciava a profecia do espírito da floresta que surgiu para ambos. Washizu, estimulado pela ganância de sua esposa (Yamada), assassina o grande senhor Odagura (Shimura), que o havia promovido. Para manter o apoio de Miki, Washizu possui planos de fazer seu filho (Kubo), seu sucessor. Pai e filho, no entanto, não aparecem na recepção orquestrada por Washizu, quando

Purple Rain Prince R.I.P.

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Descanse em paz, Prince (1958-2016)

3. Pat Metheny Group - Goodbye (Travels 1983)

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Descanse em paz, Naná Vasconcelos (1944-2016)

Your Song - Billy Paul

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Descanse em paz, Billy Paul (1934-2016)

Filme do Dia: Ser e Ter (2002), Nicolas Philibert

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Ser e Ter ( Être et Avoir , França, 2002). Direção: Nicolas Philibert. Fotografia: Laurent Didier, Katell Djian, Hugues Gemignani & Nicolas Philibert. Música: Philippe Hersant. Montagem: Nicolas Philibert. Esse documentário filmado na pequena cidadezinha de Saint-Etienne Sur Usson, acompanha o cotidiano de um professor e seus pequenos alunos. Ainda que o objetivo  do cineasta tenha sido o de mostrar a ineficácia de um método de ensino ancorado na repressão da liberdade criativa e da autonomia até mesmo motora das crianças – várias cenas apontam para isso – secundarizadas pela necessidade de incutir nelas o conteúdo formal e prepará-las para a disciplina escolar, o filme talvez se destaque mais pelo meticuloso olhar investigativo, pronto a captar muitos dos detalhes do ambiente da sala de aula. Embora, a figura do professor soe um tanto quanto antipática (ecoando as típicas figuras de poder do cinema documental de Frederick Wiseman ) em diversos momentos e muito pouco sensí

Filme do Dia: The Snob (1958), Herk Harvey

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T he Snob (EUA, 1958). Direção:  Herk Harvey. Rot. Original: Margaret Travis. Fotografia: Norman Stuewe.  Montagem: Chuck Lacey & Dan  Palmquist. Com: Vera Stough, Harper Barnes, Henry Effertz, Brady Rubin, Bret Waller. Sara (Stough), jovem e bela, é tida como esnobe na escola, por não participar das reuniões sociais e se dedicar somente aos estudos.  Ignorada ou destratada pelos outros estudantes, a situação muda de figura quando uma das mães pede que seu filho e  seus colegas se esforcem para fazê-la se sentir à vontade com o grupo. Faz parte de uma série de curtas produzidos tendo em vista a “educação” dos jovens americanos, sendo que Stough estrelou outros dirigidos pelo mesmo Harvey. Pode ser apreciado mais de meio século após sua produção apenas como uma peça de humor involuntário, dado o nível canhestro das interpretações e – pior de tudo – o aspecto didático e pouco complexo no qual o “mini-drama” se desenvolve. Centron Corp. para Young America Prod. 13 minutos e 24 s

Filme do Dia: O Cão dos Baskervilles (1959), Terence Fisher

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O Cão dos Baskervilles (The Hound of Baskervilles , Reino Unido, 1959). Direção: Terence Fisher . Rot. Adaptado: Peter Bryan, baseado no romance de Arthur Conan Doyle. Fotografia: Jack Asher. Música: James Bernard. Montagem: Alfred Cox. Dir. de arte: Bernard Robinson. Com: Peter Cushing, André Morell, Christopher Lee , Marla Landi, David Oxley, Francis De Wolff, Miles Malleson, Ewen Solon, John Le Mesurier.            O Dr. Richard Mortimer (De Wolff) convida Sherlock Holmes a aceitar o estranho caso de Baskerville, em que Sir Henry Baskeville, foi encontrado morto em situações misteriosas, que fazem remontar a uma lenda da região. Logo depois de sua morte, seu único parente vivo, Sir Hugo (Oxley), assume a propriedade. O assistente de Holmes, Watson (Morell) acompanha Hugo até sua propriedade, onde fica conhecendo a estranha Cecile (Landi), filha do caseiro Stapleton (Solon), o Bispo Basil (Malleson) e o casal Barrymore (Mesurier e Goss), mordomo e aia da propriedade respecti

The Film Handbook#72: Paul Cox

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Paul Cox Nascimento : 16/04/1940, Venlo, Holanda Carreira (como diretor): ;1965- Enquanto muitos diretores australianos dos anos 70 e 80 se voltaram para a nostalgia, sátira irrestrita e thrillers  derivativos de Hollywood, Paul Cox trilhou uma trajetória mais pessoal, discretamente explorando as problemáticas relações românticas da moderna classe média suburbana. Após anos realizando filmes experimentais (em sua maioria curtas), Cox chamou a atenção de um público mais amplo com Kostas , tocante narrativa do amor de um taxista imigrante por uma australiana divorciada. Prejudicado pela obviedade de seu retrato de preconceitos de classe e racial, de toda forma pavimentou o caminho para Lonely Hearts > 1 . Abordando novamente um romance que começa mal - dessa vez entre um afinador de pianos de classe média e uma tímida funcionária de banco, que conhece através de um encontro no computador - a honestidade emocional do filme foi garantida pelo tom sutilmente cômico e por uma cons