Filme do Dia: O Cão dos Baskervilles (1959), Terence Fisher
O Cão dos Baskervilles (The Hound of Baskervilles, Reino Unido, 1959). Direção:
Terence Fisher. Rot. Adaptado: Peter Bryan, baseado no romance de Arthur Conan
Doyle. Fotografia: Jack Asher. Música: James Bernard. Montagem: Alfred Cox.
Dir. de arte: Bernard Robinson. Com: Peter Cushing, André Morell, Christopher Lee, Marla Landi, David
Oxley, Francis De Wolff, Miles Malleson, Ewen Solon, John Le Mesurier.
O Dr. Richard Mortimer (De Wolff)
convida Sherlock Holmes a aceitar o estranho caso de Baskerville, em que Sir
Henry Baskeville, foi encontrado morto em situações misteriosas, que fazem
remontar a uma lenda da região. Logo depois de sua morte, seu único parente
vivo, Sir Hugo (Oxley), assume a propriedade. O assistente de Holmes, Watson
(Morell) acompanha Hugo até sua propriedade, onde fica conhecendo a estranha
Cecile (Landi), filha do caseiro Stapleton (Solon), o Bispo Basil (Malleson) e
o casal Barrymore (Mesurier e Goss), mordomo e aia da propriedade
respectivamente. Um fugitivo é vitimado porque andava com roupas de Sir
Hugo. Holmes, para surpresa de Watson,
acompanhara toda a movimentação. Posteriormente o próprio Sir Hugo é
assassinado e Holmes consegue desvendar o crime.
Essa produção, realizada pouco após a
primeira produção com Drácula, que tornará célebre o estúdio Hammer, tinha como
intuito ser a primeira de uma série de adaptações de Conan Doyle, que não
ocorreu por falta de legitimação de público, que se ressentiu da falta de
monstros célebres. Dirigida pelo mesmo Fisher, de O Horror de Drácula,
e um dos mais recorrentes nomes da produtora, sendo o elenco também encabeçado
por dois de seus principais nomes: Cushing e Lee. Igualmente típicas são a
fotografia carregada e uma direção de arte que tende para um certo kitsch,
também evidenciado na produção de sua contraparte americana, a American
International Pictures, cujos filmes mais célebres foram as adaptações de Poe
dirigidas por Corman como Muralhas do Pavor. As motivações do crime aqui
passam por uma explicação grandemente xenófoba, como boa parte dos mitos e
lendas que procura retratar. Há uma longa seqüência inicial de narrativa dentro
da narrativa principal, em que o Dr. Mortimer conta a trágica história da morte
de Sir Henry. Hammer Films. 87 minutos.
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