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Filme do Dia: Em Busca do Ouro (1925), Charles Chaplin

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Em Busca do Ouro ( The Gold Rush , EUA, 1925). Direção e Rot. Original: Charles Chaplin . Fotografia: Roland Totheroh. Montagem: Charles Chaplin. Dir. de arte: Charles D. Hall.Com: Charles Chaplin, Mack Swain, Tom Murray, Henry Bergman, Malcolm Waite, Georgia Hale. No Klondike da época da Corrida do Ouro, um Vagabundo (Chaplin) para lá parte e se envolve com trapaceiros ou gananciosos, passando por grandes dificuldades, inclusive fome extrema e apaixonando-se por uma garota bastante disputada, Georgia (Hale). Ele encontra ouro e reencontra casualmente Georgia, quando faz uma reconstituição de sua própria aventura para a imprensa. Esse clássico da comédia de todos os tempos, com alguns momentos antológicos, como a da dança dos pãezinhos e a dos apuros do herói e seu companheiro numa cabana que foi levada pela tempestade para a beira de um precipício, assim como a dança com Georgia no saloon, que é acompanhada por um cachorro, ou ainda o momento em que Big Jim visualiza o Va

Filme do Dia: O Marquês (1914), George Nichols & Mack Sennett

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O Marquês (Cruel, Cruel Love , EUA, 1914). Direção: George Nichols & Mack Sennett. Rot. Original: Craig Hutchinson. Fotografia: Frank D. Williams. Com: Charles Chaplin , Minta Durfee, Edgar Kennedy, Eva Nelson, Glen Cavender, Billy Gilbert, William Hauber. Um aristocrata excêntrico (Chaplin) e sensível se envenena quando sua noiva (Durfee) decide romper o noivado ao vê-lo fazendo afagos em sua criada (Nelson). O que ela não sabe é que ele tropeçou por acidente nela. O aristocrata, ao descobrir que sua noiva voltara atrás da decisão, desespera-se pois acredita já ser tarde demais. Exemplo de um dos primeiros filmes de Chaplin como ator, no mesmo ano que passou a atuar para o cinema, fazendo parte da trupe de Sennett. O resultado final é marcado por cacoetes provenientes da pantomima e do music-hall , sobretudo no que diz respeito as ações físicas envolvendo quedas e tropeções e mesmo na sua estruturação eminentemente teatral, centrada sobretudo nas entradas e saídas a partir

Filme do Dia: Juventude Desenfreada (1960), Nagisa Oshima

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Juventude Desenfreada ( Seishun Zankoku Monogotari , Japão, 1960). Direção e Rot. Original: Nagisa Oshima. fotografia: Tasashi Kawamata. Música: Riichiro Manabe. Montagem: Keiichi Uraoka. Dir. de arte: Koji Uno. Com: Yusuke Kawasu, Miyuke Kuwano, Yoshiko Kuga, Fumio Watanabe, Aki Morishima, Kan Nihonyanagi, Yuki Tominaga, Asao Sano.            Kiyoshi (Kawasu) é uma jovem virgem que quase é violentada por um caronista até ser salva por um homem que encontrava-se próximo, Makoto (Kuwano). O jovem universitário a convidará para sair e após tortura-la por algum tempo fará amor com ela. Apaixonada por Makoto, Kiyoshi quer tê-lo como namorado, embora esse a tente dissuadir se auto-afirmando como mau-caráter e amante de uma mulher mais velha. Kiyoshi não desiste e acaba aceitando ser isca para que Makoto assalte homens que se encontram sexualmente interessados nela, além de passar a morar com o namorado. Kiyoshi descobre-se grávida e Makoto lhe ordena que faça um aborto. O casal é p
Escrevo, triste, no meu quarto quieto, sozinho como sempre tenho sido, sozinho como sempre serei. E penso se a minha voz, aparentemente tão pouca coisa, não encarna a substância de milhares de vozes, a fome de dizerem-se de milhares de vidas, a paciência de milhões de almas submissas como a minha ao destino quotidiano, ao sonho inútil, à esperança sem vestígios. Nestes momentos meu coração pulsa mais alto por minha consciência dele. Vivo mais porque vivo maior. (Fernando Pessoa, O Livro do Desassossego )

Filme do Dia: La Première Nuit (1958), Georges Franju

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La Première Nuit (França, 1958). Direção: Georges Franju. Rot. Original: Georges Franju, Marianne Oswald & Rémo Forlani, a partir da ideia de Oswald. Fotografia: Eugen Schüfftan. Música: Georges Delerue . Montagem: Jasmine Chasney & Henri Colpi. Com: Pierre Devis, Lisbeth Persson.       Garoto consegue escapar do carro com motorista que o leva e traz da escola e se aventurar pelos subterrâneos de Paris através do metrô, sendo constantemente perseguido pela visão de uma garota de sua idade.     A melancolia sobriamente não sentimental com que é descrito o imaginário infantil, em contraposição, por exemplo, a filmes que também lidam com o mesmo e com uma mais aberta fantasia tais como  O Balão Vermelho (1956), é o que mais chama a atenção desse também curta francês de Franju .  Sem diálogos, sua trilha musical é em grande parte responsável pela criação atmosférica, assim como a escolha de composições que realçam seu tom soturno e o processo de isolamento do garoto diante d

Filme do Dia: Não Quero Apenas Que Vocês Me Amem (1993), Hans Günther-Pflaum

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Não Quero Apenas Que Vocês Me Amem ( Ich Will Nicht Nur, Dass Ihr Mich Liebt , Alemanha, 1993). Direção e Rot. Original: Hans Günther-Pflaum. Fotografia: Manfred Buckle & Werner Kurz. Montagem: Ingrid Wolff. Documentário que à parte algumas soluções infelizes – como o pavoroso final  carpideiro sob a lápide do cineasta e ao som de música lírica – procura investigar algo do gigantesco legado de Rainer Werner Fassbinder ao longa de sua relativamente curta carreira – 1969 a 1982. É dividido em tópicos, que geralmente remetem a alguma frase dos entrevistados. Entre esses se encontram o cineasta Volker Schlöndorff , os atores Hanna Schygulla, Kurt Raab, Ingrid Caven (que chegou a ser casada com Fassbinder ), Harry Baer (que escreveu uma biografia sobre o cineasta) e Andréa Ferréol, os fotógrafos Michael Ballhaus, Diether Lohmann e Xaver Schwarzenberger e a montadora Juliane Lorenz. Entre os depoimentos mais marcantes estão o de sua mãe, a atriz bissexta Lilo Pempeit, que conta

Filme do Dia: Se Não Nós, Quem? (2011), Andres Veiel

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Se Não Nós, Quem? ( Wer Wenn Nicht Wir , Alemanha, 2011). Direção: Andres Veiel. Rot. Original: Andres Veiel, a partir do argumento de Gerd Koenen. Fotografia: Judith Kaufmann. Música: Annette Focks. Montagem: Hansjörg Weissbrich. Dir. de arte: Christian M. Goldbeck & Daniel Chour. Cenografia: David Hoffman. Figurinos: Bettina Marx. Com: August Diehl, Lena Lauzemis, Alexander Fehling, Thomas Thieme, Imogen Kogge, Michael Wittenborn, Sussane Lothar, Maria-Victoria Dragus, Vicky Krieps, Jonas Hämmerle. Bernward Vesper (Hämmerle) é um garoto criado desde pequeno sob a firme mão de seu pai, partidário do Nazismo, e escritor destacado então, Willi (Thieme). Quando jovem adulto (Diehl) se apaixona pela colega de universidade Gudrun Esslin (Lauzemis) e promete ao pai voltar a publicar sua obra, proibida desde a redemocratização. Bernward junta-se a Gudrun para fundar uma editora de pequeno porte. Sua união é desaprovada pela família de Gudrun, que, ainda assim, e mesmo com as consta

Filme do Dia: De Mayerling à Sarajevo (1940), Max Ophüls

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De Mayerling à Sarajevo ( De Mayerling a Sarajevo , França, 1940). Direção: Max Ophüls. Rot. Original: Carl Zuckmayer, André-Paul Antoine, Marcelle Maurette & Jacques Natanson. Fotografia: Curt Courant & Otto Helelr. Música: Oscar Straus. Montagem: Myriam Boursoutsky & Jean Oser. Dir. de arte: Jean d’Eaubonne. Figurinos: Boris Bilinsky. Com: Edwige Feuillère, John Lodge, Aimé Clariond, Jean Worms, Jean Debucourt, Raymond Aimos, Gabrielle Dorziat, Henri Bosk, Gaston Dubosc, Marcel André. O arquiduque Francisco Ferdinando (Lodge), herdeiro do Império Austro-Húngaro, apaixona-se perdidamente pela condessa tcheca Sophie Chotek (Feuillère). A união dos dois somente pode ser selada com a abdicação da linha sucessória para seus filhos e exclusão da esposa dos eventos oficiais. O imperador relega ao filho o papel de diplomata em missões nos países próximos, papel que cumpria quando conhecera Sophie. 14 anos após casados, Sophie decide, com maus presságios, partir para Sara

The Film Handbook#52: Jonathan Demme

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Jonathan Demme Nascimento: 22/02/1944, Rockville Center, Nova York, EUA Carreira : 1974- Dos diretores que emergiram da New World de Corman durante os anos 70, Jonathan Demme é de longe o mais talentoso e original. Ainda que seu aprendizado tenha se dado em filmes sensacionalistas, seu estilo e personagens frequentemente remetem a estilos de filmagem precedentes. Após trabalhar com crítica de cinema e publicidade, Demme serviu a Corman  como escritor-produtor em dois thrillers de Joe Viola ( Angels Hard as They Come , The Hot Box ). Mesmo rotineiros, eles lhe permitiram a oportunidade para dirigir Celas em Chamas / Caged Heat , um engenhoso drama prisional feminino, memorável por suas ambiciosas sequencias oníricas, um vibrante e quase feminista retrato de solidariedade e uma trilha percussiva de John Cale. Crazy Mama  e Pelos Meus Direitos / Fighting Mad  foram igualmente filmes de ação nada convencionais; foi, no entanto, somente quando se afastou do formato sensacionalista

Filme do Dia: Vende Caro o Teu Amor (1950), Alberto Gout

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Vende Caro o Teu Amor ( Aventurera , México, 1950). Direção: Alberto Gout. Rot. Adaptado: Alberto Gout, Carlos Sampelayo & Álvaro Custodio, a partir de conto do último. Fotografia: Alex Phillips. Música: Antonio Díaz Conde. Montagem: Alfredo Rosas Priego. Dir. de arte: Manuel Fontanals. Figurinos: José Díaz “Pepito”. Com: Niñon Sevilla, Tito Junco, Andrea Palma, Rubén Rojo, Miguel Inclán, Jorge Mondragón, Maruja Grifell, Luis López Somoza, Pedro Vargas, Salvador Lozano. Elena Tejero (Sevilla), filha de uma família de alta posição social, vê sua vida destroçada após descobrir que sua mãe (Grifell) não apenas possui uma relação amorosa com Ramon (Lozano) como abandona o pai, que se suicida. Desesperada e desempregada, Elena encontra casualmente Lucio (Junco), que a leva ao cabaré da não menos inescrupulosa Rosaura (Palma), que a obriga a se prostituir. Quando de uma apresentação no cabaré, Elena chama a atenção do jovem e rico  Mario (Rojo), que se apaixona e decide se casar co

Filme do Dia: Cine-Fragmentos (2005), Alain Cavalier

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Cine-Fragmentos ( Le Filmeur , França, 2005). Direção, Rot. Original e Fotografia: Alain Cavalier. Essa seleção de imagens coletadas por mais de dez anos por Cavalier em ritmo de diário possui as virtudes e defeitos que esse gênero de longa tradição, mas pouco conhecido (foi uma forma freqüentemente utilizada por alguns dos nomes mais relevantes do New American Cinema, por exemplo), padece normalmente. Aliás virtudes e defeitos são igualmente derivadas dessa possibilidade potencial de recorte do mundo a partir do viés mais intimista possível, que tanto pode ser a expressão mais próxima da subjetividade individual em um gênero não ficcional quanto se enredar quase que inevitavelmente em um excessivo narcisismo auto-complacente e ambas essas características estão presentes na obra de Cavalier que radicaliza sua proposta ao não inserir elementos de estrutura ficcional em seus fragmentos, ao contrário de alguns documentários que trabalham com questões pessoais bem próximas de seus rea

Frank Zappa - Stairway to Heaven

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Filme do Dia: Pacto de Sangue (1944), Billy Wilder

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Pacto de Sangue ( Double Indemnity , EUA, 1944). Direção: Billy Wilder. Rot. Adaptado: Billy Wilder & Raymond Chandler, baseado no romance de James M. Cain. Fotografia: John F. Seitz. Música: Miklós Rózsa. Montagem: Doane Harrison. Dir. de arte: Hans Dreier & Hal Pereira. Cenografia: Bertram C. Granger. Figurinos: Edith Head. Com: Fred MacMurray, Barbara Stanwyck , Edward G. Robinson, Porter Hall, Jean Heather, Tom Powers, Byron Barr, Fortunio Bonanova.           Walter Neff (MacMurray) narra de seu próprio escritório a trama que lhe levou a complicada situação em que se encontra. Agente de seguros, envolve-se com a ardilosa Phyllis Dietrichson (Stanwyck). Phyllis decide matar o marido (Powers) e ficar com a valiosa apólice. Juntamente com Neff, Phyllis planeja o crime que acreditam perfeito. Porém, para o azar de ambos o companheiro de trabalho de Neff, Barton Keyes (Robinson), começa a desconfiar de que há algo errado no caso. Igualmente, a enteada de Phyllis, Lola

Filme do Dia: Cisne Negro (2010), Darren Aronofsky

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Cisne Negro ( Black Swann , EUA, 2010). Direção: Darren Aronofsky. Rot. Original: Mark Heyman, Andres Heinz & John J. MacLaughlin, a partir do argument de Heinz. Fotografia: Matthew Libatique. Música: Clint Mansell. Montagem: Andrew Weisblum. Dir. de arte: Thérèse De Prein & David Stein. Cenografia: Tora Peterson. Figurinos: Amy Westcott. Com: Natalie Portman, Mila Kunis, Vincent Cassel, Barbara Hershey, Winona Ryder, Benjamin Millepied, Ksenia Solo, Kristina Anapau. Nina Sayers (Portman) é uma bailarina que se vê alçada a protagonista de uma nova montagem do Lago dos Cisnes que será dirigida por Thomas Leroy (Cassel) que, no entanto, não a acha ainda perfeita como Cisne Negro, somente como encarnação do Cisne Branco. Vivendo uma relação neurótica com sua mãe excessivamente protetora, Erica (Hershey), Nina perde gradualmente o contato com a realidade, após sucessivas pressões de Leroy sobre sua aparente falta de entrega e frigidez, o acidente com a ex-primeira dama do

Filme do Dia: Jardim (2003), Adi Barash & Ruthie Shatz

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Jardim ( The Garden , Israel/EUA, 2003). Direção: Adi Barash & Ruthie Shatz. Fotografia: Adi Barash. Música: Uri Frost. Montagem: Janus Billeskov Jansen.              Esse documentário acompanha o cotidiano de dois jovens que vivem no mundo da prostituição e das drogas que circunda um local conhecido como Garden, em Tel-Aviv. Dodo, é um árabe-israelense que procura se afastar da heroína enquanto se prostitui e se preocupa com o amigo Nino, palestino que vive ilegalmente em Israel, que passa a morar no apartamento que um israelense maduro arranjou para ele. Sua estadia é passageira, já que Nino se encontra na mira da polícia e resolve ir para o reformatório, de onde acaba fugindo. Sua fuga faz com que Dodo fique muito preocupado e o aconselha a voltar a se entregar, enquanto Nino pressiona Dodo a abandonar o uso da heroína de uma vez por todas. Nino se entrega, recebendo a pena de cumprir um período no reformatório, recebendo alguns dias de permissão e voltando a ficar ao lado

Filme do Dia: Gertrude (1964), Carl Th. Dreyer

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Gertrude (Dinamarca, 1964). Direção: Carl Th. Dreyer . Rot. Adaptado: Cart Th.Dreyer, baseado em peça homônima de Hjalmar Söderberg. Fotografia: Henning Bendtsen. Música: JǾrgen Jersild. Montagem: Edith Schlüssel. Dir. de arte: Kai Rasch. Figurinos: Fabielle & M.G.Rasmussen. com: Nina Pens Rode, Bendt Rothe, Ebbe Rode, Baard Owe, Axel Strǿbye, Vera Gebuhr, Anna Malberg, Edouard Mielche. No final do século XIX, Gertrud (Rode) decide se separar do marido, Gustav Kanning (Rothe), no momento em que ele se encontra em vias de se tornar Ministro do Estado, por conta da indiferença do mesmo com relação aos sentimentos, pretendendo se unir ao jovem pianista Erland Jansson, que é seu amante. Gertrud toma conhecimento através de um antigo amor, o renomado Gabriel Lidman (Rode), que Erland falara abertamente de sua relação com Gertrud em uma taverna de má fama. Ainda assim, Gertrud decide insistir com Erland, porém ele afirma que não iria acompanhá-la e que já possuía uma amante mais vel

Filme do Dia: A Canção de Lisboa (1933), de José Cottinelli Telmo

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A Canção de Lisboa (Portugal, 1933). Direção e Rot. Original: José Cottinelli Telmo. Fotografia: Henri Barreyre & César de Sá. Música: René Bohet, Raul Ferrão, Raúl Portela & Jaime Silva Filho. Montagem: Tonka Taidy. Com: Vasco Santana, Beatriz Costa, Antônio Silva, Teresa Gomes, Sofia Santos, Alfredo Silva, Eduardo Fernandes, Manoel de Oliveira. Vasco (Santana) é um acadêmico de medicina, bon vivant , e que nunca passa nos exames e se fia na herança das velhas tias solteironas (Gomes e Santos) para se casar com a sua pretendente, Alice (Costa), filha do alfaite Caetano (Silva). A súbita visita das tias a Lisboa põe a perigo todas as mentiras inventadas por Vasco para que elas o mantivessem por lá. Vasco pretende contar com a ajuda do futuro sogro para se fazer passar por médico reconhecido. As tias, porém, descobrem a verdade e Alice resolve romper com ele. Na amargura, Vasco resolve se embriagar e solta a voz cantando fados em um bar, fazendo extraordinário sucesso.

The Film Handbook#51: Douglas Sirk

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Rock Hudson e Jane Wyman iluminados com a característica perfeição, no ácido retrato dos códigos morais burgueses, Tudo Que o Céu Permite / All That Heaven Allows Douglas Sirk Nascimento: 26/04/1900, Hamburgo, Alemanha Morte : 14/01/1987, Locarno, Suíca Carreira  (como diretor): 1934-59 É irônico que durante os anos 50, o ex-Hans Detlef Sierck tenha tido seu momento mais bem sucedido em termos de apelo de público, sendo virtualmente ignorado pelos críticos. Ele agora é observado, no entanto, com um diretor de formidável inteligência que, apesar de sua proficiência pelo teatro clássico e vanguardista, realizou sua melhor obra no campo do melodrama. Tendo estudado direito, filosofia e história da arte, Sirk se tornou profundamente - e bem sucedidamente - envolvido com o teatro alemão, dirigindo inúmeros clássicos ao longo dos anos 20. Em 1934 foi contratado pelo ilustre estúdio UFA e, após filmar três curtas, dirigiu seu primeiro longa-metragem ( April, April!) em 1935

Filme do Dia: McDougal's Rest Farm (1947), Mannie Davis

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McDougal’s Rest Farm (EUA, 1947). Direção: Mannie Davis. Rot. Original: Philip A. Scheib. Numa fazenda onde todos os animais repousam e apenas o choro ocasional de um porquinho que não tem acesso as tetas da mãe é o máximo distúrbio que ocorre, a chegada da dupla de corvos, com alguns de seu bando, para montarem sua moradia no terreno, provoca uma reviravolta nessa tranquilidade. O cão de McDougal, após todas as tentativas frustradas de se livrar deles, acaba se unindo aos mesmos no final. Terceiro dos 52 curtas produzidos para o cinema com a dupla Faísca & Fumaça. Dos momentos mais inspirados, como o plano inicial que apresenta o “repouso” dos animais ou ainda o que do martelo maior que um dos corvos cede ao cachorro para atacar a si próprio surge o outro com um martelo menor até os mais banais, tudo rescende ao universo irônico da Warner. Terrytoons para 20 th Century Fox Film Corp. 5 minutos e 14 segundos.

Filme do Dia: Course a la saucisse (1907), Alice Guy

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Course à la Saucisse (França, 1907). Direção: Alice Guy. A mesma estrutura do mais conhecido La Course des Sergents de Ville (1907), de Zecca. Como naquele, um cachorro rouba um pedaço de salsicha – lá é carne - e é perseguido por um grupo de pessoas que provoca uma série de atropelos aos transeuntes que encontram no caminho. As mesmas quedas habituais assim como a necessidade de exibir todos os perseguidores em cada cena são marcas registradas desses “filmes de perseguição”. Não faltam tampouco a invasão ao espaço doméstico por conta do cachorro ter adentrado uma casa, sendo igualmente visível a precária cenografia, ao menos aos padrões do cinema narrativo clássico,  que representa a casa. Ainda que a jocosa seqüência final aqui não exista – a do cachorro subindo os muros e telhados de um edifício, não falta o plano final isolado do canino, outra marca registrada do Primeiro Cinema, presente em alguns de seus clássicos como O Grande Roubo do Trem . É tido por alguns como sido d