Filme do Dia: O Prado de Bejin (1937), Sergei Eisenstein
O Prado de Bejin (Bezhin Lug, URSS, 1937). Direção: Sergei Eisenstein. Rot. Adaptado: Isaak Babel, Sergei Einsenstein & Aleksandr Rzeshvski, a partir da obra de Ivan Turgueniev. Fotografia: Vladimir Nilsen & Eduard Tisse. Música: Gavriil Popov. Dir. de arte: Aleksei Utkin & Arnold Vaisfeld. Com: Viktor Kartashov, Nikolai Khmelyov, Pyotr Arzanov, Yakaterina Teleshova, Nikolai Maslov, Boris Zakhava.
Stepok (Kartashov) é um garoto que se rebela contra o próprio pai (Zakhava), que pretende queimar a colheita para prejudicar o estado soviético. Como consequência de sua luta e enfrentamento, ele se torna mártir da violência do pai.
É difícil se ter uma noção do que seria de fato esse filme, pois o que resta são stills de um projeto não concluído, como a maior parte dos que Eisenstein se lançou após os “gloriosos vinte”, quando sua fama atingiu os píncaros. Aqui, já sob a égide do stalinismo, ou suas produções não avançavam ou eram censuradas após terem sido filmadas. Se essa é uma sina compartilhada por outro gênio do cinema, Orson Welles, esse filme ainda parece menos concluído que o projeto de Welles no Brasil, It’s All True (1941), do qual ao menos quando de seu lançamento suas imagens vieram dentro de um documentário que lhe servia como moldura e se trata de uma quantidade relativamente grande de imagens em movimento, o que não se trata do caso aqui. O filme parece lembrar mais seus filmes mudos que as produções contemporâneas – um dos poucos projetos concluídos e lançados no período foi Alexander Nevski – com seu destaque para situações individuais em momentos de conflito coletivo, caso do garoto que pretende salvar os pombos do prédio incendiado, livrando-os da morte certa. Em alguns stills fica marcada igualmente uma das características bastante exploradas pelo realizador, de contrastar rostos perfilados muito próximos à câmera com outros personagens mais distantes. Com a ajuda da música reconstituída de Prokofiev pode-se até se iludir com menos atenção ao achar que seu prólogo, apresentando árvores repletas de folhagens, trazem algum movimento interno. GUK. 27 minutos.
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