Filme do Dia: Colonel Heeza Liar at the Bat (1915), John Randolph Bray
Colonel Heeza Liar at the Bat (EUA,
1915). Direção: John Randolph Bray.
Décadas antes que o beisebol se
tornasse um tema privilegiado para a animação clássica (Baseball Bugs, Baseball Maluco), já ganhava essa sátira
pioneira do criador dos estúdios Bray que, como via de regra (Disney, Lantz,
etc.), afastar-se-ia da direção com o decorrer dos anos para se dedicar a
administrar sua empresa. Aqui um coronel aloprado consegue abafar em um jobo de
beisebol, mesmo sendo mais velho e baixo que todos os jogadores. Os traços
extremamente detalhados com que são descritos os jogadores (antecipando modelos
igualmente caricatamente másculos apresentados posteriormente nas animações da
Warner) são talvez o maior atrativo dessa animação, demasiado longa não apenas
para os padrões da década, como do próprio curta de animação comercial clássico
que se institui por volta de idos dos anos 30. Outro diferencial com relação a
produção que se seguirá é o uso precoce de entretítulos, enquanto a maior parte
da animação até a proximidade do final da década privilegiará os balões
para diálogos; aqui se tratam, na verdade, de entretítulos narrativos e não com função de diálogo, podendo, portanto,
ser relativizado seu uso pioneiro. Há uma dispersão na narrativa – boa parte
dela se detém em apresentar aspectos da personalidade incomum do Coronel no
trânsito – e uma falta de movimento nos desenhos evocativa do que muito tempo
depois seria produzido nas adaptações dos heróis da Marvel para a TV. J. R.
Bray Studios para Pathé Exchange. 9 minutos e 39 segundos.
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