Rodeo Dough (EUA, 1931). Direção:
Manny Gould & Ben Harrison. Rot. Original: Ben Harrison. Música: Joe de
Kat.
Krazy Kat é convencido por sua
namorada a enfrentar um rodeio onde, espezinhado inicialmente por seus
concorrentes, acaba demonstrando ser o mais talentoso dentre todos.
Como
episódio demonstra, a reabilitação sonora da série Krazy Kat, uma das séries de
vida mais extensa do cinema silencioso, infelizmente demonstrando ser tão
contra-producente quanto outras (Gato
Félix) que seguiram a mesma tentativa. O fato de ter se mantido em p&b, ao
contrário de Félix, que constou de um
episódio único três anos após, não necessariamente significa nada muito diverso
da produção rotineira do período, em cores, com maior agilidade de movimento,
mas longe de possuir o mesmo espírito anárquico do passado. A personagem de
Krazy Kat parece ter se modificado novamente com relação a sua segunda versão,
da década anterior. Boa parte da animação se detém sobre atitudes que dividem o
masculino do feminino e não deixa de existir uma seqüência inicial de beijos
molhados a galope entre Krazy e sua namorada. Já no campo estritamente
masculino, a virilidade é enfatizada por uma série de rituais que incluem
cusparadas no chão e a altura dos concorrentes. Screen Gems para Columbia
Pictures. 7 minutos e 7 segundos.
D er Traum des Bildhauers (Áustria, 1907). Direção: Johann Schwarzer. Schwarzer, pioneiro do cinema erótico, tenta aqui brincar com a relação algo onírica que faz menção o título do artista e sua obra, desde o início representado por um trio feminino que se encontra nu e, a determinado momento, quando o artista dorme, sai de seu pedestal e se aproxima dele, uma delas lhe beijando. No estúdio do artista, construção cenográfica bastante marcada como então comum, não poderia faltar a estrela de oito pontos que é o logotipo do estúdio. Saturn Film. 4 minutos.
Q uem é a Bruxa? ( Which is Witch , EUA, 1949). Direção: Friz Freleng. Rot. Original: Tedd Pierce. Música: Carl W. Stalling. Montagem: Treg Brown. Pernalonga se depara na África com um médico-curandeiro pigmeu que o importuna em um primeiro momento e depois o leva para cozinhar. Ele consegue fugir e embarcar numa barcaça do estilo que navega pelos rios do delta do Mississipi. O pequenino, como o chama, nada até a barcaça, mas é engolido por um jacaré que se nega a devolvê-lo, sendo necessária a intervenção de Pernalonga. Produção rotineira e não das mais inspiradas do estúdio, com sua habitual dose de etnocentrismo como era habitual então, mas sem os excessos talvez de representações contemporâneas sobre a África dos estúdios Disney. Aqui, como em boa parte das animações da Looney Tunes , a tribo se torna, assim como duas “extras” que surgem, não mais que um pano de fundo para a ação centrada apenas na dupla principal. Pernalonga chega a enfiar uns pratos na boca e argolas no p
E l Despojo (México, 1960). Direção: Antonio Reynoso. Rot. Original: Juan Rulfo. Fotografia: Rafael Corkidi. Montagem: Xavier Rojas. Camponês oprimido, assassina o patrão e abandona o local em que morava-trabalhava com a mulher e um filho enfermo. Atravessam áreas desérticas e pequenos povoados, onde não recebem solidariedade de outros populares. Findam por enterrar o filho que não resiste. Curta seminal para o estabelecimento do cinema moderno e de preocupações sociais na cinematografia mexicana. Como outra produção-chave da produção moderna mexicana ( La Formula Secreta ) também é vinculada ao escritor Juan Rulfo e dialogando também com a modernidade cinematográfica europeia em termos de elaboração estilística e resistência a uma entrega fácil dos elementos de sua fábula, assim como evidente ambiguidade em relação aos mesmos – a exploração sexual da esposa pelo patrão, o retorno ao momento em que o camponês é atingido por uma bala já próximo do final do curta. Chega a ser t
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