Filme do Dia: O Assassinato do Duque de Guise (1908), André Calmettes & Charles Le Bargy
O Assassinato do Duque
de Guise (L’Assassinat du Duc de Guise,
França, 1908). Direção: André Calmettes & Charles Le Bargy. Rot. Original:
Henri Lavedan. Fotografia: Émile Pierre.
Música: Camille Saint-Säens. Dir. de arte: Émile Bertin. Com: Albert Lambert,
Charles Le Bargy, Gabrielle Robinne, Berthe Bovy, Jean Angelo, Charles Dorrain,
Huguette Duflos, Rolla Norman.
França,
final dos anos 1500. O Duque de Guise (Lambert), ignora o alerta enviado sob a
forma de bilhete para sua amante (Robinne) de que existe uma conspiração contra
sua pessoa na Corte, encontrando com o rei Henrique III (Le Bargy) e sendo
posteriormente morto por seus asseclas.
Mesmo
se levando em conta se tratar de uma aproximação estilística conscientemente
distinta da norte-americana e enfatizando, sobretudo, a encenação sob quadros
fixos (algo a ser aprimorado por Feuillade) e ausência da movimentação de
câmera, essa produção se torna bem menos vibrante, mais de 100 anos após sua
realização, que a proposta de longe menos pretensiosa apresentada por Griffith
já em seu primeiro filme na Biograph, As
Aventuras de Dollie. Aqui, no entanto, não se sofre com a excessiva “falta
de informação” sobre o que se sucede, em termos narrativos, quanto outras
adaptações contemporâneas igualmente baseadas em obras ou fatos históricos por
demais conhecidos, como é o caso de A
Tempestade, de Percy Stow. Embora a montagem paralela já começasse a ser utilizada
tanto na Europa quanto nos Estados Unidos, não existe aqui nada que sinalize em
tal direção. Aparentemente, trata-se do primeiro filme a ter uma música
especialmente composta para si. É considerado o exemplo mais célebre do ciclo
de filmes que ficou conhecido como films
d’art. Pathé Frères. 15 minutos.
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