O Dicionário Biográfico de Cinema#20: Frank Darabont
Frank Darabont
n. Montebeliard, França, 1959
1994: The Shawshank Redemption [Um Sonho de Liberdade]. 1999: The Green Mile [À Espera de um Milagre]. 2001: The Majestik [Cine Majestik]. 2007: eisódio de Raines (TV); episódio de The Shield (TV); The Mist [O Nevoeiro].
Duas vezes agora, Frank Darabont recorreu aos escritos de Stephen King para realizar parábolas cíclicas sobre o mistério do destino em histórias ambientadas em antiquados sistemas prisionais. É uma espécie de gênero, temo - frisson voltado à prisão - e não quero ter de enfrentar uma sentença a mais por trás dessas grades. Não que Darabont não possua habilidade ou calor ou mesmo um senso de fantasia. Um Sonho de Liberdade estabeleceu seu próprio universo e ritmo, para não mencionar charme. Penso igualmente que há uma chance que a expansão demasiada dessa parábola pode rapidamente se tornar vazia e rasa. Então, deixemos esse diretor prosseguir. Peça a ele para lidar com a liberdade.
Darabont começou como assistente em Hell Night [Noite Infernal] (81, Tom DeSimone) e realizou a decoração dos cenários em Crimes of Passion [Crimes de Paixão] (84, Ken Russell). Por essa época estava escrevendo roteiros: Nightmare on Elm Street 3: Dream Warriors [A Hora do Pesadelo 3: Os Guerreiros dos Sonhos] (87, Chuck Russell); The Blob [A Bolha Assassina] (88, Russell); The Fly II [A Mosca 2] (89, Chris Wales); e o medonho Frankenstein's Mary Shelley [Frankentein de Mary Shelley] (94, Kenneth Brannagh), que aparentemente persuadiu algumas pessoas de que ele estava pronto para voos mais altos.
Naturalmente, Um Sonho de Liberdade ganhou muitos prêmios e indicações e, dentre os jovens, ele frequentemente passa por uma peça de profundo humanismo. Os tempos estão difíceis. Mas Darabont parece impressionado com seus seguidores - como testemunha de uma espécie de portentoso gradualismo que o aguardava. Em três horas completas, À Espera de um Milagre foi completamente sem limites - ao ponto mesmo de alguém se perguntar se o título se referia ao trato urinário irritado da personagem de Tom Hanks. Novamente, alguns estavam seguros da profundidade de À Espera de um Milagre. Mas quando Cine Majestik surgiu, nada era discernível para além das intenções emotivas.
Ele teve uma reputação alta. Algumas pessoas sentiam que Um Sonho de Liberdade era um grande filme. Então produziu Collateral [Colateral] (04, Michael Mann); pôs seu nariz em volta da TV, e depois realizou O Nevoeiro, a partir de Stephen King outra vez. King não gostou de seu final, mas Darabont pode ser posto como um diretor da casa (do escritor).
Texto: Thomson, David. The Biographical Dictonary of Film. Londres: Knopf, 2010, pp. 2353-56.
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