Filme do Dia: Del Rancho a la Televisión (1953), Ismael Rodríguez


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Del Rancho a la Televisión (México, 1953). Direção: Ismael Rodríguez. Rot. Original: Ismael Rodríguez & Joselito Rodríguez, a partir do argumento de Carlos Orelana. Fotografia: Jack Draper. Música: Manuel Esperón. Dir. de arte: José Rodríguez Granada. Cenografia: José Barragán. Figurinos: Julio Chavéz. Com: Luis Aguilar, Chela Campos, María Victoria, Andrés Soler, Emma Rodríguez, Gloria Alonso, Pepe Ruiz Vélez, Eufrasina García.
José Antonio (Aguilar) vai de seu povoado, com auxílio do dinheiro de seus moradores, para a Cidade do México, em busca de triunfar no universo do canto na rádio. Porém, suas primeiras tentativas, cantando música lírica, são completamente frustradas e vítimas de gozação. Uma funcionária da rádio, no entanto, Laura (Campos), apóia-o e se torna secretamente apaixonada por ele, convencendo-o a cantar canções populares. Ela própria dá o exemplo e é contratada pela rádio, agora como cantora. Sua rival, no canto e no amor por José Antonio é a já estabelecida Graciela del Mar (María Victoria), que forma uma dupla com ele e o leva a morar em sua casa. O casal se torna um sucesso na recém-implantada televisão. Suas apresentações na tv são acompanhadas entre o entusiasmo e a dor por Laura. Cansado das artimanhas e da posse excessiva de Graciela, José Antonio rompe com ela e forma nova dupla com Laura, enquanto Graciela vem a ser demitida.
Se existe algum mérito nesse canhestro melodrama musical, ele se dá por uma certa consciência de se falar de TV, a partir de um material básico que se torna recorrente a essa, assim como pela carismática presença de Chela Campos, vivendo uma personagem feminina tipicamente dependente da figura masculina por quem se apaixona. De fato, da Laura de Campos, nada mais se sabe após sua contratação, apenas acompanhando amargurada, como uma mera tiete fantasiosa, no melhor espírito de gata borralheira, as conquistas de seu objeto de amor. Sua carreira somente ressurge, quando esse se roga a olha-la com os olhos do amor, fazendo com que a vilã, ao mesmo tempo sofra sua derrocada no trabalho e no amor. Aguilar encarna o mesmo tipo de sempre e, em termos sociais, o filme apresenta a outra faceta do indianismo heroicizado e folclórico do clássico Maria Candelaria. Aqui, as figuras que vestem e guardam as tradições típicas do campesinato de herança indígena são uma dupla ridícula, que não vai além de servir de coro para a ação principal, enquanto Aguilar consegue triunfar no México moderno a partir de uma cuidadosa – talvez excessivamente cuidadosa, no início, já que se veste de uma forma elegante em demasiado – adaptação aos figurinos do novo meio. As canções melosas e derramadas e sua referência à paixão despertada pelas duas mulheres na figura masculina nunca questionada de sua cômoda posição de centralidade possuem certo charme antiquado. Películas Rodríguez. 100 minutos. 

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