Filme do Dia: Daddy's Double (1910), Lloyd Lonergan
Daddy’s Double (EUA, 1910). Rot. Original: Lloyd Lonergan.
Fotografia: Blair Smith. Com: Frank Hall Crane, Fred Santley, Isabelle Daintry.
Pai
(Crane) excessivamente cuidadoso não quer ver sua jovem filha (Daintry) casada
ainda tão moça e faz questão de afastar o assédio do seu jovem enamorado
(Santley) várias vezes e, finalmente, ao enviá-la para um internato. O
persistente jovem, no entanto, tenta fugir com a moça e é flagrado pela dona do
internato. Ele então possui a idéia de se fazer passar pelo pai da moça e,
caracterizado como tal, consegue convencer tanto o motorista do verdadeiro pai
quanto a dona do internato e procura um juiz para se casar. O verdadeiro pai,
desesperado, segue o seu carro, e quando adentra a casa do juiz, acaba se
deparando com um sósia de si mesmo. Quando o jovem desfaz o mal-entendido,
retirando o disfarce, o pai finalmente aprova a relação do casal.
Não há
registros sobre quem tenha dirigido esta trivial produção para o estúdio primo
pobre da Biograph. Trivial tanto em termos de narração quanto – e talvez
principalmente – em termos de estilo visual, já que não faz uso praticamente de
movimentos de câmera e a espera dinâmica da perseguição final, que por vezes
ganharia uma alternância de planos para valorizar o suspense nos filmes de
Griffith, aqui segue ainda os preceitos dos filmes de perseguição de meados da
década, com o plano ressistindo a passagem dos dois carros para somente então
passar para o plano seguinte. Daintry, cuja estréia se deu nesse filme, teria
uma breve carreira de não mais que cinco anos. Santley e Crane trabalhariam até
o final de suas vidas, na maior parte das vezes em pontas sequer creditadas.
Thanhouser Film Corp. 15 minutos e 42 segundos.
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