Filme do Dia: Para Sempre Alice (2014), Richard Glatzer & Wash Westmoreland
Para
Sempre Alice (Still Alice, EUA,
2014). Direção: Richard Glatzer & Wash Westmoreland. Rot. Adaptado: Richard
Glatzer & Wash Westmoreland, a partir do romance de Lisa Genova. Fotografia:
Denis Lenoir. Música: Ilan Eshkeri. Montagem: Nicolas Chaudeurge. Dir. de arte:
Tommaso Ortino. Cenografia: Susan Perlman. Com: Julianne Moore, Alec
Baldwin, Kristen Stewart, Shena McRae, Hunter Parrish, Seth Gilliam, Stephen
Kunken.
A Dra. Alice Howland (Moore), brilhante
professora e pesquisadora na área de neurolinguística na Universidade de
Columbia subitamente passa a se sentir estranha e é diagnosticada com
Alzheimer. Como ela tem pouco mais de 50 anos, ela e o esposo John (Baldwin)
decide contar tudo aos filhos, pois
sabem da enorme possibilidade, em termos de transmissão genética. Tom (Parrish)
não possui o gene, já Anna (Bosworth) o possui e Lydia (Stewart), a caçula,
prefere não fazê-lo. A situação se deteriora em pouco tempo. Alice é afastada
da universidade, mas participa de uma
apresentação pública sobre seu
sofrimento. Tal apresentação representa muito para ela. Com John tendo que se
afastar e ir morar em outro estado, quem fica morando com a mãe passa a ser
Lydia.
Embora relativamente exangue em termos de
peripécias, o filme não deixa de ser emocionalmente manipulativo em diversos
momentos, notadamente naquele em que Alice irá proferir sua palestra diante de
uma emocionada plateia e de sua família e médico. Ou ainda na tentativa de elaboração
dramática mais próxima entre as personagens de Alice e sua filha Lydia que,
indo na contracorrente dos outros irmãos, decide seguir carreira como atriz e,
ironia do destino, será quem pouco tempo depois cuidará da mãe, que lhe
alertava a respeito das dificuldades da vida e sobre a necessidade de possuir
um “plano B” caso sua carreira em
profissão tão instável não vingasse a ponto de sustentá-la. Por mais que a
trilha sonora igualmente insista em fazer aflorar emoções, parece algo como
tirar leite de pedra em um filme já demasiado disposto a seguir protocolos
rotineiros de pretensa identificação com as situações dispostas. Lutzus-Brown
para Sony Pictures Classics. 101 minutos.
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