Filme do Dia: A Morte Caminha na Chuva (1948), Carlos Hugo Christensen
A Morte Caminha na Chuva (La Muerte Camina in la Lluvia,
Argentina, 1948). Direção: Carlos Hugo Christensen. Rot. Adaptado: Carlos Hugo
Christensen & César Tiempo, baseado no romance de Stanislas-André Steeman.
Fotografia: Alfredo Traverso. Música: George Andreani. Montagem: Martín
Morazzo, Sebastian C. Perilio & A. Rampoldi. Dir. de arte: Jean de Bravura.
Cenografia: Francisco Guglielmino. Com: Pablo Acciardi, Guillermo Battaglia,
Juan Corona, Margarita Corona, Nicolás Fregues, Agustín Orrequia, Horacio
Peterson, Amália Sánchez Ariño, Olga Zubarry, Orestes Soriani.
O
jornalista Lucho Rivas (Peterson), descobre que o assassino que anda
aterrorizando as noites da cidade de Buenos Aires
se encontra hospedado na mesma pousada na qual vive sua namorada, a noiva do
jornalista Lila (Zubarry), sua proprietária, Valeria Duval (Corona), o mago
Merlín (Acciardi), um cirurgião (Soriani) impedido de operar, o artista que se
diz russo Boris Andreieff (Battaglia), um relojoeiro que se chama Lamas
(Corona) e o maduro casal Vargas (Orrequia e Ariño).
Trata-se de um filme que tenta capitalizar o seu interesse
completamente no seu estilo Agatha Christie de narrativa, ou seja, tentar se
adivinhar o criminoso, pressupondo uma descoberta pouco convencional ao final.
Para tanto, sacrifica tudo o mais. Os personagens são tipos bem superficiais,
as interpretações não menos que canhestras, mesmo para o tom farsesco buscado e
o estilo se torna ainda mais tosco ao tentar copiar valores de produção
importados do cinema americano (inicialmente se assemelha a um noir) ou europeu, mas certamente para o
acento excêntrico que a narrativa exige e a torna distinta do padrão
anglo-saxão de Christie, certamente a adaptação anterior de Clouzot, com
prováveis doses até mesmo de surrealismo, devem ter produzido um efeito bem
mais interessante. Ao início e final são feitas referências ao próprio texto
enquanto radionovela e filme, à guisa de satisfazer provavelmente alguns cinéfilos
e críticos da época. Christensen desenvolveria uma carreira internacional,
realizando boa parte dela no Brasil, dirigindo mais de meia centena de filmes
em mais de 50 anos de carreira. Lumiton. 73 minutos.
Puxa! Não conheço este. Só vi alguns filme do CHC, mas todos da fase brasileira.
ResponderExcluirEntão, não sou exatamente um admirador desse realizador, seja de seus filmes brasileiros ou argentinos, ou melhor do pouco que conheço, pois ele tem coisa para caramba, mas vale a pena conferir, se tiver despertado a curiosidade...
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