Filme do Dia: King Kong (1933), Merian C. Cooper & Ernest B.Schoedsack
King Kong (EUA, 1933).
Direção: Merian C. Cooper & Ernst B. Schoedsack. Rot. Original: James
Ashmore Creelman & Ruth Rose sob o argumento de Merian C. Cooper &
Edgar Wallace. Fotografia: Edward Linden, J.O.Taylor & Vernon L. Walker.
Música: Max Steiner. Montagem: Ted Cheesman. Dir. de arte: Carrol Clark, Alfred
Herman & Van Nest Polglase.
Cenografia: Thomas Little & Ray Moyer. Figurinos: Ethel Beach & Tommy
Clark. Com: Fay Wray, Robert Armstrong, Bruce Cabot, Frank Reicher, Sam Hardy,
Noble Johnson, Steve Clemente, James Flavin.
O cineasta e explorador Carl Denham (Armstrong)
procura uma garota para estrelar sua próxima aventura nos mares do sul. Sem
conseguir nada com seus agentes, ele próprio sai a procura, encontrando a
frágil e esfomeada Ann Darrow (Wray). Juntos a uma numerosa tripulação eles
partem. Ann tem um envolvimento afetivo com Jack Driscoll (Cabot). Na primeira investigação na ilha que encontram revela a presença de nativos que realizam um culto a seu
deus. Esse vem a ser ninguém menos que um enorme gorila conhecido como Kong.
Ann é sequestrada pelos nativos para servir de oferenda para Kong.
Com boa parte da tripulação morta no contato com o monstro e com os dinossauros
que povoam a ilha, Denham consegue sedar o monstro e o leva para expor em Nova
York. No meio da apresentação no teatro lotado, no entanto, o monstro consegue
se soltar e foge com sua amada para o topo do Empire State.
Mesmo prejudicado por não permitir que se admire
a bela fotografia do original (nessa cópia colorizada), o filme ainda se
mantém, assim como Metropolis
(1927), como um marco divisor em relação às super-produções repletas de efeitos
especiais que povoam as telas até hoje, e que ganharam um novo fôlego com a
geração de Spielberg, Lucas e seus seguidores. Nesse quesito, suas trucagens
conseguem manter o seu fascínio, tendo sido matriz para inúmeras cópias de
menor talento. Porém, para além dessa dimensão a criação de uma atmosfera para
sua expedição e a relativa menor exploração dos efeitos demonstram sua
superioridade sobre sua pouco inventiva refilmagem em 2005. O filme não deixa
de evidenciar, em diversos momentos, que seu mote fora a fábula da Bela e da
Fera. E, tampouco deixa de ser satírico com os próprio realizadores, quando é
sabido que a dupla Cooper e Schoedsack fora responsável por alguns
documentários que exploravam universos distantes e “exóticos” como Chang (1927), filmado na Tailândia ou
enquanto membros da expedição que acompanha uma tribo nômade iraniana em Grass (1925). Existe uma versão
restaurada com 4 minutos adicionais. RKO Radio Pictures. 100 minutos.
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