Filme do Dia: Pecados Inocentes (2007), Tom Kalin
Pecados
Inocentes (Savage Grace,
EUA/Espanha/França, 2007). Direção: Tom Kalin. Rot. Adaptado: Howard A. Rodman,
baseado no livro de Natalie Robins & Steven M.L. Aronson. Fotografia: Juan
Miguel Azpiroz. Música: Fernando Velásquez. Montagem: John F. Lyons. Victor Molero
& Deborah Chambers. Figurinos: Gabriela Salaverri. Com: Julianne Moore,
Stephen Dillane, Eddie Redmayne, Abel Folk, Elena Anaya, Hugh Dancy, Barney
Clark, Mapi Galán.
Tony (Redmayne) é o filho mimado de Barbara Baekeland
(Moore) que cresce acompanhando os pais por diversos lugares. Barbara encontra
apoio e cumplicidade no filho que não encontra no marido, o distante Brooks
(Dillane). Tony tenta engatar namoro com Blanca (Anaya), mas a garota finda o relacionamento e parte com Brooks, deixando Barbara desesperada e confusa. Após uma tentativa de
suicídio, Barbara faz sexo com o próprio filho. Tony surta e, tempos depois, a
mata.
Kalin retorna a elementos de seu filme de estréia, Swoon (1992) como o assassinato
praticado por um homossexual protagonista da elite, motivo de escândalo
nacional em suas respectivas épocas e baseado igualmente em fatos reais.
Esteticamente, no entanto, o filme se diferencia bastante do bem mais
estetizado e auto-referente filme anterior.
Ainda que Kalin demonstre uma muito maior segurança na direção de atores,
o filme se ressente de sua súbita mudança de chave: de sutil, atmosférico e
enigmático drama familiar em sua primeira metade para uma aparente falta de
orientação e sutileza da sua segunda, quando descreve a gradual decadência
econômica e moral de Barbara. O resultado final, próximo da descrição de uma
elite bon vivant, tal como em O Talentoso Ripley transforma-se em
algo de crescentemente grotesco, presa de um crescente voyeurismo mórbido em
relação ao incesto entre mãe e filho. A Contraluz Films/ATO Pictures/Killer Films/Montfort
Producciones para IFC Films. 97 minutos.
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