(...)  o sol desceu atrás de uma nuvem e não surgirá de novo, porque a nuvem pesa sobre as montanhas. Mas o céu permaneceu límpido, ou melhor, tornou-se úmido,  como em certos dias que chove ao longe. Neste momento, tenho a impressão de estar só em todo o Castelo. Da cidade baixa sobem as ladainhas dos carros e o vozerio do povo, e mais do que nunca me parece que estou sozinho nesta necrópole, tão distante do mundo.

(Elio Vittorini, Sardenha como uma Infância, p. 72)

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