Filme do Dia: Entre Dois Amores (1985), Sydney Pollack
Entre Dois Amores (Out of
Africa, EUA, 1985). Direção: Sydney Pollack. Rot. Adaptado: Kurt
Luedtke, baseado nos livros Isak
Dinensen: the Life of a Storyteller, de Judith Turman, Silence Will Speak, de Errol Trzebinski e nas memórias de Isak
Dinensen. Fotografia: David Watkin. Música: John
Barry. Montagem: Pembrooke J. Herring, Sheldon Kahn, Frederic Steinkamp &
William Steinkamp. Dir. de arte: Stephen B. Grimes, Colin Grimes, Cliff
Robinson & Herbert Westbrook. Cenografia: Josie MacAvin. Figurinos: Milena
Canonero. Com: Meryl Streep, Robert Redford, Klaus Maria Brandeur, Michael
Kitchen, Malick Bowens, Joseph Thiaka, Stephen Kinyanjui, Michael Gough.
A
dinamarquesa Karen Blixen (Streep) aceita um casamento formal com o Barão Bror
Blixen (Brandeur), que vive no Quênia. Ao chegar ao local tem que enfrentar
várias adversidades, como o desejo do marido de plantar café, suas constantes
saídas para safáris e traições, a I Guerra Mundial e a sífilis contraída do
marido, que a faz retornar a Dinamarca. Ao retornar, estreita os laços com o
aventureiro solitário Denys Hatton (Redford), de quem se torna amante. Porém o
senso de autonomia de Denys não suporta a pressão de Karen, e ele também parte.
Bror entra em acordo com Karen pelo divórcio. Karen perde toda a colheita de
café em um incêndio. Falida, decide retornar para a Dinamarca. Denys afirma
finalmente ter sido vencido e não conseguir mais se manter solitário, propondo
uma união estável. Quando ela efetua a mudança e a venda de seus objetos, Bror
chega com a notícia da morte de Denys em um acidente de avião.
Embora
com todo o material para realizar um melodrama típico, Pollack faz uso de uma
relativa contenção emocional no trato de sua narrativa inspirada na biografia
da famosa autora de contos Isak Dinensen, antes de seu ingresso no mundo
literário. O que não se sucede na meia-hora final do filme, crescentemente
sentimental e manipulativa emocionalmente. O resultado final, no entanto, é
bastante equilibrado para os padrões de super-produção em que o filme foi
produzido. Mesmo a belíssima e tocante trilha musical de Barry não chega a ser
utilizada de modo excessivo, a não ser, talvez em uma cena de vôo rasante de avião pelas pradarias africanas, uma das mais lembradas quando se evoca o filme. Tampouco os atores são excessivos em suas
interpretações. O título brasileiro está longe de ser fiel, no sentido de que
Karen não mantém uma relação com os dois homens ao mesmo tempo. Mirage
Ent./Universal Pictures. 160 minutos.
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