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Filme do Dia: Feras Que Foram Homens (1950), Jean Negulesco

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F eras Que Foram Homens ( Three Came Home , EUA, 1950). Direção: Jean Negulesco. Rot. Adaptado: Nunnaly Johnson, baseado no livro de Agnes Newton Keith. Fotografia: Milton R. Krasner & William H. Daniels. Música: Hugo Friedhofer. Montagem: Dorothy Spencer. Dir. de arte: Leland Fuller & Lyle R. Wheeler. Cenografia: Thomas Little & Fred J. Rode. Com: Claudette Colbert, Patrick Knowles, Florence Desmond, Sessue Hayakawa, Sylvia Andrew, Mark Keuning, Phyllis Morris, Howard Chuman. 1941. Agnes Keith (Colbert) vive com o filho George (Keuning) e o marido Harry (Knowles) em Borneu, Indonésia, no momento da ocupação japonesa da ilha. Separada do marido, ela é levada com o filho para outro campo de prisioneiros. A situação estafante de trabalhos forçados se agrega a tortura física e psicológica depois que ela afirma que sofrera violência de um soldado japonês durante certa noite, porém não tem como identificar o mesmo. O comandante do campo de prisioneiros, Coronel Suga (Ha

Filme do Dia: As Mil e Uma Noites (1974), Pier Paolo Pasolini

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A s Mil e Uma Noites ( Il Fiore Delle Mille e una Notte , Itália/França, 1974). Direção: Pier Paolo Pasolini. Rot. Original: Pier Paolo Pasolini & Dacia Maraini. Fotografia: Guiseppe Ruzzolini. Música: Ennio Morricone. Montagem: Nino Baragli & Tonino Casini Morigi. Dir. de arte: Dante Feretti. Figurinos: Danilo Donati. Com: Ninetto Davoli, Franco Citti, Tessa Bouché, Margaret Clementi, Ines Pellegrini, Franco Merli, Christian Aligni, Francesco Paolo Governale, Salvatore Sapienza, Abadit Ghidei, Alberto Argentino. Fecho da “trilogia da vida” que segue Decameron (1970) e Os Contos de Canterbury (1972). Assim como os antecessores faz uso de narrativas clássicas e de domínio popular. Mais ainda que nos anteriores, faz-se presente a utilização de narrativas dentro de narrativas e contribui para um resultado interessante menos por alguns de seus momentos isolados que o todo, graças a reunião de elementos como humor, erotismo, interpretações semi-amadoras e soberbas locaçõe

Filme do Dia: Um Beatle no Paraíso (1969), Joseph McGrath

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U m Beatle no Paraíso ( The Magic Christian , Reino Unido, 1969). Direção: Joseph McGrath. Rot. Adaptado: Terry Southern & Joseph McGrath. Fotografia: Geoffrey Unsworth. Música: Ken Thorne. Montagem: Kevin Connor. Dir. de arte: Assheton Gorton & George Djurkovic. Figurinos: Evangeline Harrison. Com: Peter Sellers, Ringo Starr, Isabel Jeans, Caroline Blakinston, Wilfrid Hyde-White, Richard Attenbourough, Leonard Frey, Yul Brinner. Guy Grand (Sellers) é um milionário excêntrico e o homem mais rico do mundo. Ele resolve adotar um morador de rua, Youngman (Starr) como filho. Guy sai junto ao filho buscando provar que o dinheiro pode comprar tudo, das atenções exclusivas de um restaurante de luxo ao ato de dormir no gramado de um parque público, da destruição de obras de arte referenciais a uma tradicional prova esportiva de remo. Toda a sociedade londrina é convidada para a inauguração do fabuloso transatlântico de Guy, que é um um grande fiasco e leva a multidão não para

Filme do Dia: Entre o Céu e o Inferno (1956), Richard Fleischer

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E ntre o Céu e o Inferno ( Between Heaven and Hell , EUA, 1956). Direção: Richard Fleischer. Rot. Adaptado: Harry Brown, baseado no romance de Francis Gwaltney. Fotografia: Leo Tover. Música: Hugo Friedhofer. Montagem: James B. Clark. Dir. de arte: Addison Hehr & Lyle R. Wheeler. Figurinos: Walter M. Scott & Charles Vassar. Figurinos: Charles Le Maire & Mary Wills. Com: Robert Wagner, Terry Moore, Broderick Crawford, Bubby Ebsen, Robert Keith, Brad Dexter, Mark Damon, Ken Clark.            Na Segunda Guerra, Sam Gifford (Wagner) é um inescrupuloso comerciante de algodão, que explora seus colonos, provocando a ira de sua esposa Jenny (Moore), filha do renomado Coronel Cousins (Keith). Gifford, contra sua vontade, é convocado para a guerra e lá é convidado a receber a estrela de prata por um ato heróico, embora tenha ficado traumatizado com a morte do melhor amigo em uma ação desastrada de um tenente que Gifford quase mata. Como punição, ele é transferido para o bata

Filme do Dia: O Estranho com uma Mulher (1966), Mikio Naruse

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O  Estranho com uma Mulher ( Onna no Naka ni iru Tanin , Japão, 1966). Direção: Mikio Naruse. Rot. Adaptado: Toshiro Idê, baseado no romance de Edouard Atiyah. Fotografia: Yasumichi Fukuzawa. Música: Hikaru Hayashi. Montagem: Hideshi Ohi. Dir. de arte: Satoshi Chuko. Com: Keiju Kobayashi, Michiyo Aratama, Mitsuko Kusabue, Tatsuya Mihashi, Akiko, Wakabayashi, Daisuke Katô, Toshio Kurosawa, Hisao T oake. Isao Tashiro (Kobayashi) se encontra cada vez mais tenso após a descoberta que a esposa de seu melhor amigo, Sayuri (Wakabayashi) foi assassinada. A tragédia da família vizinha começa a fazer sombra também na família Tashiro. Isao confessa a mulher, Masako (Aratama), que era amante de Yumiko. Seu crescente isolamento e tensão nervosa o levam a passar uns dias em um spa, onde conta a esposa que ele matara Yumiko em meio as brincadeiras amorosas que ela mesma propôs. Mesmo se sentindo aliviado por agora compartilhar seu segredo com a esposa, Isao não se livra da culpa. Tendo pesade

Filme do Dia: The Water Nymph (1912), Mack Sennett

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T h e Water Nymph (EUA, 1912). Direção: Mack Sennett. Com: Mabel Normand, Mack Sennett, Ford Sterling, Gus Pixley, Edward Dillon, Mary Maxwell. George (Sennett) convida sua namorada (Normand), que ainda não apresentou aos pais à praia, pois o pai, subitamente energizado, quer se divertir e paquerar. Ao lá chegarem, o pai se sente atraído justamente pela namorada de George e lhe corteja, abandonando a mulher na mesa do restaurante. O encontro dos quatro à mesa ao final é o momento em que George a apresenta aos pais, ainda que o pai não disfarce sua frustração. Esse, que é considerado o primeiro curta que Sennett realizou com suas “bathing beauties” (ironizadas de forma marcante em Flim Flam Films , animação com o Gato Felix) praticamente deixa em segundo plano o amor cortês e apropriado entre os jovens para apresentar a lubricidade do velho pai. Como era costume na época, a figura feminina surge como completamente passiva aos cortejos de outro homem, mesmo se encontrando engaja

The Film Handbook#104: David Lean

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David Lean Nascimento: 29/03/1908, Croydon, Inglaterra Morte: 16/04/1991, Londres, Inglaterra Carreira (como diretor): 1942-1984 A legações de que David Lean seja o maior diretor romântico britânico são estranhamente vinculadas com sua atenção pedante ao detalhe e sua concepção de arte opressivamente de classe média. Um técnico maior, ele é também enfadonho e restrito a concepção de realizador visto como um pouco mais que um adaptador literário com um gosto duradouro, mesmo que equivocado, pelo modo épico. Após uma infância quaker que o proibia de assistir filmes, Lean traçou firmemente seu caminho dentro da indústria cinematográfica de rapaz do chá a montador, em cuja categoria trabalharia para Paul Czinner, Anthony Asquith, Gabriel Pascal e Michael   Powell . Sua estreia como diretor se deu em colaboração com Noel Coward com uma versão do dramaturgo de  Nosso Barco, Nossa Alma / In Which We Serve , propaganda patriótica sobre marinheiros sobreviventes do ataque de torpedo d

Filme do Dia: Stalker (1979), Andrei Tarkovski

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S talker (URSS/Alemanha, 1979). Direção: Andrei Tarkovski. Rot. Original: Arkadi & Boris Strugatski. Fotografia: Aleksandr Knyazinsky. Música: Eduard Artemiev. Dir. de arte: Andrei Tarkovski. Figurinos: Yelena Fomina. Com: Aleksandr Kajdanovski, Anatoli Solonitsin, Alisa Frejndlikh, Nikolai Grinko, Natasha Abramova. Num país onde é impossível abandonar suas fronteiras, um “stalker” (Kajdanovski) – denominação para foragido – leva um grupo muito seleto de pessoas a uma realidade completamente diversa: a Zona. Trata-se de uma experiência inesquecível para quem a vivencia, pois boa parte das noções de tempo e espaço do mundo convencional, encontram-se suspensas. Stalker abandona mais uma vez a esposa (Frejndlikh) e a filha Marta (Abramova) para guiar dois outros homens, um escritor (Solonitsin) e um cientista (Grinko). Os dois descobrem um mundo deserto, onde irão passar as mais diversas provações, com o intuito de reconquistarem a fé. Porém, ao fim da extenuante jornada, amb

Filme do Dia: Almas em Leilão (1959), Jack Clayton

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A lmas em Leilão ( Room at the Top , Reino Unido, 1959). Direção: Jack Clayton. Rot. Adaptado: Neil Paterson & Mordecai Richler. Fotografia: Freddie Francis. Música: Mario Nascimbene. Montagem: Ralph Kemplen. Dir. de arte: Ralph W. Brinton. Com: Laurence Harvey, Simone Signoret, Heather Sears, Donald Wolfit, Donald Houston, Hermione Baddeley, Alan Cuthbertson. Joe Lampton (Harvey), de origem humilde e recém-chegado numa pequena cidade, planeja um casamento com a filha de um  industrial e mais rico e influente homem do local, Susan (Sears). Porém, ele se envolve emocionalmente com uma atriz francesa dez anos mais velha, Alice (Signoret). O pai de Susan (Wolfit), concorda com o casamento, após observar que não existe outra solução melhor, porém o alerta para abandonar sua relação com Alice, cujo marido, George (Cuthbertson), não pretende concordar com o divórcio. Joe não tem outra opção que romper com Alice. No mesmo momento em que se festeja no seu trabalho o anúncio de seu

Filme do Dia: The Quail Hunt (1935), Walter Lantz

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T he Quail Hunt (EUA, 1935). Direção: Walter Lantz. Rot. Original: Tex Avery, Walter Lantz & Victor McLeod. Música: James Dietrich. Osvaldo, o Coelho, resolve partir à caça de pássaros com seu cão. Os pássaros fazem com que o cão quase despenque em um abismo, sendo salvo justamente por eles. A partir de então o cão passa a ser um aliado dos pássaros, lutando contra a ave de rapina que pretende se apoderar dos mesmos. Ao final, o cão consegue afastar a ave e fazer um “acordo de paz” entre seu dono e os pássaros. Esse curta, já na fase final da produção vinculada ao personagem, iniciada 8 anos antes, com Disney, apresenta continuidade com a produção prévia, inclusive – ao menos na cópia em questão – a ausência de banda sonora e de cores e um estilo de animação ainda bem próximo da produção pioneira. Mas também há diversidade em relação à produção anterior, apresentando alguns motivos que, não por acaso (já que um de seus roteiristas é ninguém menos que Tex Avery), tornar-se-i

Filme do Dia: Caminhos Perigosos (1973), Martin Scorsese

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C aminhos Perigosos ( Mean Streets , EUA, 1973). Direção: Martin Scorsese. Rot. Original:  Martin Scorsese & Mardik Martin, a partir do argumento de Scorsese. Fotografia: Kent L. Wakeford. Montagem: Sidney Levin. Com: Harvey Keitel, Robert De Niro, David Proval, Amy Robinson, Richard Romanus, Cesare Danova, Victor Argo, George Memmoli. Charlie (Keitel) trabalha para o tio gangster, envolvendo-se com uma garota, Teresa(Robinson), que o tio desaprova por ser epiléptica e tendo como melhor amigo, seu primo, Johnny Boy (De Niro), arruaceiro inverterado de tendências psicóticas. As atitudes de Johnny Boy fazem com que ele seja marcado para morrer, deixando Charlie numa situação bastante difícil. Juntamente com Teresa e Johnnny Boy ele improvisa uma fuga para o Brooklyn, mas seu carro é abordado antes de lá chegar. Esse filme, provavelmente o melhor do realizador, consegue guardar um frescor, sobretudo em sua primeira metade, que capta como poucos a atmosfera do Little Italy

Filme do Dia: O Inferno Branco de Pitz Palu (1929), Arnold Fanck & G.W.Pabst

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O Inferno Branco de Pitz Palu ( Die weiße Hölle vom Piz Palü , Alemanha, 1929). Direção: Arnold Fanck & G. W. Pabst. Rot. Original: Arnold Fanck & Ladislaus Vajda. Fotografia: Sepp Allgeier, Richard Angst & Hans Schneeberger. Montagem: Arnold Fanck. Cenografia: Ernö Metzner. Com: Gustav Diessl, Leni Riefensthal, Ernst Petersen, Ernst Udet, Mizzi Götzel, Otto Spring, Kurt Geron, Charles McNamee, Mizzi Gotzel. Dr. Johannes (Diessl) sobe a dificil montanha Nevada de Pitz Palu com a esposa (Gotzel) que é atingida por uma avalanche de neve. Ele bate na porta do jovem casal, Maria (Riefensthal) e Hans (Peterson) e abre seu coração para Maria, que se sente atraída por ele. Juntos, partem para uma escalada a montanha, em que Hans se fere gravamente e os três agonizam de frio até a sua descoberta por um aviador amigo do casal. O casal consegue ser resgatado, mas Johannes é sepultado pela neve. O filme talvez seja o auge de todo o ciclo de “filmes da montanha” que teve c

Filme do Dia: Da Nao Tian Gong (1965), Wan Laiming

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D a Nao Tian Gong (China, 1965). Direção: Wan Laiming. Rot. Adaptado: Li Kuero & Wan Laiming, baseado na lenda de Xi You Ji . Música: Wu Ying-Chu. Dir. de arte: Zhang Guangyu. O Rei Macaco vai em busca de um instrumento apropriado e poderoso com o qual ele possa ensinar aos mais jovens as artes marciais. Após consegui-lo ele terá que enfrentar os deuses celestiais, que não o desejam como uma de suas entidades, mas tem que negociar com o mesmo por conta de seus grandes poderes, conquistados com o auxílio do bastão mágico que o Rei Macaco adquiriu. No lado oposto do Rei Macaco se encontra o Deus de Jade que, sem sucesso, tenta sob todas as formas dobrar, aprisionar ou mesmo destruir o Rei Macaco. As primeiras tentativas belicosas, sob orientação do General Li não dão em nada e uma saída diplomática é tentada pelo Deus da Estrela do Norte. Ele sugere uma nomeação decorativa ao Rei Macaco, que descobre a farsa da pior maneira possível e resolve enfrentar diretamente as forças

Filme do Dia: O Porto (2011), Aki Kaurismäki

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O Porto ( Le Havre , Finlândia/França, 2011). Direção e Rot. Original: Aki Kaurismäki. Fotografia: Timo Salminen. Montagem: Timo Linnasalo. Dir. de arte: Wouter Zoon. Figurinos: Frédéric Cambier. Com: André Wilms, Kati Outinen, Jean-Pierre Darroussin, Blondin Miguel, Elina Salo, Evelyne Didi, Quoc Dung Nguyen, Laïka, Pierre Étaix, Jean-Pierre Léaud , Roberto Piazza. Na Normandia, Michel Marx (Wilms) é um sexagenário que tenta levar a vida sendo engraxate de improviso, ao mesmo tempo que encontra completo apoio na esposa, Arletty (Outinen), que sofre dores insuportáveis e pede que a leve ao hospital. Enquanto isso, um grupo de refugiados africanos é descoberto no porto, sendo que um garoto, Idrissa (Miguel), consegue fugir e passa a ser acompanhado discretamente por Marx, que lhe oferece comida. Arletty descobre que se encontra com uma grave enfermidade, mas pede ao médico (Étaix)  que não diga a verdade a Marx. Ao chegar em casa certo dia, Marx encontra Idrissa em sua casa. O ca

The Film Handbook#103: Yilmaz Güney

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Yilmaz Güney Nascimento: 01/04/1937, próximo de Adana, sul da Anatólia, Turquia Morte: 09/09/1984, Paris, França Carreira (como realizador): 1966-1983 O s métodos de produção e, na verdade, o sentido dos filmes para os quais Yilmaz Güney (nascido Putun) se tornou mais conhecido permanecem inextricavelmente vinculados às condições problemáticas de suas realizações. Tal é o talento de Güney como diretor-roteirista, no entanto, que um conhecimento da história política turca não é necessário para apreciar sua obra. Após estudar direito e economia, Güney entrou na indústria do cinema no final dos anos 50 como roteirista e assistente de direção. Segue-se uma sentença de prisão por um romance considerado pró-comunista, estabelecendo-se então como ídolo das matinês ("O Rei Feio") em aventuras heroicas que ele próprio escrevia. Em 1966 realizaria sua estreia como diretor com The Horse, The Woman, The Gun / At Avrat Silah ; não foi senão em 1970, no entanto, que ele desenvolve

Filme do Dia: O Convidado Inoportuno (1945), George Gordon

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O Convidado Inoportuno ( The Unwelcome Guest ,   EUA, 1945). Direção: George Gordon. Música: Scott Bradley. O Urso Barney se vê as turras com um gambá que decide segui-lo para comer as amoras que colheu. Após muito penar, o urso se conforma em compartilhar sua casa com o gambá. Ainda que tecnicamente estas animações produzidas para a Metro se encontrem entre as mais perfeitas, em sua mobilidade, no mercado de animação em curta-metragem da época, descontada talvez a Disney, esta série estrelada por Barney parece dirigida especificamente e exclusivamente  para o público infantil de mais tenra idade, faltando não apenas a ironia escrachada de seus concorrentes da Warner, como mesmo uma sátira mais leve aos valores familiares da classe média rural norte-americana, também representados através da antropormofização de ursos, como no desenho do mesmo estúdio e de longe mais divertido A Rainy Day with the Bear Family (1940). Curiosamente, a única nota irônica por sinal é uma referênci

Filme do Dia: La Storia Siammo Noi: Il Suicidio di Luigi Tenco (2006), Giovanni Minoli

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L a Storia Siammo Noi: Il Suicidio di Luigi Tenco  (Itália, 2006). Direção: Giovanni Minoli. Documentário produzido pela TV italiana a respeito do cantor Luigi Tenco (1938-1967), tragicamente desaparecido em meio ao Festival de San Remo de 1967, aparentemente após ter se suicidado com um tiro, seguindo-se a sua desclassificação com a música de protesto político Ciao Amore Ciao . Não se detém propriamente sob as circunstância de sua morte ou sobre  o novo veredito confirmado de suicídio então recente (2005), mas sobre vários aspectos, que incluem sua morte, dentre eles a sua vinculação a chamada “escola genovesa” de cantores que inclui Gino Paoli, Fabrizio de Andre e Renzo Arbore, amigo íntimo do cantor e depoente. A maior parte das imagens e entrevistas são apropriações de material original que inclui fotografias, programas de TV, o filme que Tenco participou, dirigido por Luciano Salce  ( La Cuccagna , de 1962), que havia dirigido no Brasil em meados da década anterior Floradas

Filme do Dia: O Tempo Não Apaga (1946), Lewis Milestone

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O Tempo Não Apaga ( The Strange Love of Martha Ivers , EUA, 1946). Direção: Lewis Milestone. Rot. Adaptado: Robert Rossen & Robert Riskin, baseado no conto Love Lies Bleeding , de John Patrick. Fotografia: Victor Milner. Música: Miklós Rózsa. Montagem: Archie Marshek. Dir. de arte: Hans Dreier & John Meehan. Cenografia: Sam Comer & Jerry Welch. Figurinos: Edith Head. Com: Barbara Stanywick , Van Heflin, Lizabeth Scott, Kirk Douglas , Judith Anderson, Roman Bohnen, Darryl Hickman, Janis Wilson, Ann Doran, Mickey Kuhn. Em 1928, Martha Ivers (Wilson), garota que foge da rigidez de uma tia tirana (Anderson), para se aproximar do jovem e rebelde Sam Masterson (Hickman) mata acidentalmente sua tia, numa provinciana cidade. Sua única testemunha é o garoto Walter O´Neil (Kuhn), que silencia por pressão de Martha e pela ganância de seu pai (Bohnen), que pretende amealhar boa parte da fortuna dos Ivers. Dezoito anos após, Sam Masterson  (Douglas) retorna ao local depois de

Filme do Dia: The Brown Bunny (2003), Vincent Gallo

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T he Brown Bunny (EUA, 2003). Direção, Rot. Original, Montagem, Dir. de arte, Cenografia e Figurinos: Vincent Gallo. Com: Vincent Gallo, Chloë Sevigny, Cheryl Tiegs, Elizabeth Blake, Anna Vareschi, Mary Morasky. Bud Clay (Gallo), piloto de moto profissional, atravessa os Estados Unidos até Los Angeles para acertar suas dívidas para com o passado trágico, que envolve sua ex-amante viciada em drogas Daisy (Sevigny) e um filho morto. Durante o caminho, encontra várias mulheres com quem mantém contatos ocasionais, como Violet (Vareschi), jovem que promete levar em sua viagem, mas que deixa na casa de sua família ou a prostituta Rose (Blake), que encontra em Las Vegas, paga uma merenda e a deixa em algum lugar da cidade. Gallo, cineasta do cultuado Buffalo`66 (1998), volta ao road movie numa incursão amarga e soturna pelo cenário americano, evocativa de muito do que já se produziu nesse sentido, da literatura beatnik ao cinema de Wim Wenders ( Paris, Texas pela similar epopéia

Filme do Dia: Monstros S.A. (2001), Pete Docter, David Silverman & Lee Unrich

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M onstros S.A. ( Monsters, INC., EUA, 2001). Direção: Pete Docter, David Silverman & Lee Unkrich. Rot. Original: Pete Docter, Jill Culton, Jeff Pidgeon, Ralph Eggleston, Andrew Stanton & Daniel Gerson, a partir do argumento dos quatro primeiros. Música: Randy Newman. Montagem: Robert Grahanjones & Jim Stewart. Dir. de arte: Harley Jessup, Tia W. Kratter, Bob Pauley & Dominique Louis. Cenografia: Jon Childless Farmer, Ellen Moon Lee, Phat Phuong & Elizabeth Torbitt. Em Monstrópolis, Sulley e Wazowski são dois amigos e colegas de trabalho que trabalham para a grande corporação Monsters Inc., que através do acesso a milhares de portas terrestres, consegue assustar as crianças do mundo todo ao mesmo tempo que geram a energia necessária ao país. Os monstros não podem ser tocados ou trazer nenhum objeto terrestre, sob o risco aparente de contaminação generalizada. Sulley certo dia encontra uma porta solitária fora do horário de trabalho que fazia parte dos subterfú

Filme do Dia: Gen Pés Descalços (1983), Mori Masaki

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G en Pés Descalçõs ( Hadashi no Gen , Japão, 1983). Direção: Mori Masaki. Rot. Original: Keiji Nakasawa. Fotografia: Kinishi Ishikawa. Música: Kentaro Haneda. Montagem: Harutoshi Ogata. Dir. de arte: Kazuo Oga. Hiroxima, agosto de 1945. Gen Nakaoka, sofre com a família os infórtunios da fome, mas são poupados dos bombardeios que assolam todas as grandes cidades japonesas. O cotidiano de Gen é ir, juntamente com o irmão mais novo, Shinji, ajudar o pai, Daikichi, a tentarem vender as pinturas que ele faz, para conseguirem comprar algo para comer. Certo dia, cansados e famintos os irmãos disputam um pedaço de batata doce, que é o que resta em casa e são repreendidos pela irmã mais velha, Eiko, sobre a necessidade da mãe se alimentar, pois se encontra grávida. Os irmãos, agora conscientes, conseguem encontrar um peixe, mas descobrem que faz parte da propriedade de um velho e ignorante senhor. Esse bate em Gen, mas quando fica sabendo da verdadeira história se sente compadecido e a

Filme do Dia: Portais do Céu (1978), Errol Morris

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  P ortais do Céu ( Gates of Heaven , EUA, 1978). Direção: Errol Morris. Fotografia: Ned Burguess. Música: Dan Harbets.  Montagem: Errol Morris.                              Filme de estréia do cultuado documentarista Morris. Morris se detém aqui em um cemitério de animais e tudo que envolve o tema. Seu filme é construído sobretudo, a partir de banais enquadramentos diretos para a camera fixa (sobretudo, aqui, dos proprietários do cemitério e de alguns de seus clientes). Porém, entremeia tais depoimentos com imagens grandemente estilizadas que parecem reforçar ou tentar representar mais um senso de estranheza que propriamente de comicidade ou ironia sobre o tema, ainda que por vezes tal dimensão pareça permanecer perigosamente ambígua. É pratica comum, por exemplo, o realizador intercalar depoimentos emocionados sobre os animais falecidos com fotos dos mesmos. Ou ainda registrar o “concerto” que um dos proprietários do cemitério, com um potente ampliador para sua guitarra, empreende