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The Film Handbook#69: Kenji Mizoguchi

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Kenji Mizoguchi Nascimento : 16/05/1898, Tóquio, Japão Morte : 24/08/1956, Quioto, Japão Carreira:  (como diretor): 1923-56 Apesar de somente uma fração da produção total de Kenji Mizoguchi ter sobrevivido (com quase dois terços de seus 80 a 90 filmes - incluindo praticamente todos os 55 realizados antes de 1936 hoje perdidos) torna-se claro com as cerca de dúzia de filmes observados comercialmente no Ocidente que ele foi um diretor maior, notavelmente não somente por sua simpatia radical sobre a posição social das mulheres no Japão, mas igualmente por seu estilo visual singularmente gracioso. Mizoguchi se aproximou do cinema após estudar a pintura ocidental e ilustrar anúncios de jornais. Após um ano como assistente de Osamu Wakayama iniciou sua prolífica carreira como diretor com A Resurreição do Amor / Yorû Yami no Sasayaki . A maior parte de seus filmes iniciais foram melodramas, filmes de ação e adaptações de sucessos literários ou teatrais e não foi antes de 1936 que co

Filme do Dia: Imputato, Alzatevi! (1939), Mario Mattoli

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Imputato, Alzatevi! (Itália, 1939). Direção: Mario Mattoli. Rot. Original: Mario Mattoli & Vittorio Metz, a partir do argumento de Anacleto Francini. Fotografia: Arturo Gallea. Música: Vittorio Mascheroni & Luigi Spaggiari. Montagem: Fernando Tropea. Dir. de arte: Piero Filippone. Cenografia: Mario Rappini. Com: Erminio Macario, Leila Guarni, Ernesto Almirante, Greta Gonda, Enzo Biliotti, Carlo Rizzo, Armando Migliari, Lola Braccini. Cipriano Duval (Macario) é um médico que leva sua vida rotineira, fingindo receber cartas de admiradoras e criando animais dos mais diversos em casa, não sendo levado a sério pelos colegas de trabalho. A situação muda de figura quando ele vem a ser equivocadamente tido como assassino de uma mulher. Com a repercussão do julgamento, Cipriano se torna uma celebridade do mundo do espetáculo. Pouco importa que muitos dos elementos dessa comédia desapareçam de todo ao longo de suas reviravoltas, como é o caso da mania de criar animais cultivad

Filme do Dia: O Cachorro (2004), Carlos Sorin

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O Cachorro ( Bombon , el Perro , Argentina/Espanha, 2004). Direção: Carlos Sorin. Rot. Original: Santiago Calori, Salvador Roselli & Carlos Sorin. Fotografia: Hugo Colace. Música: Nicolas Sorin. Montagem: Mohamed Rajid. Dir. de arte: Margarita Jusid. Figurinos: Ruth Fischerman. Com: Juan Villegas, Walter Donado, Gregorio, Micol Estévez, Kita Ca, Pascual Condito, Claudina Fazzini, Carlos Rossi, Mariela Díaz. Juan “Coco” Villegas (Villegas), mecânico desempregado, vive numa situação precária com a filha (Díaz), marido e neto na Patagônia. Terno e afetuoso, não consegue se fazer impor nos bicos que consegue para faturar algum dinheiro. Certo dia, no entanto, ao ajudar uma jovem com problemas em seu automóvel e rebocá-lo até ao sítio em que mora com sua mãe (Ka), a velha senhora presenteia-o com Bonbon (Gregorio), um dog argentino filho de um famoso campeão que era de seu falecido marido. O cachorro chama a atenção do gerente de um banco (Rossi) que indica que Villegas deve ir

Filme do Dia: Os Fuzis (1964), de Ruy Guerra

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Os Fuzis (Brasil, 1964). Direção: Ruy Guerra. Rot. Original: Ruy Guerra, Pierre Pelegri & Miguel Torres. Fotografia: Ricardo Aronovich. Música: Moacir Santos. Montagem: Raimundo Higino. Dir. de arte: Calazans Neto. Com: Átila Iório, Nélson Xavier, Hugo Carvana, Joel Barcellos, Maria Gladys, Paulo César Pereio, Antônio Pitanga, Cecil Thiré. Um grupo de soldados se desloca para uma pequena vila no interior da Bahia que sofre com os revezes da seca. O objetivo principal é de proteger o armazém de uma invasão da multidão de famintos. Em meio a uma situação de tensão, um dos homens, Pedro (Pereio) atira em um morador local quando mirou na cabra que ele perseguia. Um caminhoneiro cínico, Gaúcho (Iório), tenta incitar a massa faminta a se rebelar contra a situação. Quando observa a passividade com que um homem encara a morte do filho, desespera-se e rouba o fuzil de um dos soldados, Mário (Xavier), enfrenta a milícia, e é morto. Esse notável filme de Guerra, certamente o melhor d

Filme do Dia: Elizabeth: A Era de Ouro (2008), Shekhar Kapur

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Elizabeth: A Era de Ouro ( Elizabeth: The Golden Age , Inglaterra/França/Alemanha, 2008). Direção: Shekhar Kapur. Rot. Original: William Nicholson & Michael Hirst. Fotografia: Remi Adefarasin. Música: Craig Armstrong & A.R. Rahman. Montagem: Jill Bilcock. Dir. de arte: Guy Dias , David Allday & Frank Walsh. Cenografia: Richard Roberts. Figurinos: Alexandra Byrne. Com: Cate Blanchett , Clive Owen, Geoffrey Rush, Susan Lynch, Samantha Morton, Jordi Mollá, Eddie Redmayne, Adam Godley. A já Madura Elizabeth I (Blanchett) terá que se debater com problemas de foro íntimo, sua crescente solidão e ausência da figura masculina desde o amor de juventude, algo que se torna mais evidente quando surge Walter Raleigh (Owen), pirata que andara negociando pelas terras da América. E também com questões de política externa e interna. Tendo sofrido um atentado contra sua vida, Elizabeth também se depara com as forças do espanhol Felipe II da Espanha (Mollá) e com o assassinato de Mar

Filme do Dia: O Velho (1997), Toni Venturi

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O Velho (Brasil, 1997). Direção: Toni Venturi. Rot. Original: Di Moretti. Fotografia: Cleumo Segond. Música: Marcelo Goldman. Montagem: Cristina Amaral.                Através da inserção do jardim e o cultivo de rosas – bastante apreciado, aliás, pelo biografado – esse documentário unifica os cinco períodos em descreve a longa participação pública de Luís Carlos Prestes no cenário político nacional, além de alguns momentos da sua intimidade. A Inocência: anos de infância e o aprendizado militar que, junto com a educação da mãe são, provavelmente, as maiores influências para a sua rígida disciplina; a Revolta do Forte de Copacabana; a revolta contra Arthur Bernardes em São Paulo, em 1924; a Coluna Prestes; o exílio na Bolívia em 1927; contato com o marxismo; a Revolução de 30; o manifesto de Maio e o rompimento com Vargas. A Coragem: o exílio na URSS, em 1931; a relação com Olga; a ANL e as revoltas de Natal e Recife; a repressão desencadeada pós-revolta que culminou na morte

Filme do Dia: A Esquiva (2003), Abdellatif Kechiche

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A Esquiva ( L´Esquive , França, 2003). Direção: Abdellatif Kechiche. Rot. Adaptado: Ghalya Laroix. Fotografia: Lubomir Bakchev. Montagem: Ghalya Laroix. Dir. de arte: Michel Gionti. Figurinos: Maria Belloso-Hall. Com: Osman Elkharraz, Sara Forestier, Sabrina Ouzani, Nanou Benhamou, Hafet Ben-Ahmed, Carole Franck,  Aurélie Ganito, Hajar Hamlili, Meryem Serbah. Nos subúrbios de Paris, um grupo de estudantes argelinos ensaia uma adaptação teatral para a escola sob a orientação da professora de francês (Franck). A mais entusiasta de todos é Lydia (Forestier). Porém, a desistência do ator que contracena com ela na peça, por motivos profissionais, leva a que o amigo de infância de Lydia, Krimo (Elkharraz), assuma seu lugar. Porém ele só o faz porque se encontra interessado nela, após ter recebido um fora de sua namorada, Magali (Ganito). A situação gera uma grande tensão dentro do grupo, pois o melhor amigo de Krimo, Fathi (Ben-Ahmed) acha que ele deveria permanecer com Magali. Ta