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Mostrando postagens com o rótulo Curta Metragem

Filme do Dia: Treze Minutos ou Perto Disso (2008), William Branden Blinn

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  T reze Minutos ou Perto Disso ( Thirteen or So Minutes , EUA, 2008). Direção e Rot. Original: William Branden Blinn. Fotografia: Jonathan Benjamin. Música: Nicola Quilter. Montagem: Austin Anderson. Com: Nick Soper e Carlos Salas. Dois homens, Lawrence (Soper) e Hugh (Salas) após o bar vão até a casa do primeiro e lá fazem sexo. Após o sexo, Lawrence se pergunta incrédulo sobre o que houve e Hugh afirma ter gostado. Ambos nunca tinham tido relação com o mesmo sexo. Nesse curta a precariedade técnica e de atuação chega a ser um mal menor quando se tem em conta que o que resulta do mesmo é um típico produto de uma ideia. A excessiva subjetivação dessa ideia no plano cênico-dramático inexiste. Ao final de contas, nem se acredita nos personagens ou na situação em si nem muito menos na sua conformação final, com a tensão sendo resolvida com um abraço. Para um projeto que se predispunha   a  focar no momento logo após o ocorrido – e o título acaba fazendo menção à própria duração do me

Filme do Dia: Guerra$ (2005), Luiz Rosemberg Filho

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  G uerra$ (Brasil, 2005). Direção: Luiz Rosemberg Filho. Rot. Original: Luiz Rosemberg Filho & Sindoval Aguiar. Fotografia: Renaud Leenhardt. Montagem: Sidney Olivetti. Com: Olívia Zisman Bolliger As obsessões desse momento final da carreira do realizador se encontram muito presentes nesse curta (a guerra, o poder, a dificuldade da humanidade de lidar com o gozo) e também se refletem em uma postura estética também com muitas similaridades. Aqui não se faz uso da colagens tão frequentes em sua produção (em Auschwitz e Desobediência , por exemplo), mas se encontra presente uma ruptura ao longo da duração do vídeo, que aqui substitui as imagens de guerras (e da guerra particular brasileira, com tanques do exército nas favelas) americanas no Iraque e Afeganistão, fazendo uso de imagens de arquivo, e ao som da célebre Tocata e Fuga em Ré Menor BWV 565 de Bach a fala de alguém que apresenta um texto. Novamente uma mulher, novamente um texto de colarações nietzscheanas, ainda que sem

Filme do Dia: Com o Oceano Inteiro Para Nadar (1997), Karen Harley

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  C om o Oceano Inteiro Para Nadar (Brasil, 1997). Direção: Karen Harley. Curta que se apoia sobretudo nos “diários gravados” pelo artista plástico Leonilson entre 1990 e 1993, antes de sucumbir ao vírus HIV. Oscilando entre momentos de alegria e melancolia, sua fala percorre desde descrições de situações que ele vivenciara a pouco em suas viagens até observações sobre trabalhos de outros artistas e sua incompetência em fazer marketing de si próprio e seu desgosto com o mercado de arte e “os filhos da puta” que fazem parte dele. Ao contrário do longa que volta a esses mesmos depoimentos tempos depois ( A Paixão de JL , de 2015) parece haver menor aderência ou tentativa de ilustração das palavras de Leonilson com imagens sobre o que ele faz referência. Não existe aqui a grande quantidade de menções televisivas e/ou cinematográficas presentes no longa, até mesmo por provavelmente se contar com recursos bem mais modestos que não dariam conta do uso autorizado dessas imagens. Por outro l

Filme do Dia: A Midsummer Day's Work (1939), Alberto Cavalcanti

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  A   Midsummer Day's Work (Reino Unido, 1939). Direção: Alberto Cavalcanti. Fotografia: Jonah Jones. Montagem: R.Q McNaughton. Simpático curta de Cavalcanti que acompanha não apenas Oxford, centro de reconhecida universidade, mas sobretudo os trabalhadores que se encontram a serviço das comunicações. A música e o tom ensolarado e límpido que acompanha os planos iniciais logo irão ceder a uma certa apreensão prosaica  da realidade, porém sem invalidar uma certa propensão épica em pleno prosaico. Sua referência jocosa a Shakespeare já no título, em aberto contraste com a inclusão de um aspecto do cotidiano – e ainda por cima operário -  é acompanhada por outras das residências de Francis Drake e de William Blake.13 minutos.

Filme do Dia: Zézero (1974), Ozualdo Candeias

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  Z éZero (Brasil, 1974). Direção e Fotografia: Ozualdo Candeias. Música: Vidal França. Montagem: Luiz Elias. Com: Isabel Artinópolis, Carlos Biondi, Palmira Balbina de Almeida, Maria das Dores de Oliveira, Maria Nina Ferraz, Arnaldo Galvão, Maria Gizélia, Milton Pereira. Camponês parte para a cidade onde, após experiências sofridas de trabalho e buscando sexo de modo selvagem, acaba ganhando na loteria e retornando apenas para descobrir que sua família já se encontra morta. A própria construção desse curta-metragem repercute a situação de aridez econômica e afetiva de seu protagonista. Não existem planos aproximados, caracterização dos personagens ou mesmo diálogos. A intermediação com o mundo se dá através do rádio, e são transmissões desse que se ouve em boa parte da banda sonora.  O corte é abrupto e a marca do precário se faz valer nas cenas em que Zézero rola com as prostitutas que encontra. Candeias parece aqui construir sua própria versão de um tema recorrente no cinema brasi

Filme do Dia: Dr. Wise on Influenza (1919)

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  D r. Wise on Influenza (Reino Unido, 1919). Nesse curta produzido para efeitos didáticos junto à população, em meio a epidemia de “gripe espanhola”, utiliza-se do linguajar médico-científico então disponível, assim como dos recursos de microscopia. Inicia de uma forma pouco atrativa ao público, de provavelmente qualquer época, inclusive a de seu lançamento, apresentando o que seria o Dr. Wise em uma palestra de cunho acadêmico-científico, gesticulando enfaticamente e lendo o que se encontra em um artigo. E o efeito-câmera se faz sentir no momento em que o ator que simula se encontrar gripado, sai mesmo assim para a rua (dois jovens param e ficam a fitar a câmera). Os transeuntes andam pelas ruas de Londres sem máscaras. Brown encontra um amigo chamado Jones e o cumprimenta, espirrando próximo a ele. No trabalho,  continua a espirrar. E quando o quadro de Brown agrava, nem mesmo Dr. Wise utiliza máscara ou luvas quando vai examiná-lo. E são sugeridos tratamentos  de substâncias para

Filme do Dia: Bao (2018), Domee Shi

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  B ao (EUA/Canadá, 2018). Direção e Rot. Original: Domee Shi. Fotografia: Patrick Lin & Ian Meggiben. Música: Toby Chu. Montagem: Katherine Ringgold. Dir. de arte: Rina Liu. Uma mulher entediada com sua vida de dona de casa casada, tem uma mudança em sua vida quando um dos bolinhos orientais que faz ganha vida quando chega a sua boca. Ela se afeiçoa rapidamente a ele, tomando uma conduta super-protetora em relação a sua diminuta dimensão. Quando chega à adolescência, no entanto, ele decide ganhar sua própria autonomia, em última instância saindo de casa com sua namorada, para a aflição depressiva da mãe. Ele retorna após um tempo para um reencontro emocionado. Shi não fornece uma explicação maior para a “surpresa” final de seu curta (seria toda a fantasia com o bolinho apenas uma projeção em um objeto inanimado na ausência do próprio filho? Para os que apostam nessa hipótese, a ausência do pai ao longo de todo o crescimento do “garoto” seria um reforço à fantasia) que aborda,

Filme do Dia: Pantera numa Fria (1969), Hawley Pratt

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  P antera numa Fira ( Slink Pink , EUA, 1969). Direção: Hawley Pratt. Rot. Original: John W. Dunn. Música: Walter Greene.  Montagem: Lee Gunther. A Pantera Cor-de-Rosa é morador de rua em pleno tempos árduos de inverno. Após dormir na praça, encontra uma casa com lareira e não pensa duas vezes, passando a usufruir da mesma, sem ser flagrado por seu proprietário e enganando o cão de estimação do mesmo. Tal como Chuck Jones efetuou ao final de carreira com o Papa Léguas, essa série parece conscientemente condensar os motes que regeram a animação clássica norte-americana das décadas precedentes, sem que essa condensação se efetue com o mesmo rigor formal daquele, inclusive tampouco sendo tão minimalista quanto aos cenários, embora certamente mais divertida. De Patie-Freleng Enterprises para The Mirisch Corps./United Artists. 6 minutos e 26 segundos.

Filme do Dia: O Amor Existe (1960), Maurice Pialat

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  O   Amor Existe ( L’Amour Existe , França, 1960). Direção e Rot. Original: Maurice Pialat . Fotografia: Gilberte Sarthre. Música: Georges Delerue. Montagem: Kenout Peltier. De imediato, desde suas primeiras imagens, duas coisas chamam a atenção nesse curta de início de carreira do realizador: seu aparente deslumbramento com a possibilidade de expressão subjetiva de seu protagonista, algo que começava a se transformar numa coqueluche mundial e tinha na França um dos realizadores na vanguarda desse quesito então (Alain Resnais), mas que logo se demonstrará ser um logro, e a virtuosidade precisa de seus enquadramentos através de fluidos movimentos de câmera, ainda que não tão diretamente vinculados à memória como em Resnais . De forma que talvez possa parecer aos incautos insconscientemente inorgânico o curta mistura uma verve de memória nostálgica e pessoal, como os que passeia por locais outrora repletos de vida e hoje (no momento em que foram registrados pelo curta) fantasmáticos c

Filme do Dia: El Regreso de Ernesto Pagán (2017), Hernán Olivera

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  E l Regreso de Ernesto Pagán (Porto Rico/EUA, 2017). Direção Hernán Olivera. Rot. Original Hernán Olivera, a partir do argumento dele próprio e Juan Carlos Linares. Fotografia Michael Gleeson. Montagem Priscilla Perez. Com Leonardo Castro, Luis Sebastián Borges, Andrea Lopez Alvarez, Luisa Justiano, Marisé Álvarez, Ángel Manuel García, Mauricio Alemañy. Ernesto (Castro) retorna dos Estados Unidos, após ter desapontado profundamente o irmão mais jovem, Luisito (Alvarez) quando ainda eram mais moços, ao partir para a América do Norte com a recém-esposa e não levar adiante a dupla de música a qual participavam. Na festa para recepciona-lo em regresso, quem se encontra é o próprio Luisito, transformado em uma espécie de autômato, através de um mecanismo que faz com que se movimente ao som da música. Esse curta de produção modesta consegue desenvolver uma bem efetivada articulação de um drama familiar entre irmãos com um episódio que remete a uma fantasia que possui traços de Poe,

Filme do Dia: Meio-Dia (1969), Helena Solberg

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  M eio-Dia (Brasil, 1969). Direção, Rot. Original: Helena Solberg. Fotografia: José Marreco. Com: João Farkas. Garoto (Farkas), muitas vezes prefere gazetar que ir a aula. Numa de suas andanças, tenta jogar bola com outros garotos, mas é impedido por um tipo maior que ele, e desconta sua raiva chutando um cachorro do mesmo, e sendo perseguido por este. Às margens do rio, joga seus livros didáticos nas águas, após folheá-los. Na escola, a partir de determinado momento, as crianças reagem contra tudo que se encontra no ambiente, atacando o professor, jogando seus livros didáticos e destruindo as carteiras. Os estudantes se armam de paus e pedras e matam o professor. Quase todas as crianças se sentem incomodadas com a presença da câmera em uma cena filmada em sala de aula, nesse curta que traz alguns acordes de É Proibido Proibir , canção que faz uma ponte entre a rebeldia do garoto e os eventos estudantis, que tiveram como maior destaque a França no ano anterior (e cujo um dos grafi

Filme do Dia: Polly Wants a Doctor (1944), Howard Swift

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  P olly Wants a Doctor (EUA, 1944). Direção: Howard Swift. Rot. Original: Dun Roman. Música: Edil Kilfeather. O papagaio Polly não aguenta mais receber bolachas como refeição. Pela janela, observa que o bode se refastela com um bocado de tralhas. O bode faz sua defesa de seu regime e, não satisfeito, planeja um “banquete” para Polly, com peças típicas de um ferro-velho, regado a óleo e terebentina. O papagaio se torna um jukebox ambulante, após engolir toda uma coleção de vinis, oferecidos como sobremesa.   Provavelmente Polly é um primo pobre que emerge na cola do mais famoso Zé Carioca, da Disney. Polly, ao contrário, não está associado ao imaginário “distante” tropical do Brasil. E, demonstra a modéstia de sua produção ao ser produzido em p&b já em meados dos anos 40, quando desde o início da década anterior a produção de animação vinculada aos maiores estúdios já era em cores – a série a qual esse curta integra, Phantasies , seria a última que um grande estúdio produziria

Filme do Dia: The Dinosaur and the Missing Link: A Pre-Historic Tragedy (1915), Willis H. O'Brien

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  T he Dinosaur and the Missing Link: A Prehistoric Tragedy (EUA, 1915). Direção e Fotografia: Willis H. O’Brien. Na Idade da Pedra, Duke e Stonejaw Steve pretendem a mão de Araminta, filho de Rockface. Rockface fala que os rivais terão que trazer a caça da refeição. Wild Willie, um gorila que é dor de cabeça para os locais, resolve também ir caçar, mas o dinossauro que escolhe como montaria o deixa desacordado, provavelmente morto. O mais jovem Teophilus Ivory-Head, ao qual havia sido encomendado algo mais leve (pesca), aproveita-se e se sagra como herói diante de todos, afirmando que havia matado o gorila. As brincadeiras com os anacronismos que quase sempre serão motivação para o elemento cômico, seja contemporaneamente ou ainda no cinema mudo ( O Passado Pré-Histórico , A Antiga e a Moderna ) ou décadas após e no campo da animação ( Os Flinstones ), aqui emergem em temas vinculados ao triângulo amoroso, coqueluche dos filmes de dois rolos contemporâneos, mas mais especificamen

Filme do Dia: Song of the Birds (1949), Bill Tytla & George Germanetti

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  S ong of the Birds (EUA, 1949). Direção: Bill Tytla & George Germanetti. Rot. Original: Bill Turner & Larry Riley. Música: Winston Sharples. Little Audrey diverte-se com o brinquedo que é o centro de suas atenções, uma espingarda, transformando sua empregada em uma involuntária Guilherme Tell, provocando enorme susto nesta e, ao que parece, vindo a matar o filhote de um pássaro diante de seu responsável. A natureza se condói do jovem morto, através de diversas manifestações. A garota se tranca em casa e chora. Porém, antes que seja enterrado, o jovem pássaro retorna à vida com os pingos de chuva, transformando os humores dos seus similares e do restante da natureza, e também da garota, que agora pretende se apresentar como amiga dos pássaros, inicialmente gerando desconfiança dos mesmos. O que parecia ser um constrasenso dentro do ethos da animação, será revertido ao final, a morte de um filhote de pássaro, testemunhado praticamente por seu genitor e provocado pela heroí

Filme do Dia: Small Town Sheriff (1927), Harry Bailey & John Foster

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  S mall Town Sheriff (EUA, 1927). Direção: Harry Bailey & John Foster Atordoado pelo drinque tomado, o fazendeiro Al Fafa viaja por estranhos mundos nessa animação que tem como um dos personagens uma evidente referência ao Gato Félix, não apenas por seus traços como por sua personalidade pronta a fazer deboche de seus clientes- ele é o dono da banca que vende diversas bebidas para os males mais diversos. Como na série de Félix, aqui também a sucessão de eventos transcorre, a partir de determinado momento, de forma incessante. Paul Terry produziria mais de 1000 animações até 1964. Aesop’s Fable Studio para Pathé Exchange. 5 minutos e 43 segundos.

Filme do Dia: Chapucerías (1987), Enrique Colina

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  C hapucerías (Cuba, 1987). Direção e Rot. Original Enrique Colina. Fotografia José M. Riera. Montagem Félix de la Nuez. Há poucos momentos verdadeiramente interessantes neste curta que pretende ironizar com o discurso oficial cubano sobre os chapuceros , espécie de malandros contraventores que praticariam toda forma de “jeitinho” para resolver imperfeições profissionais. Há criatividade no uso de imagens de arquivo de obras ficcionais hollywoodianas (uma cópia bastante avariada de O Médico e o Monstro , de Mamoulian), paródias com o sucateamento do próprio equipamento técnico audiovisual, como é o caso da tentativa de sanar os problemas de captação do microfone de um depoente em um suposto documentário e o momento de autorreflexividade explícita, em que se discute sobre qual final terá o filme, e inclusive o uso dos créditos finais. Mas tudo parece funcionar a certo toque de caixa automático. Falta um respiro autoral menos esquemático, mesmo quando pretende ser crítico ao regime

Filme do Dia: Cook, Papa, Cook (1928), Wallace MacDonald

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  C ook, Papa, Cook (EUA, 1928). Direção: Wallace MacDonald. Com: Henry Murdock, Lucille Hutton, Eva Thatcher. Casal acorda jogando água um no outro sem perceber que o filho provocara a situação. O pai (Murdock) recebe ordens da esposa (Hutton) para preparar o café da manhã, provocando grande confusão na cozinha, enquanto sua mulher se empanturra de chocolares, seu sócio espera de carro lá fora   a criança se diverte com as trapalhadas. Curioso que mesmo antes do Código Hays, aqui já se apresente casais dormindo em camas distintas, talvez por conta de ser uma comédia dirigida a público mais amplo.  E, como tal, funcionando perfeitamente para a gag inicial, em que ao invés dos costumazes bolos e tortas, da comédia não por acaso chamada no Brasil de “pastelão”,  voa água de ambos os lados. Pode-se desconfiar que esse intuito último seja mais forte que o moral, já que logo adiante se observará o marido ensaboando-se em uma banheira.  Numa cena digna de animação, Papa volta seu traseir

Filme do Dia: Fedya Zaytsev (1948), Valentina Brumberg & Zinaida Brumberg

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  F edya Zaytsev (URSS, 1948). Direção: Valentina Brumberg & Zinaida Brumberg. Rot. Original: Nikolai Erdman & Mikhail Volpin. Fotografia: Nikolai Volinov. Música: V. Oranski. Dir. de arte: Anatoliy Sazonov. Garoto se sente angustiado após, no primeiro dia de escola, ter impulsivamente desenhado uma garatuja de carvão nas paredes recém-pintadas da mesma. Quando o professor indaga quem fora o autor do desenho, leva a culpa um colega seu que apertara a mão, ficando com as marcas do carvão, que ele próprio apagara de si. Atormentado por sua consciência, Fedya é criticado por todos os seus brinquedos e até mesmo pela garatuja desenhada, que se desloca em outra (da qual não sabe exatamente de que animal se trata, nem o próprio animal) até o apartamento em que mora o garoto. Tudo não passara de um sonho e quando o garoto acorda, disposto a confessar seu próprio ato, todos os seus brinquedos continuam onde estavam. Utilizar-se estrategicamente de pintores efetuando seu trabalho em

Filme do Dia: Will You Remember My Name? (2022), Nooshyar Kalili

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  W ill You Remember My Name? (Bélgica, 2022). Direção Nooshyar Kalili. Sobre os corpos espoliados de mulheres no Oriente Médio se detém esta animação experimental, cuja projeção da mesma se dá sobre estes mesmos corpos, inclusive partes dos mesmos considerados tabus, como os seios.  | 3 minutos.

Filme do Dia: Sodom (1989), Luther Price

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  S o dom (EUA, 1989). Direção, Rot. Original e Montagem: Luther Price. Curta  em que uma banda sonora com o que aparenta ser um canto gregoriano acompanha cenas em que, quando discerníveis, parecem tomar partido da necessária repetição e ritmo que conformam atos sexuais para construir uma imagética que mescla elementos e “convenções” do cinema experimental com o que seria talvez uma alusão ao seu título bíblico, o que envolve não apenas sua trilha já referida mas também imagens de fogueiras e multidões. A repetição e ritmo do ato sexual, ainda quando solitário ou produto de uma contorção que gera auto-felação são grandemente construídas na própria apresentação das imagens, que prima pela repetição de planos inúmeras vezes, como o de um coito anal seguido pelo plano aproximado do rosto de quem pretensamente está sendo penetrado. Com o avançar de sua metragem – existem fontes que acusam ele possuir 5 minutos a mais em sua versão integral – tanto o ritmo das imagens e das verdadeiras “