Filme do Dia: Song of the Birds (1949), Bill Tytla & George Germanetti
Song of the Birds (EUA, 1949). Direção: Bill Tytla
& George Germanetti. Rot. Original: Bill Turner & Larry Riley. Música: Winston
Sharples.
Little
Audrey diverte-se com o brinquedo que é o centro de suas atenções, uma
espingarda, transformando sua empregada em uma involuntária Guilherme Tell,
provocando enorme susto nesta e, ao que parece, vindo a matar o filhote de um
pássaro diante de seu responsável. A natureza se condói do jovem morto, através
de diversas manifestações. A garota se tranca em casa e chora. Porém, antes que
seja enterrado, o jovem pássaro retorna à vida com os pingos de chuva,
transformando os humores dos seus similares e do restante da natureza, e também
da garota, que agora pretende se apresentar como amiga dos pássaros, inicialmente
gerando desconfiança dos mesmos.
O
que parecia ser um constrasenso dentro do ethos da animação, será revertido
ao final, a morte de um filhote de pássaro, testemunhado praticamente por seu
genitor e provocado pela heroína da série, nesse que é o quinto dos 17 curtas
com a personagem, conhecida como Tininha no Brasil. Série essa produzida
contemporaneamente, por curto espaço de tempo, a de Luluzinha, pelo mesmo
estúdio. E boa parte da animação se rende, de forma adequada, a outro
contrassenso, o da pretensa morte de jovens antes de seus genitores,
considerada como uma “distorção” da evolução habitual da natureza, que reage de
forma propositadamente exagerada em sua tristeza diante do ocorrido, para além
do choro continuado da menina. Porém, perceber-se-á que o jovem pássaro apenas
se encontrava desacordado, mas não morto. E o júbilo da garota, certamente virá
vinculado com sua mudança de hábito, desfazendo-se da espingarda de chumbo, que
tanto estrago já tinha feito, inclusive de forma humilhante, em relação à
típica empregada negra dessas produções. Famous Studios para Paramount
Pictures. 7 minutos e 11 segundos.
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