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Mostrando postagens com o rótulo Cinema Japonês

Filme do Dia: Dolls (2002), Takeshi Kitano

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  D olls (Japão, 2002). Direção e Rot. Original: Takeshi Kitano. Fotografia: Katsumi Yanagishima. Música: Jô Hisaishi. Montagem: Takeshi Kitano. Dir. de arte: Norihiro Isoda. Figurinos: Yohji Yamamoto. Com: Miho Kanno, Hidetoshi Nishijima, Tatsuya Mihashi, Chieko Matsubara, Kyôko Fukada, Tsutomu Takeshige, Nao Omori, Hawking Aoyama. Três histórias de amor trágicas, onde um dos membros acaba se aproximando do outro por compaixão. Na primeira delas, um jovem, Matsumoto (Nishijima) que havia abandonado seu amor por um promissor casamento, em termos financeiros, muda de idéia quando descobre que ela, Sawako (Kanno), tentara o suicídio. Foge com ela do hospital e logo descobre que ela se encontra em um verdadeiro transe catatônico. Na segunda, um velho dirigente da Yakuza, Hiro (Mihashi) recorda um antigo amor de juventude (Matsubara), que se despedira dele no parque prometendo sempre voltar lá com seu almoço. Volta a reencontra-la algumas décadas depois e ela o assume como substituto del

Filme do Dia: Osaru no Kantai (1936), Manzo Miyashita

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  O saru no Kantai (Japão, 1936). Direção: Manzo Miyashita. Rot. Original: Chuzo Aoji, a partir do argumento de Hôbun Ito. Essa frenética disputa entre macacos contra polvos é creditada como sendo a última animação com colaboração do pioneiro realizador Aoji, aqui creditado apenas como roteirista. E tal como no anterior Manga: Kobutori , os traços, a ação – aqui ainda mais enfatizados pelo ritmo muito mais intenso e com uma participação bem maior de personagens em cena – parecem antecipar o estilo de seriados de aventura de TV, que se tornará comum posteriormente em séries para a TV como Johnny Quest . Sua forte ênfase em personagens idênticos em ações extravagantes também podem remeter a obra de um pioneiro do filme de fantasia, ainda que no universo da ação ao vivo, George Méliès. Yokohama Cinema Shokai. 1 minuto e 10 segundos.

Filme do Dia: Tengu Taiji (1934), Noburô Ôfuji

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  T engu Taiji (Japão, 1934). Direção: Noburô Ôfuji. Por muito que se perca ao não se encontrar a par de tradições culturais nipônicas nesse curta de animação, observa-se aqui uma garota que aparentemente ao quebrar, por equívoco, um pote em um ritual sagrado fica vulnerável ao ataque dos tengus, seres da mitologia japonesa considerados como fomentadores da guerra, ainda que posteriormente tal visão tenha se tornado mais flexível, inclusive o considerando como uma divindade protetora. Os tengus ganham duas representações clássicas e ambas se encontram presentes nessa animação. A primeira é a das figuras de porte humano e rosto de pássaro. A segunda, somente entrevista próximo ao final, é a da representação humana, mas com nariz exageradamente grande.   Ôfuji, mais bem humorado que a maior parte da produção contemporânea nipônica, faz uso de gags tanto sutis (como é o caso do Tengu cujo bico extrapola o limite do círculo com que os personagens por vezes são emoldurados em destaque – a

Filme do Dia: The Affair (1967), Yoshishige Yoshida

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  T he Affair ( Jôen , Japão, 1967). Direção: Yoshishige Yoshida. Rot. Original: Tsotomu Tamura & Yoshishige Yoshida. Fotografia: Mitsuji Kanau. Dir. de arte: Chiyoo Umeda. Com: Mariko Okada, Yoshie Minami, Tadahiko Sugano, Shigako Shimegi, Isao Kimura, Etsashi Takahara. Casada com um rico empresário, Oriko (Okada) não esquece o passado, relembrando sempre a morte trágica da mãe (Minami), atropelada e bêbada, e um dos últimos amantes que ela teve, contra sua vontade, o escultor Mitsuhuru (Kimura), com quem volta a encontrar para falar sobre a mãe. Vivendo um casamento de aparências Oriko, certa noite, faz sexo com um desconhecido (Takahashi), a quem fora admoestar por ter tentado estuprar sua irmã. Em uma das visitas que faz a Mitsuhuru, o marido (Sugano) surge inesperada e intempestivamente. A tensão somente se desfaz quando Oriko relata seu encontro com o homem anônimo. Oriko então assume sua relação com Mitsuhuru. Pouco depois, esse sofre um acidente que possui grandes chances

Filme do Dia: Rio de Lama (1981), Kôhei Oguri

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  R io de Lama ( Doro no Kawa , Japão, 1981). Direção: Kôhei Oguri. Rot. Adaptado: Takako Shigemori, a partir do romance de Teru Miyamoto. Fotografia: Shôhei Andô. Música: Kurôdo Môri. Montagem: Nobuo Ogawa. Dir. de arte: Akira Naitô. Com: Nobutaka Asahara, Takahiro Tamura, Mariko Kaga, Makiko Shibata, Minoru Sakurai, Yumiko Fujita, Gannosuke Ashiya, Masako Yagi. Japão, 1955. Num país ainda sofrendo com os traumas da Segunda Guerra, Nobuo (Asahara) vive com o pai (Tamura), que já o foi com idade avançada e a mãe, Sadako (Fujita), à margem de um rio, onde sua moradia também serve como pequeno comércio. Certo dia se instala na outra margem uma família que vive numa casa flutuante, cujas duas crianças, Ginko (Shibata) e Kiichi (Sakurai), tornam-se próximas de Nobuo. Eles são apresentados aos pais de Nobuo e o pai demonstra aquiescência na continuidade da amizade, mesmo sabendo da fama da mãe dos garotos, Shoko (Kaga), ser prostituta, apenas advertindo-o a não frequentar o barco da famíl

Filme do Dia: Nossa Irmã Mais Nova (2015), Hirokazu Kore-eda

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  N ossa Irmã Mais Nova ( Unimachi Diary , Japão, 2015). Direção: Hirokazu Kore-eda. Rot. Adaptado: Hirokazu Kore-eda, a partir do mangá de Akimi Yoshida. Fotografia: Mikiya Takimoto. Música: Yôko Kanno. Montagem: Hirokazu Kore-eda. Dir. de arte: Keiko Mitsumatsu & Mami Kagamoto. Cenografia: Ayako Matsuo. Figurinos: Sachiko Itô. Com: Haruka Ayase, Masami Nagasawa, Kaho, Suzu Irose, Ryo Kase, Ryôhei Suzuki, Takafumi Ikeda, Kentarô Sakaguchi. Três irmãs convidam uma meia-irmã mais jovem, Suzu (Irose) para morar com elas em uma velha residência que pertence a mãe das três, após a morte do pai em comum das quatro. Kore-eda, distante do rigor de suas melhores obras, ao mesmo tempo que demonstra sensibilidade ao abraçar o universo feminino, transforma-o em palco para lugares-comuns estilísticos algo desconfortáveis, que atingem o seu ápice na patética cena de passeio de bicicleta de Suzu e seu aspirante a namorado, com direito a exacerbada trilha sonora e closes em êxtase da garota,

Filme do Dia: O Terceiro Assassinato (2017), Hirokazu Kore-eda

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  O   Terceiro Assassinato ( Sandome no Satsujin , Japão, 2017). Direção e Rot. Original: Hirokazu Kore-eda. Fotografia: Mikiya Takimoto. Música: Ludovico Einaudi. Montagem: Hirokazu Kore-eda. Dir. de arte: Yohei Taneda. Cenografia: Yutaka Motegi. Com: Masaharu Fukuyama, Kôji Yakusho, Shinnosuke Mitsushima, Mikako Ichikawa, Izumi Matsuoka, Suzu Hirose, Kôtarô Yoshida. O reconhecido advogado Shigemori (Fukuyama) irá defender o então réu confesso Misumi (Yakusho) do que seria seu terceiro assassinato, após permanecer 30 anos na prisão, contra seu patrão, que mantinha salários baixos, contratando muitos ex-detentos como Misumi. Kore-eda se aventura por trilha não muito comuns ao seu cinema, habitualmente voltado para temas mais intimistas, talvez aqui apresentados de forma tão minimalista quanto naqueles, mas longe do habitual efeito. De fato, mesmo não havendo como questionar a integridade do realizador em sua abordagem de um drama que diz respeito a algumas das categorias mais abstr

Filme do Dia: O Testamento de uma Mulher (1960), Kon Ichikawa, Yasuzô Masumura & Kozaburo Yoshimura

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  O   Testamento de uma Mulher ( Jokyo , Japão, 1960). Direção: Kon Ichikawa ( A Mulher que Vende por um Preço Alto ), Yasuzô Masumura ( A Mulher que Morde as Orelhas ) & Kozaburo Yoshimura ( A Mulher que Esqueceu o Amor ). Rot. Adaptado: Toshio Yasumi. Fotografia: Setsuo Kobayashi & Hiroshi Murai. Música: Yasushi Akutagawa. Montagem: Tatsuji Nakashizu. A Mulher que Morde as Orelhas . Prostituta mantêm virgindade sempre enganando seus clientes através de diversos estratagemas. Apaixona-se, no entanto, por um rapaz rico na véspera do casamento dele. O rapaz também fica envolvido emocionalmente por ela e decide abandonar o casamento para ficar com a prostituta, mas ela afirma que fora tudo mentira e que deseja mesmo é ser paga. A Mulher que Vende por um Preço Alto . Um escritor célebre e suicida apaixona-se por uma estranha mulher que lhe dá um banho, mas nega a ter sexo com ele. Afirma para ele que lembra o falecido marido, mas precisa de dinheiro e quer vender a casa onde viv

Filme do Dia: Diário de um Ladrão de Shinjuku (1968), Nagisa Oshima

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  D iário de um Ladrão de Shinjuku (Shinjoku Dorobo Nikki, Japão, 1968). Direção: Nagisa Oshima. Rot. Original: Masao Adachi, Nagisa Oshima, Mamoru Sasaki, Tsutomu Samura. Fotografia: Seizô Sengen & Yasuhiro Yashioka. Montagem: Nagisa Oshima. Com: Tadanori Yokoo, Rie Yokoyama, Kei Sato, Juro Kara, Tetsu Takahashi, Moichi Tanabe, Fumio Watanabe, Rokko Toura. As aventuras um jovem ladrão de livros (Yokoo) e de sua companheira, uma garota que trabalha na livraria (Yokoyama) onde ele age, no distrito de Shinjuku  expressam, através de sua verve moderna, fragmentada e heterogênea, toda a atmosfera de contestação do período no Japão, que surge como pano de fundo. Mesmo com uma forte presença da palavra escrita e lida, inclusive do uso recorrente do próprio título do filme (evidente referência a Genet que o filme não disfarça) e momentos de quase afasia narrativa contrastados com outros de surpreendente beleza e originalidade possam sugerir uma aproximação com Godard , sua construção so

Filme do Dia: Páginas da Loucura (1926), Teinosuki Kinugasa

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  P áginas da Loucura ( Kurutta Ippêji , Japão, 1926). Direção: Teinosuki Kinugasa. Rot. Adaptado:Teinosuke Kinugasa, Yasunari Kawabata & Minuro Inuzuka, baseado no conto de Yasunari Kawabata. Fotografia: Kôhei Sugiyama. Dir. de arte: Chiyo Ozaki. Com: Masuo Inoue, Yoshie Nakagawa, Ayako Iijima, Hiroshi Nemoto, Misao Seki, Eiko Minami, Minoru Takase, Tetsu Tsuboi Homem (Inoue) vai ser servente no manicômio onde foi encarcerada sua mulher (Nakagawa), com quem compartilhou uma vida feliz no passado. Penalizado com sua situação, tenta após um tempo livrá-la das grades do presídio, chegando a agredir o diretor do hospital (Seki). Com muito esforço se consegue esboçar um mínimo enredo para esse filme, exemplar único (ao menos que sobreviveu ao tempo) no cinema japonês de então a dialogar abertamente com propostas das vanguardas européias contemporâneas ou, pelo menos, a se aproximar do estilo daquelas. Sendo assim, é a dimensão lírica aqui que prepondera. Mais importante do que contar u

Filme do Dia: Mirai no Mirai (2018), Mamoru Hosoda

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M irai no Mirai (Japão, 2018). Direção e Rot. Original: Mamoru Hosoda. Música: Masakatsu Takagi. Montagem: Shigeru Nishiyama. Dir. de arte: Anri Jôjô, Yoshitaka Kameda, Reio Ono, Makoto Tanijiri, Tupera Tupera, Takashi Omori & Yôhei Takamatsu. Figurinos: Daisuke Iga. Kun é um garoto de quatro anos, obcecado por trens que, relutando em aceitar sua nova irmãzinha recém-nascida, Mirai, passa a ingressar em um universo paralelo futuro ou passado, no qual interage com sua irmã, já uma jovem mulher, ou com o que vem a saber seu bisavô, ainda jovem. Enquanto a irmã pretende, por exemplo, que ele retire os ícones religiosos do altar, o que em contrário poderiam lhe impossibilitar o casamento, o bisavô, que acredita ser seu pai, faz com que vença o temor de andar de bicicleta. Se há algo de moralista nas intervenções do universo paralelo ao qual Kun tem acesso, e certamente o há, a intervenção do universo mágico, um tanto habitual e quase indispensável ao anime, aqui surge menos em

Filme do Dia: Patriotismo (1966), Domoto Masaki & Yukio Mishima

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P atriotismo ( Yôkoku , Japão, 1966). Direção: Domoto Masaki & Yukio Mishima. Rot. Original: Yukio Mishima. Fotografia: Kimio Watanabe. Dir. de arte: Yukio Mishima. Esse curta dado como perdido, e redescoberto em condições precárias somente em 2005, narra a história de um ritual de harakiri, praticado após a tentativa de um golpe nacionalista que não conseguiu ser efetivado. Primeiro um soldado o pratica. Após sua morte, assistida por sua esposa, é a vez dela praticar o mesmo ato. Apesar de sonorizado, não possui qualquer diálogo e uma presença forte e imperativa da palavra escrita – sendo, inclusive, dividido em capítulos. De menor relevância enquanto apelo narrativo do que na exposição de toda uma ritualística de obsessão por valores militaristas e tradicionais japoneses, que será não somente uma obsessão dos últimos anos de Mishima, como o levará a encenação de algo semelhante em seu próprio suicídio. Seu estilo, próximo da vanguarda francesa dos anos 1920, no papel fundamenta

Filme do Dia: A Esposa do Dr. Hanaoka (1967), Yasuzô Masumura

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A   Esposa do Dr. Hanaoka ( Hanaoka Sheishû no Tsuma , Japão, 1967). Direção: Yasuzô Masumura. Rot. Adaptado: Kaneto Shindô, baseado no romance de Sawako Ariyoshi. Fotografia: Setsuo Kobayashi. Música: Hikaru Hayashi. Montagem: Kanji Suganuma. Dir. de arte: Yoshinobu Nishioka. Com: Ayako Wakao, Hideko Takamine, Raizô Ichikawa, Yûnosuke Itô, Misako Watanabe, Chisako Hara, Chieko Naniwa, Taketoshi Naitô. A jovem Kae (Wakao) é pedida em casamento para o filho do Dr. Hanaoka (Itô), Umpei (Ichikawa), que se encontra afastado para estudos. Ela aceita, mesmo com a contrariedade inicial do pai. Kae admira muito a mãe de Umpei, a bela Otsugi (Takamine), de forte personalidade. Após a morte do pai, Umpei inicia suas pesquisas sobre anestesia e toma conta de seus pacientes em casa, com a ajuda de alguns assistentes. A irmã de Umpei morre de câncer. Ele testa seus experimentos em anestesia em gatos, mas teme fazer uso de seus pacientes como cobaias. Kae, que havia sido afastada para a casa do

Filme do Dia: Pais e Filhos (2013), Hirokazu Kore-eda

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P ais e Filhos ( Soshite Chichi ni Naru , Japão, 2013). Direção e Rot. Original: Hirokazu Kore-eda. Fotografia: Mikiya Takimoto. Música: Takeshi Matsubara, Junichi Matsumoto & Takashi Mori. Montagem: Hirokazu Kore-eda. Dir. de arte: Keiko Mitsumatsu & Kazunari Hattori. Cenografia: Akiko Matsuba. Figurinos: Misako Kajimoto & Kazuko Kurosawa. Com: Masaharu Fukuyama, Machiko Ono, Yôko Maki, Lily Franky, Keita Ninomiya, Shôgen Hwang, Yuri Nakamura, Kazuka Takahashi. Ryota (Fukuyama) é um bem sucedido e competitivo homem de negócios e obcecado pelo seu trabalho. Embora seja bem casado com Midori (Ono), parece algo ressentido pelo filho de ambos, Keita (Ninomiya), não apresentar um talento especial e fibra para nada em que se mete a fazer. O casal recebe uma notificação do hospital em que Midori teve seu filho e ficam sabendo que, na verdade, houve uma troca de crianças, e que o filho natural deles é Ryusei (Hwang), que vive com um casal de comerciantes, Yukari (Maki) e Y

Filme do Dia: As Coisas Simples da Vida (2000), Edward Yang

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A s Coisas Simples da Vida ( Yi Yi , Taiwan/Japão, 2000). Direção e Rot. Original: Edward Yang. Fotografia: Wei-ham Yang. Música: Kai-Li Peng. Montagem:  Bo-Wen Chen. Dir. de arte: Peng. Com: Nien-Jen Wu, Elaine Jin, Issei Ogata, Kelly Lee, Jonathan Chang, Hsi-Scheng Chen, Su-Yua Ko, Shu-shen Hsiao. Na família Ling, N.J (Wu), empresário, encontra dificuldades no trabalho e o reencontro com seu primeiro amor, Sherry (Ko), hoje casada com um sino-americano e morando em Chicago. Sua mãe sofre um derrame. A irmã acredita que sua vida é completamente vazia. A filha, Min-Min (Jin), apaixona-se por um rapaz, conhecido como Gorducho, que a despreza, cometendo um assassinato. Já o filho caçula, Yang-Yang (Chang), vive as descobertas de um mundo filtrado por uma visão bem peculiar. Enredando-se sem pressa por subenredos que envolvem vizinhos e familiares próximos da família Ling, Yang consegue esboçar um domínio dos códigos naturalistas, criando    um certo senso de estranhamento que rem

Filme do Dia: A Child's Metaphysics (2007), Koji Yamamura

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A   C hild’s Metaphysics (Kodomo no Keijijougaku, Japão, 2007). Direção: Koji Yamamura. A liberdade criativa de Yamamura que ainda se mantinha presa a fortes elementos de uma narrativa, por mais excêntrica que o fosse, como é o caso do uso de uma voz que narra The Old Crocodile (2005), aqui se resume a música e aos traços da criança se transformando em tudo que a sua mente permite, assim como o mundo ao seu redor. Yamamura Animation. 5 minutos e 24 segundos.

Filme do Dia: Omochabako Series Dai San Wa: Ehon Senkyûhyakusanjûroku Nen (1934)

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O mochabako Series Dai San Wa: Ehon Senkyûhyakusanjûroku Nen (Japão, 1934). Yoshistsugu Tanaka colaborou nessa animação, antes de se tornar um dos mais reconhecidos realizadores japoneses duas décadas após. Essa curiosa animação, torna-se curiosa menos pelos elementos de sua trama, a de uma batalha entre duas forças rivais, presente em outras animações da época (tais como Osaru no Kantai ou Manga: Komori ) que, pelo fato que as forças inimigas que vem provocar a situação de conflito que separa o paralelismo de um início e final pacíficos e praticamente idênticos, com movimentos de dança e arte, é um conjunto de morcegos-ratos alados capitaneada por uma figura muito similar ao Mickey Mouse dos estúdios Disney. Se o intuito aparente é o de se combater à infiltração cultural estrangeira, já que a personagem que combate o rato-mor se encontra rodeada de referências à cultura nipônica, e um exército de cobras rastejantes se transforma em algo mais próximo do imaginário visual tradici

Filme do Dia: A Viagem de Chihiro (2001), Hayao Miyazaki

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A   Viagem de Chihiro ( Sen to Chihiro no Kamikakushi , Japão, 2001). Direção e Rot. Original: Hayao Miyazaki. Fotografia: Atsushi Okui. Música: Joe Hisaishi.  Montagem: Takeshi Seyama. Dir. de arte: Norobu Yoshida. Dir. de arte: Yôji Takeshige. Com a família de mudança uma garota de dez anos, Chihiro, encontra casualmente o que parece ter sido um parque temático abandonado sobre a cultura tradicional nipônica e se vê envolvida em um mundo fantásticos de feiticeiras, monstros e deuses. Atterorizada ela descobre que seus pais se transformaram em porcos e conhece um garoto chamado Haku, que a protege desse mundo encantando, onde ninguém suporta o cheiro de humanos. Haku indica Chihiro que busque emprego no que ela acaba sabendo se tratar de uma monumental casa de banhos para deuses e espíritos e onde será nomeada como Sen. Haku afirma que ela nunca poderá esquecer seu nome, pois foi o esquecimento do seu nome original que fez Haku deixar de ser humano. Enquanto enfrenta diversas

Filme do Dia: A Dama do Céu Azul (1957), Yasuzô Masumura

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A  D ama do Céu Azul ( Ao-Zora Musume , Japão, 1957). Direção: Yasuzô Masumura. Rot. Adaptado: Yoshio Shirasaka. Fotografia: Michio Takahashi. Música: Taichirô Kosugi. Montagem: Tatsuji Nakashizu. Dir. de arte: Atsuji Shibata. Com: Ayako Wakao, Kenji Sugawara, Keizo Kawasaki, Chôchô Miyako, Sadako Sawamura, Kuniko Miyake, Jiro Tamiya, Chieko Higashiyama. Yuko Ono (Wakao) é a filha bastarda de um alto executivo que vive em Tóquio, enquanto ela vive num lugarejo, na pobre casa da avó. Quando essa morre, Yuko vai procurar pelo pai, e encontra uma família orgulhosa, que a transforma em empregada assistente da casa. Quando seu pai Tatsuko (Sawamura) retorna de viagem, ele pretende dar um tratamento mais digno para Yuko, mas encontra forte resistência da esposa, enciumada pela filha do grande amor da vida do marido. Para piorar a situação, Yuko ganha o coração de Futami (Sugawara), até então o namorado da fútil irmã. Yuko abandona a casa em busca da mãe (Miyake) e quando a encontra, de

Filme do Dia: Mãe Tem Que Ser Amada (1934), Yasujirô Ozu

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M ãe Tem Que Ser Amada ( Haha wo Kowazuya , Japão, 1934). Direção: Yasujirô Ozu. Rot. Adaptado: Kôgo Noda, Tadao Ikeda & Masao Arata, a partir do romance de Ozu. Fotografia: Isamu Aoki. Com: Mitsuko Yoshikawa, Den Obinata,Kôji Mitsui, Yûkichi Yuwata, Seiichi Katô, Shusei Nomura, Shin’yô Nara, Shinobu Aoki, Chishû Ryû, Chôko Iida. Sadao, desde criança (Katô) vive com o meio-irmão Kousaku (Namura). Com a morte do pai de ambos e a súbita descoberta de que não é filho natural de sua mãe (Yoshikawa), já crescido, Sadao (Obinata) se torna um problema para a família. Inicialmente por abertamente recusar sua condição. Depois, por se tornar sempre avesso aos conselhos da mãe e do irmão (Mitsui). Ele se envolve com garotas que vivem em um bordel, após uma discussão com a mãe, sobre quem acusa um tratamento diferenciado que sempre o privilegia. A mãe tenta buscá-lo, indo ao local e Sadao se nega terminantemente a retornar. Quando ela sai, escuta uma empregada do local, de que nunca dev