Filme do Dia: Minha Mãe Gosta de Mulher (2002), Daniela Fejerman & Inés Paris

 


Minha Mãe Gosta de Mulher (A Mi Madre le Gustan las Mujeres, Espanha, 2002). Direção e Rot. Original: Daniela Fejerman & Inés París. Fotografia: David Omedes. Música: Juan Bardem. Com: Leonor Watling, Rosa María Sarda, María Pujalte, Silvia Abascal, Eliska Sirová, Chisco Amado, Xabier Elorriaga, Álex Angulo.

A talentosa pianista de meia-idade Sofia (Sardá), divorciada,  apresenta seu novo relacionamento às três filhas, que se surpreendem ao saber que se trata de uma mulher, a refugiada ilegal tcheca Eliska (Sirová). Aos poucos passam a tramar a separação das duas, ao mesmo tempo que uma delas, Gimena (Pujalte) acaba por se separar do marido e outra, Elvira (Watling), sente-se emocionalmente confusa. Após uma discussão provocada involuntariamente por Elvira, Eliska vai embora para a Tchecoslováquia. Felizes ao saberem que a mãe se encontra livre da influência que crêem perversa de sua amante, as três filhas partem atrás de Eliska, após Sofia sofrer um desmaio em pleno palco. Eliska retorna aos braços de Sofia, ao mesmo tempo que tanto Gimena consegue um novo homem para substituir o seu marido ranzinza e Elvira finalmente se resolve com o objeto de seu amor.

Tediosa versão politicamente correta das novas configurações familiares após a maior abertura com relação à homossexualidade em certos setores sociais da Europa. Extremamente previsível e, pior dos pecados, com um humor por demais banal e tão rasteiro quanto a construção de suas personagens para ser interessante.  O filme ainda possui uma estrutura narrativa não menos que sofrível. Nesse sentido, em certos momentos parece soar tão “perdido” quanto à personagem demasiado estúpida e auto-condescendente de Elvira. Parece realizado a toque de caixa para provocar uma certa sensação diante da família burguesa convencional, porém acaba por ser tão ou mais conservador que ela própria. Fernando Colomo Producciones Cinematográficas S.L. 96 minutos.

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